20 de novembro de 2016
Oração a mim mesmo
Que o que há para ser vivido, eu viva;
que o que há para ser amado, eu ame;
o que há para ser perdoado, que eu perdoe,
e o que há para ser odiado, que eu perdoe (também).
E que essa vida de perdões e amores permita:
que eu trabalhe no que amo com fervor, mas nunca obsessão,
que o que for meu o seja não por posse, mas por conquista,
e que eu me permita também ser conquistado, sem hesitar, pelo que me cativa.
Deus queira que o mundo se mostre aos meus olhos sem errados nem certos
porque quem olha os erros e acertos não enxerga.
Alma, permita: que minhas tensões virem brandura e serenidade,
e que essas duas me sejam sempre e absolutamente presentes, para que eu possa doá-las, sem
reservas, a todos. Porque brandura e serenidade são o que dura depois do fim de tudo.
Que meu corpo seja apenas um corpo, mas que toda e cada carícia sobre ele seja sentida
plenamente, e que sua beleza esteja sempre dos olhos para dentro, e ocasionalmente adornada pelas
roupas de fora.
Que meu espírito seja apenas espírito, para que não se transforme em ouro denso da terra aquilo que
é mais leve e sutil que o ar que pertence ao céu.
Que cada sorriso e palavra sejam sinceros, e que minha vida seja uma vida, excepecional apenas
por ter sido completamente vivida.
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