Não me entrego!



Pensar na vida tem sido custoso. Não sei por que insisto em perder meu tempo refletindo sobre a existência. Se as pessoas estão satisfeitas com o modo que vivem, minhas críticas tornam-se inúteis e passíveis de serem ignoradas.

Sou apenas um ser humano que não se contenta em viver a margem da mediocridade. Sou apenas alguém que não aceita viver a margem de si mesmo, pois preciso transbordar e ir além da conta, ir além do que sou para os outros. Quero me ver com os meus próprios olhos, jamais através de reflexos. 

Tenho medos, como qualquer outra pessoa. Quem não tem medo do escuro? Atravesso a floresta sombria todos os dias, sozinha. Caminho com minhas próprias pernas, pois sei que o primeiro passo advém de mim. Ainda que a noite escura da alma me assombre, há uma força que me faz olhar para cima. E essa força diz: você não está sozinha.

Permito que a noite se revele e mostre o que quero ver. A floresta não é perigosa, mas os meus pensamentos são. A noite não existe para alimentar o medo e nem para assustá-lo. Se há uma força que me faz olhar para cima e contemplar as estrelas, como posso me sentir abandonada, rejeitada ou sozinha em meio a tanta beleza espalhada pelo universo? Como se sentir abandonada se a terra lhe sustenta os pés? Como se sentir sozinha se o sol ilumina o seu rosto e aquece o teu coração?

Ainda que eu não consiga enxergar a solução para os problemas que me afligem, sei que eles são passageiros e resolvíveis.

Ainda que eu seja um ponto de interrogação perdido na vastidão cósmica - aprendo com minhas dúvidas e faço da dor a ponte para meu crescimento.   

Ainda que eu me sinta neste momento como uma formiguinha entre os gigantes, esta pequena existência vale pelo seu peso.

Ainda que me batam por não ser quem esperam que eu seja, não entrego minha fé, não desisto da luta. Esta existência, ainda que frágil, ínfima e efêmera vale cada suor, lágrima e sangue derramados na batalha do dia-a-dia.

Não entrego minha esperança a quem não a merece.
Não entrego minha coragem aos covardes.
Não entrego meu coração se não for para amar por inteiro, porque não sei amar pela metade.  
Não sacrífico minha vontade.
Não desisto dos meus sonhos.
E sobretudo,
Amo porque o AMOR é a força que move minha vontade, meus sonhos e o meu coração.

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