A Dança da Alma
Dançar tem sido libertador. Tem sido um ato de revolução, de empoderamento feminino e aceitação da mulher que sou. Como a dança tem quebrado paradigmas, tem revolucionado minha alma e expandido meus horizontes. Se eu soubesse que minha alma iria se alegrar tanto com a dança, teria começado a me mexer antes. Mas o meu "eu" de antes não seria capaz de perceber esse movimento provocador que a dança proporciona a alma. Por tanto tempo lustrei minhas ferrugens e me apeguei as velhas crenças que me faziam ficar acomodada no meu cantinho. Dei desculpas para não assumir responsabilidades com meu prazer, ignorei minha feminilidade com medo de despertar rivalidades. Me tampei por medo e vergonha de um corpo assimétrico, cuja ancestralidade me puxava para se locomover curvada em sinal de temor e respeito. E foi um dia que me dei conta que não tenho mais tempo a perder. Quando foi mesmo que essa mudança de visão veio e me fez despertar? Acho que foi quando conheci meu pai. Conhecer o