Lembrete meditados



Escolhas. São inúmeras. O tempo todo, nos defrontamos com a realidade do desejo e a expectativa que criamos em torno dele. Qual melhor caminho a seguir e que me levará a realização do que espero, anseio, procuro? Nos deparamos com as escolhas e os caminhos que delas, surgem. Só reconhecemos a importância que cada decisão teve em nossas vidas, quando lidamos com as consequências. Mas, será que temos maturidade para lidar com aquilo que não esperamos? Incluindo as consequências menos agradáveis? A consequência de uma escolha pode ser prevista? Ou seus resultados são variáveis e mutáveis? Até que ponto, possuímos o livre-arbítrio para escolhermos algo sem sermos coagidos pelas pressões externas (ambiente e pessoas)? Escolher. Um ato reflexivo.

Perguntas nascem durante a noite, quando estamos cansados demais para refletir a forma como temos levado a vida. O dia requer trabalho e nos cobra competência. Quem tem tempo para pensar, é aquele que está ocioso ou que não trabalha. Como dizia a dona maria: "Filosofia não enche barriga". Refletir sobre as questões da vida, só para os ociosos, desocupados e que não precisam correr contra o relógio para pagar as dívidas. Estamos correndo o tempo todo e não refletirmos as escolhas que fazemos. Não temos tempo para pensarmos nas consequências de nossos atos quanto menos na incoerência de nossas ações. 

Perguntas são incômodas. Dúvidas geram insegurança. Incerteza na era da informação, é vista como um ato de ignorância, pois todos, sem exceção, têm opiniões sobre TUDO na vida. Aquele que não sabe é inferiorizado por alguém que acha que sabe. Tenho um "pé atrás" quando alguém afirma: "eu sei", sem se dar conta que ninguém pode saber sobre "tudo". Convicções são pensamentos enraizados, não aceitam ser questionados. Desconfie de quem se mostra o tempo todo convicto ou nega-lhe dúvidas. Não foram as respostas que revolucionaram o mundo, mas as perguntas.   

Não consigo compreender o que leva uma pessoa a falar mal da outra e sorrir para a mesma, como se nada tivesse acontecido...

Agir correto. Competência ética. Cultivar a tradição. Partilhar valores. Comungar com a verdade. Permitir que sejamos mais humanos conscientes do nosso poder de transformação. Auxiliar cada indivíduo no desenvolvimento de suas potencialidades. Conscientizar-se que somos uma única raça: a humana.  Difícil, sim. Impossível, jamais!

Nem tudo o que é velho, deve ser descartado. Devemos cultivar a tradição no sentido de que os valores universais (fraternidade, respeito, honestidade, integridade, compaixão, paciência) devem ser transmitidos para as gerações mais novas. Assim, estas virtudes, jamais se enfraquecerão na Era da Instantaneidade, onde as relações se deterioram devido a liquidez que não se esforça para cultivar pacientemente a semente das afeições.      

Que modificações poderemos fazer se não somos conscientes do nosso passado? Como almejar um futuro diferente se permaneço praticando as mesmas ações no presente? Como superar padrões de comportamento que limitam a minha criatividade e não me deixam conhecer o que poderia vim a ser sem estas limitações? Se não procuro conhecer o meu passado como construirei meu futuro? Negar a existência do passado é negar a nossa história. É negar tudo aquilo que construímos e vivemos hoje. 


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