Sonho de Amor

I

Você quis me ensinar a te amar através das distâncias

Aprendi a seu respeito
Guardando-te no peito
O Amor tornou-se aqui infinitas instâncias

Agora a saudade arde em todo lugar
Ainda que eu não veja nenhum rosto
Agora só me resta a ti cantar
Tudo o que por ti sinto
Sentindo sem imagem um pensamento seu
Que contém todas as formas
Todas as fórmulas
De passar as noites em claro
Trazendo a Luz todos os desejos por você
É um simples sonho de amor que confio em teus braços
Uma simples vontade de vencer as noites por Amor de Ti
E dar um fim a mim em Amar alguma resposta dentro de Ti
Eterno anseio de dizer
Eterno anseio de dizer
Com eterno mistério de não saber palavras e as deixar ir para as conhecer
Também me deixarei ir
E não quero nem me conhecer
Conheça-me você
E digas se sou ou não teu amante
Diga perante a Luz da Lua se não sou teu amante
Digas perante a Luz dos Amantes a Iluminar as trevas de meu coração
Se as cartas ocultas em teu leito não sequer fizeram menção de meu amor
E não me trouxeram aqui
Digas... Tenho medo
Tenho medo de confessar o amor
E mesmo assim o confesso
Dá-me teu veredicto, não apenas sua ternura
Dá-me tua condenação e não apenas a contemplação contigo que mais me apraza
Dá-me... Dá-me...
Sou teu Amante e eu preciso
De qualquer coisa tua a dizer comigo
O que este meu coração sente e não se aquieta
Quer instigar enigmas com a Musa Esperta
Que instigou o Enigma Primeiro
Algum Enigma Entre A Entidade Amor e A Entidade Sabedoria
Que cuja flama ao atingir humana gente
Não mais se conhecerá sossego
Só se conhecerá paz em se lhes acender a Chama
E prestar os tributos de amor ante a Amada
Adorada entre as Entidades e o Coração que não se acalma
Ah! Que Sonho de Amor tenho aqui contigo!
Que Sonho de Amor que se sonha ainda desperto
E grande Amor esse que a ninguém declara desperto suficiente
E a ninguém desperta forçosamente
Quando todos querem tempestades e fúrias
Para lhes arrancarem de suas frívolas humanidades
E lhes lançar aos Templos de Delícias das Altas Meditações
Que através do Tempo as gentes abraçam Altas Humanidades
Através de Portas que podem a todo tempo serem atravessadas
Saibamos construir pontes ou não | querendo as pontes
E os atravessares
Ahr! Contra a força destes ímpetos que urram!
O Amor vence com uma brisa que apenas sussurra
E caem os ímpetos insistentes
Levantam outros combatentes
Mais ferozes e mais audazes
Para desafiar amores pela Eternidade
Até que sejam vencidos por um Amor Maior que lhes fica
Para serem vencedores em Todos os Amores que desbravarem
As Lutas que o Amor incessantemente convida
Óh! Minha Musa é esta a Luta
É neste Mundo
Nesta Lua
E em tua boca
Que ascendo a te dar o meu maior amor
Das vindas adoradas de meu coração
E quedo em teu vestido perante o Amor
Declarado Invencível, Declarado Invencível
Entre tuas tranças
Porque protegido de Teu Sorriso

Um Sonho de Amor - Um Poema não Convidado

As flores Azuras enfim cresceram
E elas ao Redor me revelam a Vera Cor da Casa
A Primavera Azul
A Maravilha
Azul Perfeição
A Cor Crescente do meu Campo
Trouxe Inesperado
Por mãos que afastam minha adivinhação e outras tentativas mágicas
E então as vejo verdadeiramente
Generosas tais são agora
Azuras, Perfeitas e Maravilha
Lançam a Estação - Meus Pensamentos se tornam Centelhas enfim

/Para queimar em Azura tudo o que restar de mim / Para incendiar em Azura tudo o que restar de mim/

A Cor Verdade cresce nos Campos / Sonho-Verdade Ascende nos Céus/ Para Sempre/ Vou adentrar na Casa Verdadeiramente Iluminada / Sei que não estou sozinho / Sei que a Solidão está verdadeiramente Iluminada/

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