O Baú das Memórias


Na estante da sala havia um baú repleto de fotografias. Deixava lá para quem quisesse ver. O baú cheirava passado. A jovem o pegou com cuidado, pois revirar as memórias pretéritas deveria ser feito com bastante cautela. Em suas mãos, segurava lembranças... Momentos que se foram e foram guardados em um velho baú de fotografias...   

Momentos passam rápidos... Rápidos até demais. Quando fecho os olhos não sei o que perco. Um segundo e tudo muda. Nada permanece estático. O presente é um contínuo movimento, não para, não para! Cada instante que passa é precioso. Cada instante que passa é uma nova chance para mudar tudo! 

Mas há uma parte em mim que deseja guardar momentos, lembranças, cheiros, sorrisos. Há uma parte minha que se pudesse guardaria todos os instantes que passam por meus olhos em um baú de fotografias. Há uma parte em mim que deseja congelar o tempo e tornar eterno um segundo de felicidade. 

O tempo não para e por não parar fere a minha vontade. A memória é falha e a necessidade de gravar momentos é imensa. Contudo, por mais que cada segundo se revele passageiro, fecho os olhos e percebo que nada perco. A imagem nítida daquele semblante, o contorno do seu corpo e o sorriso que ilumina este instante são deveras preciosos e por sua importância, guardo-os na alma e os levo no meu coração.

Estarão comigo onde eu for.    

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