Gentes Infindas
Espalhadas pelos quartos do Tempo
Exército de contemplantes
Para atrevimento de contar as estrelas
e dar nome a cada instante
Visitas da Fortuna em cada momento
Cantaram o Amor a Ti
Também cabe a mim
Este ofício
E este venerar
"Canta primeiro depois ama
que se amor lhe fugir terás a canção
Que canção há mesmo na fuga
Amor mesmo quando se há não se tem deveras
Cante ainda - Vá que tua canção
atraia para ti qualquer sorte de amor
Cante ainda que isso não lhe vá
que podes partilhar amores com os que não se encontraram
Consolo de Amantes sem quem lhes diz respeito no amar
Até que todos perdidos e abraçados nesta roda de multidões e rostos desconhecidos
Possam sair Amados em perseverarem em serem Amantes até o Infinito
Que se a Dança e a Canção neste Salão não tiverem fim
Não haverá fim para mim
Haverá Destino para vossa Saga
Haverá amor para vossa mágoa"
Ah! Ternura que sai da fonte querida e vem banhar a Amada
Deitai os melhores néctares do Campo para Ela
Que eu deitarei junto as minhas melhores carícias
Guardadas em secreto mesmo diante dos prazeres de outras queridas afortunadas
Gentes de Poesia
Cantaram o Amor a Ti
Também cantarei este Amor
Também o Amor será canção para mim
Que se Amor se for
Que a Canção fique
Para que no inverno suplício façam-se corajosas chamas
Para que ainda que impossível for cantar
Estarás abrigada no coração que te ama
Estará aberta a porta do coração para o querido encontro
Estará a Canção encantando o impossível
E em encantar o impossível se pode melhor amar
Ah! Agora se outros cantaram
E se outros amaram
Não mais me importa
Desde agora que me abristes a porta
Vou aos teus lábios com as canções prometidas
Vou te levar a meu amor desconhecendo o que sei
Teu Sorriso será a minha Estrela Guia para teus desejos
Tocar com ternura onde for seus desejos será a minha Lei
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