In-diferença



Queria ser forte para retribuir a sua indiferença. Queria mesmo, mas não consigo. Não consigo passar do outro lado da rua e negar sua existência. Você ainda mexe comigo, mexe com meus sentimentos. Ainda que eu atravesse a rua, meus olhares te acompanham. Mas você sequer nota que existo. Não olha, não me cumprimenta, me retribui com sua indiferença. Não responde meus emails, não se atreve a alimentar qualquer tipo de esperança. Mas a esperança ainda vive ainda que não reconheça sua própria morte.  

Mas talvez, a indiferença não seja demonstração da falta de amor e sim, do excesso dele. Deve ter tanto sentimento aí, um turbilhão de emoções que você tenta abafá-las! E que por vergonha, por medo de se expor, por medo do que os outros irão dizer (e sim, eles já disseram tanto sobre nós); calamos o amor e deixamos ele se esfriar através da "não-importância". E seguimos nossas vidas dessa forma: fingindo que não nos importamos um com o outro.

Você pode até fingir, mas eu não sei fingir tão bem quanto você. Se você tenta ser indiferente à mim, é porque estou donde nunca saí: dentro de ti e cada vez que reapareço na sua vida, mexo com seus sentimentos, porque sei que faço a diferença.  

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