29 de novembro de 2016

Desconectada




- Em que mundo você vive? - perguntou espantada ao descobrir que não tinha whatsapp. 

Respondi que tinha um celular que me permitia o básico exigido por um aparelho: telefonar e ouvir músicas. A conversa se encerrou e voltamos aos afazeres habituais. Reparo durante o trajeto do trabalho à casa que várias pessoas caminhavam com celulares na mão. Olhava para o que faziam discretamente e via os dedos ágeis, se comunicando através da rede. O programa permitia as pessoas se sentirem conectadas e bastava-lhe uma mensagem, para que a comunicação atravessasse distâncias! 

Senti, naquele momento, que não estava conectada. O único momento que tinha para adentrar na rede era somente em casa depois das vinte. O restante do dia, era dado a viver no mundo desconectado, sem ter nas mãos um aparelho que permitisse conversar com algum amigo nas horas da solidão, queixar-me de alguma situação frustrante no facebook ou mesmo usar a linha do tempo para compartilhar uma alegria súbita, uma foto para mostrar como estou no dia ou dizer para Ele que sentia saudades. 

O mundo que vivo não tem filtros, mas tem suas próprias cores. Não tem mensagens instantâneas, mas tem o barulho dos carros, o cheiro humano, o céu pintado de azul e decorado com estrelas.  O mundo que vivo não é aquele das palavras rápidas, mas dos livros que carregam histórias e do silêncio que uma conversa nos causa. Este mundo espera em silêncio a mensagem como quem espera uma carta. O mundo que vivo é o mundo que meus olhos enxergam; é o mundo onde a existência descobriu que se conecta com o outro através do coração que pulsa, do abraço apertado e da memória, falha, mas que guarda o significado de cada momento vivido com trabalho, mas também amor.


A Ironia da Vida...




A ironia da vida é viver como se não houvesse a morte. É aterrorizante imaginar como vivemos a vida de forma mascarada, acreditando que todas as pessoas são obrigadas a serem eternas. 

Quando a morte bate na porta, ela assusta. 
Ela não diz nada e entra sem ser convidada. 
Ela paralisa e nos roubam a palavra, a ação, o tempo.
Fica uma estranha sensação de que não fizemos o suficiente e quando percebemos o nosso erro, tarde demais. O incômodo persiste no travesseiro e a pergunta que acorda sem resposta é: "será que aproveitei o tempo que tinha, fazendo o meu melhor?". 
O sentimento fica entalado, as palavras também. É remorso misturado com saudade. É o arrependimento de não ter dito adeus e o adeus de quem não queria encarar despedida. É lágrima misturada com lembranças. É tudo uma coisa só: a dor de quem parte e a dor de quem fica. A única coisa que a morte não devora é o sentimento que persiste e cria raízes naquele coração que está destinado a cultivar a memória de quem partiu. 

Ironia é viver a vida eternizando as pessoas. 
Elas não são eternas, são mortais, de carne, osso e sangram por fora e por dentro. 
São existências de significado, de emoções, palavras, sentimentos. 

Ironia é viver a vida sem consciência que a morte significa a nossa possibilidade para fazer o melhor enquanto temos tempo: para amar sem limites, para doar-se sem razões e compartilhar risos, alegrias, derrotas, vitórias; tornando a existência uma experiência inigualável e única! 

28 de novembro de 2016

A Melodia de Outono

I

Corações Quebrados devem ficar fora do amor
Fora de qualquer harmonia
E se melodia o amor inspira
Corações quebrados devem ficar fora disto

Corações quebrados devem ir ao pó
Pois vêem de Estátuas no Jardim
Jardim agora sem as gentes dançantes
Sem praça, sem celebração
A música não toca mais
A fome pelo Amor não está aqui
Perfumes além-campos a fizeram peregrinar
Se foram todos
Cabe então que os corações quebrados paguem
Fragmento, por fragmento
Em justiça as Montanhas e as Pedras
Que não queriam ser esculpidas
Por mãos humanas estúpidas
Bruscas
Línguas más que chamam de bruto
O que passa por seres milhares, milênios milhares de milhares
Em artes do vento

Mas chamam as mãos destruidoras
Mãos que não tomam a vida para danças
Que roubam a vida e as danças
De mãos artísticas!
¿A que chamareis...? ¿arte?
Se nem o que tomais para vós
tendes parte?

II - Kali

Eis todo pó aqui
Chove e choro
Minhas mãos oleiras
Vão se descobrindo assim
Por obrigação
depois de ouvir a Sinfônia da Destruição
Com ouvidos atentos
Suplício lento
e coração oni-insciente onde se inscreve tudo
De amor
Que de amor que se canta
Tudo escuto
Só dela ouço!

III

Beijos lentos emergirão
De todo suplício
De todo amor ignorado e desconhecido
Virá o Convite para a Vida ao Amor
Vindo em uma Celebração de Saber-se-junto
- C(...) V(...)!
Só dela ouço!
Só Ela posso ouvir!
Ouço a Sinfônia da Chuva
E as danças de vento no Jardim
Vejo ainda muito mais do que vi
A música, os perfumes, Ela-Mulher
Tudo o que era pleno de perfeição já sendo tão humano
Sendo tão esclarecimento já sendo tão mistério
Tanto amor havia, tanta felicidade
Que o transbordar convidava até para segredos
Mesmo que confessados aos beijos
E agora há! Porque houve e sempre haverá!
Tudo ouço, tudo vejo
entretanto nada sei
Até o advento de minha Sabedoria vir
No tocar das mãos que à descoberta dos prazeres enamorados
Guias serão!

IV

Não mais lamento por corações quebrados
Eis que virá
Ela!
A Melodia de Outono
Na qual sempre serei
Sem precisar me escutar
Escuta-me Tu!
Óh! Tu que me escutas...

27 de novembro de 2016

A Jornada da Alma [Astrologia Cármica]



Tem sete anos que me dedico aos estudos de terapia de vidas passadas. Sempre tive a convicção que encontraria as respostas para meus conflitos se olhasse atentamente para o passado. Emoções enraizadas, padrões de comportamento que tendem a repetição ou o retrocesso da alma, podem ser compreendidos, assimilados e direcionados para o crescimento da alma.  

Um dos caminhos que encontrei para estudar o passado e compreender um pouco sobre a Jornada da Alma foi através da Astrologia Cármica. Perceber cada vida como um processo único, construído pelas experiências individuais é valorizar cada minuto do seu tempo com aquilo que lhe fará crescer e superar as limitações que enfraquece seu espírito diante a sua Verdadeira Vontade. 

O Mapa Astral Cármico traz uma compreensão a cerca dos potenciais que podem ser desenvolvidos como também as tendências às repetições. Pode mostrar os medos irracionais que trazemos, quais pontos a alma se estacionou, padrões de pensamento enraizados e quais atitudes cultivam esses processos. O mapa astral guarda nossos tesouros que só são encontrados quando se mergulha dentro de si através da autoanálise e de uma profunda aceitação de nossas sombras para integrar-las a consciência de quem somos e o que podemos ser. 

Ah... A Roda do Tempo? Ah... A Roda do tempo não para e a alma se movimentará a cada existência repleta de experiências que a direcionará ao crescimento, ao desenvolvimento de seus potenciais e ao descobrimento de si nesse processo chamado VIDA. O Sol é a identidade e guarda nas suas qualidades o trabalho que alma é convidada a executar. A Jornada do Herói é externada pelos arquétipos dos signos e as energias planetárias potencializam ou refinam as qualidades de cada signo. 

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O Mapa Astral Cármico pode ser encomendado através do meu perfil  do Facebook. Ele contém as informações do Sol, do Ascendente, da Lua, Saturno e dos aspectos entre os planetas exteriores e interiores; análise do nodo lunar e suas posições nas casas zodiacais. Indicadores do Carma e os direcionamentos para que os potenciais latentes da alma possam ser explorados e vivenciados. O Mapa contém de 19 à 25 páginas e custa R$ 150,00. 

O que completa é o outro

 Sinta e veja: que o sentimento não é apenas sentir, mas mostrar que sente, pois não se abre o coração apenas para si mesmo, e o próprio ato de compartilhar o que se sente já faz parte do sentir: emoção não compartilhada é emoção incompleta, pois tanto o choro quanto o riso existem para serem vistos e completados, de preferência por outrem.
 No entanto, o abismo incompreensível entre as almas poucas vezes nos deixa mostrar tudo o que há para ser mostrado. Mesmo o pior choro não dá a real dimensão da tristeza, e nem o maior sorriso dá a da alegria.
 Sentir então se torna essa tensão de tentar, sem sucesso, compartilhar o incompartilhável.

 Mas e quando se sente plenamente, e outro também sente, e você sente que ele sentiu, e esse circuito se fecha e a corrente que passa não cessa tão cedo... AH! Sentir verdadeiro que completa o ser, continue nesse círculo de profundidade absoluta enquanto for possível, porque dá ao humano um ínfimo da compreensão do verdadeiro infinito.

 Esse sentir infinitamente recíproco, presente da empatia...

25 de novembro de 2016

Soulmate.


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A sensação dos teus lábios nos meus, era totalmente diferente das que já havia sentido. Era um conjunto de desespero e medo, medo de algo que eu já sabia que não ia dar certo, medo de que fosse passageiro e não fizesse a mínima importância para você.
   Você apareceu quando eu estava perdida, e não conseguia conter aquilo dentro de mim. Talvez eu tenha que ter me perdido para poder lhe achar, talvez isso tenha sido bom, talvez se eu não fosse tão bagunçada você não se sentiria atraído por mim. Algumas vezes acredito que tudo isso foi uma conspiração do universo, como se ele quisesse nos unir e transformar o que somos. Eu tinha jurado à mim mesma, que não gostaria de outro alguém tão cedo, porque em todas as outras relações que tive senti sozinha, não era fácil sentir o que ambos deveriam, não consigo acreditar que o que sinto agora é pelo menos um pouco recíproco.
  Espero que a sensação continue a ser sentida e que não me parta igual às outras, que não me bagunce novamente, porque não quero encontrar mais ninguém que não seja você. Você me aceitou do jeito que sou e ajudou a arrumar a bagunça, colocou tudo em seu devido lugar, você sabia que a minha mente estava tão cheia que me pôs para adormecer, e me acordou deixando claro que estava comigo. Não tinha me acostumado com alguém cuidando de mim, pois sempre foi apenas eu sozinha não tinha alguém para ligar se caso algo acontecesse, não tinha à quem contar o meu dia, não tinha alguém para se preocupar comigo. Não creio que deveríamos mudar por alguém (a não ser que seja pra melhor), mas não posso negar que você é a mudança do meu ser, você é a tal "alma gêmea" que tanto demorei para encontrar, admito que você é a melhor parte de mim, por mais que eu seja a pior de você.

24 de novembro de 2016

Vida!




Imagino várias vidas anteriores a esta e me vejo em todas elas, procurando avistá-lo na multidão. Milhares de pessoas passaram por mim, mas nenhuma me cativou. Com você, é diferente. A exceção da regra. Bastou vê-lo uma vez para que eu me sentisse estranhamente atraída. Por que? Por que entre sete bilhões de pessoas existentes no mundo, somente uma nos faz sentir-se incrivelmente únicos?Mais tarde, compreendi que, naquele dia, minha alma vibrava em alegria por encontrá-lo depois de uma temporária separação.  

Como alguém que busca uma agulha num palheiro, encontrei o abraço que sempre sonhei em estar. Diante aos olhos claros, límpidos, digo sem medo o que há aqui dentro: "eu o amo, amo você". Quantos séculos de solidão eu tive que suportar para estar em teus braços, acariciar o teu rosto ou dizer que o amo, olhando em teus olhos? 

Olho para ti e vejo uma palavra: Vida. Eu a vejo pulsar, se emocionar, se arrepiar, tremer, vibrar, com tua força, com tua energia! Vida: como uma explosão de cores, luzes cintilantes que bailam no ar, estrelas que passam por nossas cabeças e o silêncio de dois amantes unidos pela mente, coração, corpo e espírito! 

Amo a vida que percorre em ti. 
Amo-te. 

23 de novembro de 2016

Quando o coração sangra...



Pulsa, bate, lateja, palpita, sangra... Sangra? Sangra! Coração que chora, se entristece, se decepciona, odeia, ama... Ama? Ama! Sente tanto que se perde em tantos sentimentos! Sinto a ferida aberta no peito e não estou conseguindo cicatrizá-la... Apenas dói e não sei o por quê da dor. 

Sinto a tristeza pesar os ombros e nem o sorriso amarelado disfarça a indisposição, o cansaço, a lamúria. O que minha alma deseja desta vez?! E se deseja, por que as palavras fogem quando tento explicar o que me angustia por dentro? Talvez, nem eu mesma tenha as respostas. Estou apenas sangrando neste momento.  

Pode ser que este coração sangra por ver a dificuldade  de realizar certos sonhos. É um risco acreditar que no futuro tudo será diferente! É difícil acreditar em um sonho se há tantos obstáculos externos na realização do mesmo...

Desânimo é o que se vê desenhado nas expressões... E por enquanto, dói, apenas dói e dói mais ainda por não saber que dor é esta. Dor que não tem face, não tem nome, mas é vermelha, amarga e solitária...  

Psycho.

  Eu acho que apenas me acostumei contigo, acho que me acostumei da forma que dizia que estava bem, mesmo eu sabendo que bem lá no fundo era tudo mentira. Lidei com as tuas opiniões que por sinal, eram bem opostas das minhas, tentei aceitar o fato de ser cético mesmo com todas as minhas crenças, que somos opostos, assim yang e yin. E o seu lado sádico, era o que mais me chamava atenção, adorava a forma que machucava as outras pessoas e como aquilo era a sua felicidade, como se fosse o teu motivo para viver, como se lhe fosse prazeroso.
  No fundo, eu sabia que era errado o que cometia, mas era agradável ouvir o teu riso, ver o quão bonito ficava. Muitas pessoas se sentiam aterrorizadas por lhe verem cheio de sangue, e sorrindo como alguém que tinha acabado de ganhar na loteria, a verdade é que você não era de se ter medo. Eu lhe definiria como uma arte, que fosse feita para ser admirada e observada em silêncio, pois era cheio de barulhos. Eu gostava dos barulhos que transmitia, gostava de tudo que transmitia, até mesmo o seu jeito psicopata.

Wanted say,

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                           Queria dizer que, tudo que sinto por ti está sumindo.
                           Queria poder dizer que, já não sinto sua falta. 
                           Queria poder dizer que, já não penso em você. 
                           Queria poder dizer que, não existe mais você em mim.
                           Queria poder falar sobre você sem me lembrar de nossos momentos. 
                           Queria poder dizer sobre, os teus olhos sem me perder.
                           Queria poder dizer sobre, os teus lábios sem ânsia-los nos meus.
                           Queria poder dizer que, a sua beleza não me domina.
                           Queria dizer sem, medo que já não lhe amo mais, se isso fosse verdade, bem.... Não seria amor.

Freedom.

    Giramos em torno de uma grande sociedade, que nos reprimi dizendo o que não podemos ser. A sociedade nos obriga a não sermos quem realmente somos. Eles nos ameaçam dizendo o quão ridículo somos, mas ridículos são vocês. São vocês que nos dizem que é nojento ver dois homens se beijando na rua, mas não dizem quando veem dois héteros. São vocês que fazem da mulher uma máquina, uma máquina feita para: arrumar casa, ficar em casa enquanto trabalham e para te satisfazerem. São vocês que fazem bullying com uma gordinha só porque o corpo dela não é o ideal para vocês. São vocês que apedrejam quem luta contra a desigualdade social, mas depois reclama o porquê de está tudo tão ruim assim. É por causa de vocês que muitas pessoas não admitem o que são.
    A liberdade de se expressar é de graça, mas vocês a tornarão um custo. Queremos um lugar onde  não haja preconceito e muito menos agressão, queremos um lugar que possamos nos expressar sem sermos julgados, queremos um lugar onde o amor é livre e sem gênero, apenas queremos um lugar onde podemos ser quem quisermos.
   No final de tudo somos todos iguais, que o fim do preconceito esteja perto!

22 de novembro de 2016

Arrogância intelectual



Cuidado com arrogância intelectual. O conhecimento, às vezes, pode ser o entrave nos olhos. A arrogância do Saber é acreditar que se sabe o bastante quando na verdade não se pode saber sobre tudo, nem mesmo sobre um assunto. E estamos justamente em uma época que todos tem uma opinião formalizada sobre qualquer assunto! O conhecimento pode se tornar uma caixinha limitante, que não te permite ver outras possibilidades do pensamento e nem vislumbrar os horizontes de raciocínios diferentes do seu! 

Quem acha que sabe, está mais próximo da soberba; é vaidoso com as palavras e defenderá sua opinião com ferro e fogo. Contudo, o arrogante tem dificuldades para pedir ajuda ou admitir que está errado quando grita para o mundo que está certo! E mesmo que provem o contrário, dificilmente mudará sua posição com medo da contradição...

A arrogância é um castelo de vaidades e somente as situações da Vida para desconstruir nossas razões e ensinar que é mais importante ter o coração aberto às reflexões, às dúvidas e as possibilidades que surgem no horizonte do saber, pois há muito para ser aprendido, assimilado, vivido!    

Keep Calm and... Sintonia!



Nós damos face ao medo. Imaginamos seu tamanho, sua largura, altura, os seus olhos, a cor da roupa. O criamos através da irracionalidade que valoriza mais a imaginação e menos realidade. Mas e quando o medo não se baseia nas suposições quiméricas? E quando ele mexe com a nossa estrutura psíquica, paralisa nossas ações externas que são envolvidas pela insegurança e te traz uma angústia inexplicável que tomam as rédeas, temporárias, do seu ser? O medo pode ser real, mas também uma ilusão. Se entraremos em frequência com essa sensação, o que determinará é o nosso autocontrole. 

Nos ensinam nas tradições esotéricas que forças contrárias se alimentam da energia que você emana. Nosso corpo áurico guarda impressões de seus sentimentos, pensamentos e ações. Basta pensar e você já cria em torno de si, teias deste pensamento/sentimento. Bons ou ruins, os pensamentos moldam nossas ações, criam realidades e atraem  para o seu redor forças que alimentarão este campo energético. O pensamento é como uma frequência de rádio. Você pode optar em ouvir música barulhenta ou clássica. Mas, está nas suas mãos sintonizar-se nas frequências mais elevadas ou menos desejáveis. Isso, você pode escolher!

Tudo é sintonia. Há várias frequências por aí, mas você escolhe se irá ou não se sintonizar à elas. Quando você perceber que a causa do seu desequilíbrio advém das sintonias "erradas", o caminho do equilíbrio poderá ser visualizado! Acerte sua frequência, pois quando o medo querer te assombrar, você já sabe qual frequência irá dissipá-lo, trazendo para seu íntimo a confiança na Providência Divina e na Energia Cósmica que está sempre a nos amparar! 

Bicho estranho, esse

 O tempo tem dessas indiscrições: desgasta, corrói, enferruja, envelhece, mata. Resumindo no mais puro clichê: o tempo passa.
 E assim, só de passagem, ele para pra deixar esse presente, meio de grego, essa tal saudade, sem nem ter a educação de perguntar se você quer. E, fazer o quê, a gente aceita e cuida desse bicho estranho. Abre as veias, gavetas com fotos, memórias enterradas, tudo pra alimentar essa saudade, porque se você não alimentar ela vai embora. Tá, você não pediu, não queria ela mesmo, mas depois de olhar bem nos olhos... Tem que ser meio desnaturado pra deixar ela desaparecer, não é mesmo?
 É até bonitinha, da pra brincar com ela se quiser, e se abraçar ela bem apertado, a saudade te aperta de volta. É um aperto doído, verdade, mas abraço apertado é que é bom, mesmo o da saudade.
 E tenta dialogar com ela pra você ver: saudade não gosta de razão, razão é veneno pra saudade. Ela fica brava, te arranha, machuca.
 E aí você acha que está acostumado, e o tempo bate de novo e para pra entregar mais outra... porque pra saudade esse sem-vergonha para, só pra ela o tempo para. E quando você percebe, a casa está cheia delas, e você cuida de tantas, mas mesmo assim conhece cada uma, nome por nome. Eventualmente, alguma foge, vai embora, e você fica com saudade da saudade que foi...

 Cara-de-pau, esse tempo, amante descarado da memória.

20 de novembro de 2016

Oração a mim mesmo

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Que o que há para ser vivido, eu viva;
   que o que há para ser amado, eu ame;
   o que há para ser perdoado, que eu perdoe,
   e o que há para ser odiado, que eu perdoe (também).

   E que essa vida de perdões e amores permita:
   que eu trabalhe no que amo com fervor, mas nunca obsessão,
   que o que for meu o seja não por posse, mas por conquista,
   e que eu me permita também ser conquistado, sem hesitar, pelo que me cativa.

   Deus queira que o mundo se mostre aos meus olhos sem errados nem certos
   porque quem olha os erros e acertos não enxerga.
 
   Alma, permita: que minhas tensões virem brandura e serenidade,
   e que essas duas me sejam sempre e absolutamente presentes, para que eu possa doá-las, sem
   reservas, a todos. Porque brandura e serenidade são o que dura depois do fim de tudo.

   Que meu corpo seja apenas um corpo, mas que toda e cada carícia sobre ele seja sentida
   plenamente, e que sua beleza esteja sempre dos olhos para dentro, e ocasionalmente adornada pelas
   roupas de fora.

   Que meu espírito seja apenas espírito, para que não se transforme em ouro denso da terra aquilo que
   é mais leve e sutil que o ar que pertence ao céu.

   Que cada sorriso e palavra sejam sinceros, e que minha vida seja uma vida, excepecional apenas
   por ter sido completamente vivida.

18 de novembro de 2016

Deixe ventar

    A distância tem esse charme de se fazer de inimiga sem precisar, de não me deixar te tocar. E quando não me deixa a distância, também não me deixa a saudade, e assim as duas conspiram para, sem que eu queira aprender, me ensinar.
Resultado de imagem para vento    Conspira a distância, para que eu não te dê o carinho, mas para quê, se para isso existe o vento, que apenas por se mover já lhe doa a carícia mais suave?
    Conspira para que eu não a aqueça, porque há também o sol e o fogo, indomáveis, sempre a aquecê-la.
    E não posso firmá-la, pois há a terra que, mais do que eu, estará sempre abaixo de ti.
    E eu talvez jamais consiga purificá-la como faz a água que a banha todos os dias.
    E nada disso a distância deixa que eu faça, porque para tudo há o vento, o fogo, a terra, a água.
 
    Mas a distância é amiga porque me deixa amar-te, e para isso há meu peito, e é esse peito que, suave e sempre moderado, faz com que meu fogo não te queime, mas aqueça, com que minha água não te afogue, mas lave, com que minha terra não te trema, mas firme e com que meu vento não te derrube, mas apenas acaricie.
 
   

I hate.

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  Eu ainda estou aqui, pensando em você e é realmente difícil de tirar de minha mente. Tentei te tirar mais de uma vez, e não é fácil, cansei de tanto tentar e nenhum resultado sair. Já estou cansada de insistir em te ligar, e perguntar se está bem, estou cansada das suas atitudes infantis, estou cansada de lhe entregar tantos sentimentos e você joga-los fora.
  Não tem como explicar como eu me sinto quando lhe vejo triste por causa de alguém, não consigo suportar sendo que vivo triste, não consigo olhar para você sem ansiá-lo, não consigo te evitar, não consigo nem por um segundo te esquecer. Eu sei que não te machuca nem um pouquinho me ver para baixo, ainda mais quando é por sua causa, eu sei que ama a sensação de inflar o seu ego, mas me doí você se importar mais com o teu ego do que comigo, me doí saber que você gosta dela mais do que gostou de mim, me doí quando deixa o seu orgulho falar mais alto e não correr atrás de mim, me doí você me ignorar, me doí tudo que você faz.
  Eu odeio ter que dizer adeus à você, sendo que quero ficar. Eu odeio me sentir dessa forma, e odeio quando não sinto. Eu odeio chorar por sua causa, e você nem ao menos me perguntar se estou bem. Eu odeio quando você me ver, e não vai falar comigo. Eu odeio o fato de não me procurar. Eu odeio você sentir coisas, que não são por mim. Eu odeio te odiar. Eu odeio ter que tira-lo da minha vida, sendo que quero pô-lo nela. Eu odeio a forma que você consegue me destruir e me reconstruir, em questão de segundos. Eu odeio te querer. Eu odeio amar tanto você, e não conseguir lhe esquecer.

17 de novembro de 2016

Desconstruções...




Quero desconstruir aquilo que me faz vê o mundo num formato de um quadrado ou enxergá-lo nas limitações do meu vocabulário! E que eu me permita senti-lo em sua amplitude! Que eu possa abraçá-lo e senti-lo através do vento que roça meus dedos! 

Que eu desconstrua aquilo que me faz categorizar os seres humanos, pois a segregação nasce através da palavra. E que eu me permita sentir a força que pulsa no Universo contida em um único abraço! 

Quero desconstruir aquilo que me faz se sentir diferente do outro a ponto de não conseguir me enxergar no brilho dos seus olhos. E que eu me permita sentir o Outro como parte inseparável do meu ser. Juntos, não separados; progredimos melhor quando aprendemos a caminhar com o Outro ao nosso lado.

Que eu desconstrua aquilo que me prende aos dogmas do pensamento cristalizado pela ditadura da "imoralidade". Que eu me permita vê que o Amor é indiscriminadamente livre para optar por caminhos plenos e originais que mostrarão as mais variadas expressões desta única FORÇA!

Desconstruções são necessárias, imprescindíveis e totalmente válidas!

A Vida torna-se mais valiosa quando vemos que ela é uma expressão dos diversos, inumeráveis, incontáveis, Universos! 

MULTIVERSO...
 

16 de novembro de 2016

A Luz! [Aprendizado da Semana]




Ah! As paredes deste quarto estão remontadas de lembranças. Olho para todos os lados e o vejo em cada objeto. A energia dele é tão forte a ponto de me fazer sentir sua presença mesmo diante ao silêncio. Sentada em sua escrivaninha, momentos de epifania surgem a todo instante. Pego o lápis, a folha e ponho para fora os sentimentos. Pequenos deslumbres acompanhados pela luz do instante revelam a magnitude contida na existência...

Quanto maior for a Luz que emitimos ao mundo, maior será seu raio de alcance, facilitando assim, os canais energéticos pelos quais fluirá a energia universal! A Luz e o crescimento estão interligados. É só observarmos os elementos da vida natural, para perceber a importância da luz e como ela está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento! E quando me refiro "crescimento", não digo apenas nos aspectos materiais, mas também nos espirituais. Quanto mais o ser humano mergulhar dentro de si através do autoconhecimento, mais consciente estará dos processos subjetivos do seu ser! Ser consciente da própria sombra é trazer à tona os potenciais internos e integrá-los no trabalho da constante reforma íntima! Só quem mergulha na escuridão de si mesmo a fim de encontrar a "luz", é quem realmente a encontra! 

Observando o movimento do lápis nesta epifania de palavras, tenho outro insight provocado pelos "insetos". Com as janelas fechadas, percebi que a lâmpada do quarto atraía uma infinidade de insetos, que batiam no vidro ferozmente... A luz da lâmpada lhes provocavam uma súbita confusão e eles já não se norteavam pela luz lunar para encontrar o alimento e sim, pelas rotas da luz artificial. Ah. Quem nunca esteve diante da iluminação artificial? A "Falsa Luz" é semelhante a ilusão que o ego nos prega quando acreditamos estarmos "iluminados" pelo conhecimento que adquirimos, pelas ideologias que pregamos ou pelas supostas verdades que vomitamos. Nem tudo o que reluz é ouro, já diziam os antigos. A Luz contida na essência do ouro é bem diferente do Ouro dos tolos. Os tolos se enganam achando que estão com o verdadeiro "ouro". A pirita pode até imitir uma luz semelhante ao ouro, mas a essência dela é outra. O Aurum é encontrado na Alma quando esta brilha pelo incessante trabalho que faz para melhorar a si mesma, trazendo para o mundo a contribuição da mudança interna! Afinal, uma vela acesa acende mil velas sem perder sua força original!!!   Ilumina-te e segue a espalhar tua luz pelo mundo enquanto pisares na terra, beberes da água e respirares o ar!

Jesus disse: "Vós sois a luz do mundo. Uma cidade edificada sobre um monte não pode ser escondida. Igualmente não se acende uma candeia para colocá-la debaixo de um cesto. Ao contrário, coloca-se no velador e, assim, ilumina a todos os que estão na casa". 




13 de novembro de 2016

Obsession.

Era irresistível não olhar para ele, a sua beleza não era de se deixar escapar. Era um tipo diferente de beleza, não era artificial, não era físico, não era o externo, era o que havia dentro dele.
   Eu sabia que ele levaria partes de mim, assim como traria sentimentos desconhecidos por mim, eu sabia que a reciprocidade dele era uma armadilha, nada que me contém é recíproco. Eu precisava extremamente dele, precisava de inalar o seu cheiro, precisava de sentir suas mãos calejadas em minha pele, precisava de escutar sua voz rouca, precisava de vê-lo.
Confesso que precisava dele ali, precisava que ele estivesse sempre disposto à ficar conversando  comigo até altas horas da madrugada, que me abraçasse após a morte de algum personagem em minha série preferida. Confesso que gostava dos novos sentimentos que havia aderido, gostava da forma que faziam eu me sentir, era bem acolhedor e desesperançoso, pois era de se imaginar que aquilo tudo acabaria comigo.
  Foi terrível quando acabou, foi doloroso, porque tudo que sentia ele arrancou e nada mais poderia me preencher, e quando ele havia feito esse massacre percebi que não tinha nada dentro de mim além daqueles sentimentos que ele tinha trazido. Não tinha nada em mim, e era estranho sentir o nada em mim, era bem estranho não sentir o que sentia quando o via, por isso insistir em minha obsessão por ele, porque era horrível não sentir nada.
  Confesso que ele ainda é minha obsessão, da qual não consigo me livrar.

6 de novembro de 2016

Sonhos não envelhecem...




Olho para aquelas páginas que já foram escritas: um sonho construído pelas palavras que dão vida a um universo que lateja em mim. Ah... Quem dera se estivesse tão fácil construir esse mundo de palavras! Logo na reta final, falta-me inspiração. É como se as palavras fugissem e me deixassem no caos que o Nada possa representar e nesse momento, ele representa uma pausa que não esperava, um bloqueio na criatividade que desespera qualquer escritor. 

Os sonhos, felizmente, não envelhecem e durmo agarrada à eles para que não escapem na invigilância do sono. E sei que eles são unicamente fieis a mim, ainda que eu me preocupe em demasia! Meus sonhos nunca me traíram e não será desta vez, que eles me deixarão a caminhar sozinha. Se caminham ao meu lado, é para serem vistos pelo mundo todo! 

Triste é ter sonhos e guardá-los no travesseiro ou enterrá-los no esquecimento. 
É triste ter sonhos e deixá-los que se enferrujem pelas dificuldades da "realidade". 

Será que o seu sonho é forte o bastante para continuar caminhando ao teu lado?

Sonhos movem moinhos, movem o mundo, o universo e as pessoas! 
Sonhos movem o meu Amor e o espalham para onde eu for! 

Posso até formar rugas em meu rosto, mas a idade não representa nada diante aos meus sonhos. 
Pois sonhos não envelhecem e são eternos, até que se prove o contrário.