7° Carta [Bússola]



Oi Mi! Hoje, senti uma enorme vontade de conversar com você através desta carta. Mas, desta vez, serei breve pois o que tenho a dizer é um simples "obrigado". Sabe aqueles dias em que, apesar de lutarmos para manter uma direção, assim como a bússola aponta para o norte, acabamos nos sentindo desnorteados, como se um vento tivesse batido com força? Estive um pouco assim por esses dias... Aquele olhar perdido, sem ponto fixo, parecendo como se tudo em volta fosse um borrão, girando; e fosse difícil dar um passo sequer para frente com medo de cair ainda mais ou até mesmo sem sentir que há chão à frente para se pisar. 
Mas então, felizmente, eu cheguei em casa. Procurei silenciar um pouco essa ventania, mesmo sentindo que ela ainda batia. E, assim, li o que escreveu sobre meditação, dentre outras coisas. Respirei, lentamente, algumas vezes, até que a ventania se tornasse brisa. Olhei para o coração. Por mais que o "mundo" seja um pouco bagunçado, o mais importante é arrumar sempre, persistentemente, o mundo aqui dentro. Como diz, uma vez, estabilizado dentro, menos interferência recebemos de fora. Levamos para fora, as coisas boas de dentro. E levamos para dentro, as coisas boas de fora. 
Ter fé e esperança, acreditar que as coisas vem e vão por motivos de boa índole e certeiros. E se hoje o vento bate, ter a certeza que sempre teremos razões para nos voltarmos para o norte - assim como a bússola. Pois, todos nós temos muitos caminhos para seguir. E que seja ao infinito e além. 
Obrigado, Mi, de todo o meu coração, por ser, assim como Emmanuel, uma espécie de amiga-guia para mim. 
Antes de me despedir, tenho aqui uma reflexão de um amigo "teólogo" muito especial: "Lembre-se que o nosso coração está conectado à nossa alma, e não totalmente as nossas emoções." 
Um abraço nos nossos corações, Mi. 
Com muito carinho, seu amigo, Marco. 

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