Distância...


Sonhei que estava com você. Quando acordei, deparei com a cruel realidade: você não está ao meu lado. Ainda que inconscientemente, te chamo constantemente a adentrar nos meus sonhos, pois essa é a única forma que encontrei para ver você. Continuo me iludindo, buscando-te em minhas ilusões e o cativando em minhas fantasias. Está sendo difícil conviver com essa ausência e quanto mais penso em ti, mais a solidão me entrelaça fazendo com que eu mergulhe nessa utopia...

Você não sente saudades? Acho que já lhe fiz inúmeras vezes essa mesma pergunta. Me desculpe pela insistência. Sinto saudades, sinto sua falta. Será que a saudade é realmente um sinal de dependência? Abri um livro por acaso esses dias que dizia: não vivemos sem o outro. Descobri, então, que sou dependente dos seus sorrisos, das suas conversas, dos seus abraços e afagos. Preciso de um remédio. Alguém, alguém, me dê uma pílula do desapego! Preciso me encontrar. Mas, como posso querer me encontrar se apenas me "encontro" no reflexo de seu olhar? Estou perdida. Estou esperando. Espero por algo que ainda não existe, com uma saudade inexplicável daquilo que não vi. Uma falta que não encontra seu presente... Uma distância para a qual não há pontes que a diminua.

A falta que você me faz é exatamente proporcional ausência ocasionada por essa distância. Distância que não se mede, não se quantifica... Distância, esta, que só nossos corações são capazes de sentir, deixando que as lágrimas falem por nós o que não pôde ser colocado em palavras. Distância que só nossos corações reconhecem através do brilho de nossos olhares quando nos reencontramos unidos pelo mesmo sentimento. 


Que sentimento é este?
Qual é o laço que ainda nos une?

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