1 de setembro de 2018

Devora-me!



Quando eu me dei por mim, já havia perdido.

A vida passou, as coisas se transformaram, as paredes da casa foram pintadas e o tempo devorou aquilo que havia restado de minhas velhas  e empoeiradas lembranças. O tempo também devorou a minha vontade de sentir saudade por aqueles tempos que a inocência predominava num olhar e a simplicidade reinava num sorriso.

O tempo devora tudo e tudo é transformado em sabe lá o quê. Somos todos influenciados pela ação devoradora do tempo. Faminto, o Tempo não se importa com a saudade, com os sentimentos, com pessoas. O Tempo não se importa nem consigo mesmo. Mas eu me importo com ele, pois a cada instante que tenho consciência que este instante é único, eu começo a existir.

Não demore para perceber que tudo na sua vida é único. Não perca tempo, pois o tempo não vai esperar que você tenha consciência que esta pode ser a última vez que um abraço é dado; que a coragem para sonhar e correr atrás de seus sonhos pode inspirar aqueles que não sonham; e que o Amor é a única força capaz de mover o mundo.

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