A Culpa é de quem?

É muito fácil culparmos os outros ou viver uma vida que nos isentamos da responsabilidade de nossas escolhas e suas consequências. Inventamos desculpas para não reconhecemos nossas falhas, adiamos o trabalho que temos à fazer sobre nossos defeitos. É fácil culpar a natureza e dizer que o pau que nasceu torto, morrerá torto. É fácil culparmos os signos para não trabalharmos a nossa reforma íntima. "Fulano é impulsivo. Ele é de áries, tá explicado!". Nada se explica! Subterfúgios são criados e os utilizamos para evitar o confronto, porque estamos demasiadamente apegados àquilo que não traz crescimento para a alma...  

Mas o outro está ali para ser culpado por nossas irresponsabilidades. Torna-se alvo fácil para todos os males que vemos nele e julgamos não haver em nós! O mal que vemos no outro e que tanto nos incomoda, reside no subconsciente e que quando não reconhecido, passa a ser projetado nos defeitos alheios que rejeitamos.

Reflexos distorcidos. Defeitos que repelimos, sem compreender como poderíamos crescer ao invés de julgar e culpar. E hoje, olho para espelho, encaro sem medo de transformar o que pode ser transformado. Olho para o reflexo e aceito que a imperfeição alheia é uma íntima amiga e ao invés de vê-la como uma eterna inimiga, ela me ensina a transformar chumbo em ouro!