O Mar [Relações]



Quando penso em relacionamentos me vêm à mente um mar. Olho para suas águas e vejo sua superfície límpida, transparente. Sei, entretanto, que a superfície não mostra a profundidade destas águas e que se eu quiser conhecê-las, terei que estar disposta a navegar por elas. Terei que mergulhar e encarar o que há no fundo; o que não vem à tona no primeiro instante, mas que se esconde por trás do olhar. 

A ideia de se relacionar apenas avaliando a superfície me é algo efêmero, vago, vaidoso. Se não houver uma aproximação à nível de alma e que ela se respalde também nas afinidades mentais e emocionais que temos com uma pessoa; pode ter certeza que não me sentirei à vontade ao lado dela e tão logo, arrumo minhas coisas e saio pela porta da frente. 

Aprendi desde cedo que não poderia adentrar em qualquer relacionamento se não houvesse uma ligação mais profunda. Por esse ideal, bati várias vezes a cara no muro. Decepcionei pessoas e fui decepcionada. Confrontei diversas e inúmeras vezes a expectativa com a realidade, para descobrir que uma relação só é firmada se a sintonia espiritual coexistir entre os indivíduos. E esta sintonia espiritual é observada através dos valores, ideais, afinidades, interesses, que as almas compartilham entre si tornando uma relação durável e intimamente reveladora. O Amor existe e ele é a Força motriz do crescimento individual e coletivo. 

A distância não torna a intimidade pequena e quando o Amor existe, ele simplesmente é.

Quando há Amor, há coragem para se mergulhar nas águas do outro sem medo de ser afogado.  
Quando há Amor, há compreensão para com as dificuldades do outro... 
Quando há Amor, há disposição para crescerem juntos, jamais separados. 
Quando há Amor, há vida em expansão e indivíduos que se ajudam mutuamente a se desenvolverem.  
E neste Mar, com Amor, navega-se e mergulha-se, sem medo... 
  

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