Solidão que machuca...




Às vezes, me sinto confortável quando estou sozinha, no meu canto, fazendo aquilo que gosto, sem pensar na possibilidade da intromissão alheia. Gosto do aspecto solitário de adentrar no meu universo e instigá-lo a criação de novos versos, Mas, não me sinto confortável quando penso na solitude contínua. Quando penso na vida, imagino que ela seja mais prazerosa quando se encontra alguém para compartilhá-la. As pessoas diriam que isto é carência afetiva. Talvez, elas estejam certas. E realmente existem aqueles que não sentem falta da companhia de alguém por serem autossuficientes. Estes são salvos da carência por possuírem um coração de ferro que não se fere, não se retraí ou machuca. Mas o meu coração sente, é vulnerável, pulsa e sangra. 

A solidão me machuca e não é algo desejável enquanto existir vontade para encontrar alguém que queira construir sonhos reais comigo. Minha solidão não se contenta em ser alimentada pela efemeridade de um beijo estranho. Não, não faz parte da minha busca, não é o que desejo. Minha alma se alimenta do Amor que pode ser compartilhado, vivenciado e expandido na presença de outro ser! Continuo buscando pela alma que me foi destinada nesta vida a construir o que sempre desejei: uma família em um ambiente harmonioso e propício ao crescimento. 

Nesse momento, a solidão é aceita ainda que me faça sangrar por dentro. Ela me faz olhar para trás e avaliar os passos dados. Ela me faz analisar cada aspecto das parcerias que tive a fim de não torná-las repetitivas daqui para frente. A solidão é compreendida ainda que eu caminhe entre milhões de pessoas todos os dias. Estar só, nesse momento, não é sinal de fraqueza, mas fé. Fé que me impulsiona a seguir em frente, acreditando que a Providência Divina ouvirá minhas preces, tendo a certeza que encontrarei alguém para transformar sonhos em realidade.  

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