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Mostrando postagens de abril, 2016

De volta ao passado...

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Entrar naquele lugar era como se eu estivesse abrindo uma porta do passado. Me deparei com tudo aquilo que deixei para trás, sem medir as consequências ou pesar a importância que cada olhar representava para mim. E este mesmo olhar, me recebia com espanto. Me olhava como se não me conhecesse, como se estivesse diante de alguém absolutamente diferente. "Onde estava aquela garota que me indagava de forma tímida, repleta de inseguranças a cerca do mundo? E que hoje, lança um olhar confiante, que jamais achei que poderia presenciar" . Este pensamento que voou e foi captado por mim. E ele estava certo.  Quando decidir partir, deixei tudo para trás. Ciente da escolha, conclui que determinados capítulos deveriam ser fechados e alguns laços, desatados. Incrivelmente, o tempo, ali, estava parado. Resolvi encarar o passado sem medo, sem expectativa, sem julgamento. E o passado olhou para mim, desconfiado. Eu, ao contrário, o encarei firmemente, compreensiva. Ao olhar para

A Educação e o Convívio humano

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Tenho me assustado com  pequenas atitudes que passam despercebidas pela maioria, mas que para um olhar observador, é impossível não notar estas particularidades que estão sendo cultivadas em detrimento dos valores que estão, evidentemente, enfraquecidos. A cena foi esta: Marido, esposa e filhas adentram a livraria e se direcionam à seção infantil de livros. As crianças permanecem soltas pela loja e retiram os livros da estante sem dar a devida atenção eles. Os pais, parecem não se preocupar com o ato, pois o marido está entretido no celular. A esposa também. Ambos não desgrudam os olhos da tela. O que há de interessante naquele mero aparelho? O que faz com que ambos permaneçam alheios ao ambiente, sem prestarem atenção nas filhas ou mesmo na parceria afetiva?  O que me chocou não foi a liberdade dada as pequeninas, mas a frieza expressada pelos genitores, que preferiam mexer no celular em vez de aprofundar o diálogo entre eles. Engano achar que por dormir na mesma cama, a

Julgamento e a Torre [2016]

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A vaidade levou os seres humanos a construírem uma torre tão alta a ponto de encostar nas nuvens os seus tijolos pretensiosos. Não obstante, um raio fumegante atingiu o cume daquele gigantesco edifício, destruindo-o em pedaços. No chão, pode-se ver que o ego, uma vez despedaçado, descobriu que nada ganhava mantendo um falso orgulho sobre uma imagem ilusória de poder cultivado por si mesmo. Seres que perderam a "visão" devida a cegueira ocasionada pela ambição exagerada por um sentimento de supremacia. Mas assim como Ícaro, que teve suas asas derretidas por voar perto do sol, os humanos tiveram que lidar com o amargar de suas ambições ao verem os tijolos, de sua vaidade, serem destruídos pelos raios dos deuses. Nenhum Humano deveria se igualar a Deus.         2016 têm sido um ano conflituoso para todos. Os problemas sociais, políticos, étnicos, ideológicos têm eclodido por todas as partes do mundo e não há mais lugar para esconder tanta sujeira. Não adianta escondermos

Subjetividade sentimental

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Nada poderá ser como antes.  Todas as vezes que eu pegava em sua mão, rezava para que este sentimento jamais se esvanecesse. Acreditava que poderia respirar a euforia de todo começo sem imaginar que as escolhas do meio nos direcionariam a contemplar a sua, não esperada, finitude. O que será que mudou? Agora, seguro estas mãos e olho para olhos que, um dia, me encantaram, mas não vejo o mesmo rapaz por quem me apaixonei e é certo que não sou mais a mesma garota a quem, ele, jurou amor eterno. O tempo passa e muda todas as coisas, inclusive, a nossa visão sobre o Amor.  Despida do véu da inocência, me deparo com uma realidade crua, vazia e inóspita, totalmente em contraste aos sonhos que me constrói por dentro. Enfrento o esvaimento de si na entrega absoluta do que não tenho, mas que acredito possuir. Sou obrigada a encarar a dor do crescimento e todas as mudanças que surgem quando não desejo mudar, absolutamente, nada. Transformações inevitáveis ocorrem a todo mo

O Plexo-solar e a Alimentação [Reflexão]

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"Coma o que tu queres e há de ser tudo da lei"! Parafraseando o grande ocultista Crowley, é evidente que ter uma boa alimentação proporciona ao indivíduo o bom funcionamento do seu organismo! Mas, seres humanos, falíveis, só se preocupam com a alimentação quando se está diante de alguma doença que advém do mau cuidado com o próprio corpo.  Sempre tive problemas sérios na região intestinal. Prisão de ventre, apendicite, gastrite e tudo que termina com "ite" já devo ter desenvolvido. Minha alimentação nunca foi uma das melhores. "Bobeiragens" é comigo mesma! Posso não beber um pingo de bebida alcoólica, mas sou viciada em coca-cola! Tem veneno pior que esse? Como um amigo disse: "você abusa das coisas ruins tão qual um alcoólatra! ". Esses dias passando mal, percebi que necessito urgentemente mudar minha postura alimentar... Mas não só a postura alimentar, como também buscar expressar aquilo que está no cerne do meu ser.  Sob a visão

22 caminhos para ser feliz [Chiara Fucarino]

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Existem dois tipos de pessoas no mundo: aquelas que escolhem ser felizes e aquelas que optam por ser infelizes. Ao contrário da crença popular, a felicidade não vem de fama, fortuna, de outras pessoas ou bens materiais. Ela vem de dentro. A pessoa mais rica do mundo pode ser miseravelmente infeliz, enquanto uma pessoa sem-teto pode estar sorrindo e contente com a sua vida. As pessoas felizes são felizes porque se fazem felizes. Elas mantêm uma visão positiva da vida e permanecem em paz com elas mesmas. A questão é: como elas fazem isso? É muito simples. As pessoas felizes têm bons hábitos que melhoram suas vidas. Elas fazem as coisas de forma diferente. Pergunte a qualquer pessoa feliz e ela vai te dizer que: 1. Não guarde rancor. As pessoas felizes entendem que é melhor perdoar e esquecer do que deixar seus sentimentos negativos dominarem seus sentimentos positivos. Guardar rancor tem um monte de efeitos prejudiciais sobre o seu bem-estar, incluindo aumento da dep

Eu te amo..?

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Sinto muito se pareço desconfiada. Se ao ouvir: "eu te amo", me sinto incomodada. Coração quando se machuca uma vez, demora um tempo pra curar as feridas. E quando elas se cicatrizam, existirá uma marca no lugar que te lembrará a ter certos cuidados. Eu sei que você é cuidadoso, mas a minha natureza é desconfiada. Meus pacos anos de experiências afetivas me ensinaram que o amor não é percebido pelas palavras, mas pelos os atos. Uma pessoa pode dizer "eu te amo", sem sentir de fato, "amor".  Uma vez que nos decepcionamos, aquilo que bate na nossa porta interna e que se nomeia "felicidade", não entra se não for minuciosamente revistada. Peço sinceras desculpas ao meu embaraço e a minha rigidez emocional que não foi capaz de devolver na mesma intensidade o "eu te amo" de ontem a noite. Sei que foi sincero e espontâneo, mas quero que você saiba que a minha resistência não está sendo quebrada com palavras e sim, com suas atitud

Crônica para a minha morte

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Fragmentos da minha existência são dispensados no ar.     Momentos passam despercebidos e cada segundo que fecho os olhos, sinto que algo é perdido. Mas esse algo não tem nome, não tem face, não pode ser mensurado ou mesmo tocado. Que algo é esse que não consigo explicar? Que algo é esse que me faz mergulhar em sentimentos de alegria e pesar? Que algo é esse que me faz olhar para a vida que tenho ou para os sonhos que desejo realizar? Devo me atrever a pensar sobre esse algo e imaginá-lo como a Morte que caminha ao meu lado, mas que não a vejo. Sei que ela existe, mas evito pensar sobre. Dizem que dá azar.   Mas ignorar a morte e fingir que ela não está presente: nos anos que passam, em cada vela de aniversário que assopro, nas doenças incuráveis do corpo; seria uma solução viável para me tornar eterno e dar o drinque da imortalidade àqueles que amo? Não devo encará-la como uma inimiga, muito menos um ser contrário a mim. Ela faz parte da natureza que só se torna co