- Meu amigo, tenho que te confessar uma coisa. Após meditar muito sobre os últimos acontecimentos, repensei na minha insistência quanto as coisas passadas que não fazem o mínimo sentido voltar para elas hoje...
- Fale-me mais sobre isso.
- Antes de eu tomar a decisão do término, minha alma já estava esgotada que não havia em mim, tentativas de arrumar o que estava errado entre nós. Todas as chances esvaíram-se pelo cansaço e pela falta de consideração por parte dele, que não reconhecia que determinados atos ruíam a relação. Quando terminei, queria me libertar do sufoco de ter a voz abafada, os olhos vendados e os passos vigiados. E o mais engraçado, mesmo tendo ciência do abuso emocional que havia sofrido em suas mãos e carregado a culpa pelo fim do relacionamento, nunca deixei de amar o meu algoz... Eu verdadeiramente o amei com todos seus erros, com todos seus defeitos, mas o Amor verdadeiro impõe limites e não era porque o amava que deveria aceitar tudo dele. Mas, acredito que ele não tenha compreendido a lição. Esperava fidedignamente que eu o idolatrasse e alimentasse cada vez mais seu ego!
- Confesso que me recuso a amá-la se isso significar mendigar amor à ela. Não é por isso que a amo!
Meu amor por ela não é para ajudá-la a recuperar seu ego que se sentiu ferido diante ao término. Não insistirei, mesmo que este seja o seu desejo, pois Amar alguém não é adular o seu Ego ou Orgulho!
- O Amor é justamente a força que nos liberta destas amarras: do ego, do orgulho, da ilusão, do medo; então, por que alimentarmos isso naqueles que amamos?
- Permanecer nesse modelo retrógrado é alimentar a relação de senhor-escravo! Amar é libertar-se disso.
- Exatamente! Não é porque amamos que devemos passar a mão na cabeça dos amados que erram. Se você ficasse insistindo em declarar seu amor, estaria minando o seu amor-próprio! E as batalhas em nome do AMOR devem ter pelo menos dois combatentes! São duas pessoas que assumem o risco de estarem juntas e que estão dispostas a serem transformadas em nome do amor.
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