5° Carta [Eu Maior]




Oi Mi! Estou aqui para registrar o meu agradecimento pela indicação deste documentário muito bonito: o "Eu Maior". Mas não só isso, pois assim como um dos entrevistados disse, a emoção de um momento é muito curta, o que fica são as lembranças. Sendo assim, quero fazer disso uma boa lembrança, que não apenas me ajude a evoluir um pouquinho, mas que ajude nós dois! 
Antes de tudo, devo dizer que assisti o documentário na hora certa, felizmente. Agora, como você sabe, começando um novo amor, algumas vezes me vi inseguro diante de algo novo e grande para mim. Cheguei a compará-lo com relacionamentos passados, e até fiquei confuso porque estava dividindo minha vida; coloquei quem eu era numa trilha diferente do relacionamento. É um pouco difícil explicar isso, mas, em resumo, foi como dividir a minha vida ao invés de viver ela por inteiro, e em tempos diferentes. Apesar de ter ficado assim por apenas uns dois dias, foi o suficiente para deixar meu coração apertado e o peito sem ar. No fim, felizmente, ele teve a sensibilidade de perceber isso e conversar comigo. O diálogo realmente abre portas e, finalmente, consegui me retirar daquele quarto escuro. E então, assisti o documentário que acabou trancando de vez a porta do quarto e colocando a vida de volta num trilho só. Continuemos colocando carvão nesse trem de vida! 
E isso, como disseram no documentário, foi o que pude perceber. Ele, assim como outras coisas, nos mostra que existe uma porta, mas o caminho da evolução vem de dentro, exige uma força individual. Existe sim, vários ensinamentos no documentário, mas ao ver todas aquelas pessoas boas, compartilhando pensamentos, tendo um estilo de vida verdadeiro, o que mais marcou em mim foi a reafirmação da existência dessa vida transcendente. 
"Em uma época, o sentido da minha vida foi lutar por algo, um ideal. Em outra, foi buscar um amor. Em outra, foi cuidar dos filhos. Hoje, percebo que o sentido da vida é viver". Essa verdade me tocou bastante. É isso que sempre conversamos, Mi, e que luto para levar sempre comigo: o presente; o lindo e eterno presente. Um conto chinês, que foi citado, exemplifica isso muito bem. Você com certeza se recorda, mas é tão bonito que gostaria de escrevê-lo: "Em um dia, alguns budas estavam atravessando um rio, quando um deles notou uma mulher com dificuldades para atravessá-lo. Mesmo os budas não podendo tocar em mulheres, este resolveu ajudá-la, carregando-a para o outro lado do rio. Quando ele voltou para o seu grupo, um buda o repreendeu, incrédulo e bravo, dizendo que ele não poderia ter feito aquilo. Assim, então, ele respondeu: - eu já a deixei lá atrás, você é que continua carregando-a.". 
Antes de terminar essa carta, Mi, também achei muito bonita uma frase que foi dita: "conhecemos as pessoas não quando elas falam de si, mas quando elas falam dos outros". Com certeza, irei assisti-lo mais algumas vezes. E mais uma vez, agradeço por mais este presente que a nossa amizade traz. 
Obrigado por me ouvir e por tudo o mais, Mi! 
Grande beijo e abraço, do seu amigo admirador, Marco. 

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