Bendição ao Amor Maldito

Maldito seja o Bardo
E aquele Italiano por Beatrice Obcecado
Maldito o Português Ultramarino
E o Português Multifacetado
Maldita a Crença
Que só a busca pelo romance
Inspira os versos
Se não me valha o Amor
Por estes incitado
Rasgo-lhes os versos
Abandono em definitivo a Poesia
Parto ao Mar
E Amar
Será o fim dos meus dias
Que assim seja!

A Ilha
Ou um paraíso misantropo qualquer
Serão meus álibis e minha proteção
Contras as malécias que o Amor pode causar
Ali estarei a profetizar as gentes
O Amor que lhes será e nunca me será

Valha-me Deus
Cínico Maior a desdenhar a minha necessidade de minha Musa
Valha-me a Eternidade
Ironia-Oração para me apartar os que querem bem a vida que não quero

Que muito que amo
Muito espero
Sem esperar
Com o "não te amará" do Corvo Fiel ao lado
A me gritar
E cantar na madrugatina
A Amargura que me toma e nunca me surpreende

Maldito este poeta
Que aparta as gentes
Que está distante mesmo dos que lhe são próximos
Isto não é amar
Isto é loucura
Isto é o maior delírio
Isto é a maior fuga
Isto não é Amar
Isto não é Ser Amado
E sendo isto de que forma pode haver A Amada?

Isto não é mesmo um Poema
Isto não é mesmo nem um Poeta
Estou rasgando meus versos com os olhos das gentes que lêem
E fica provado
O engano de tudo que de amor tem se falado
Porque Ela vem, porque Ela toma as minhas mãos
E mesmo no Maior Erro de tudo que tenho anotado
Está o acerto de tudo que a Musa tem inspirado

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