27 de dezembro de 2013

Último post do ano (2013)




Sempre é bom relembrar os acontecimentos que marcaram de alguma forma minha vida esse ano. A forma terapêutica que encontrei para lidar com essas situações é justamente escrever a respeito, fazer uma deliciosa reflexão e deixar que as peças se encaixem naturalmente, sem criar alardes ou perder a cabeça se as coisas não aconteceram como eu havia planejado. Alias... Nem sempre tudo ocorre como planejamos, afinal, o Universo não age na satisfação do nosso bel-prazer e o mundo não gira em torno do nosso próprio umbigo.

Tento manter a calma, conter a ansiedade e respiro fundo. Enxergo sempre um lado positivo da situação aparentemente desastrosa. Nem sei até que ponto isso possa ser benéfico. Tento administrar minha vida da melhor forma possível, mantendo a mente nas nuvens e os pés bem colocados no chão. Achava que era pessimista, mas venho me surpreendendo com meu excesso de otimismo frente às dificuldades. E isso é algo muito bom! Pelo menos vejo como um crescimento pessoal, um amadurecimento.

Rir do problema, não quer dizer que você o negligencie, muito pelo contrário, isso demonstra que você têm consciência sobre ele e também responsabilidade, tendo sempre em mente, que se a felicidade é passageira, o problema é também passageiro. Mas se a problemática existe, é certo que você é apto a resolvê-la. Não fique esperando que Deus venha fazer o serviço para você. 

Pense, observe e aja.  

Temos sempre a liberdade para escolher e ainda bem que o ser humano possui o livre arbítrio, apesar de que nem sempre temos consciência dessa ferramenta. Podemos optar pelo sim ou pelo não, não abrindo espaço para “talvez”. “... o vosso falar: sim, sim. Não, não. Porque o que passa disto é de procedência maligna”. Podemos escolher nos fecharmos para vida ou nos abrir para ela. Podemos decidir afastarmos de vez, situações e pessoas que não nos causam bem ou continuar ao lado delas, fechando nossos corações para a prática da verdadeira fraternidade.


Podemos escolher sermos felizes ou infelizes. Podemos optar em assumir responsabilidade pelas consequências de nossas escolhas ou continuar culpando deus e o mundo por tudo de ruim que nos acontece. 

As escolhas podem tanto nos aprisionar e nos limitar às crenças improdutivas quanto libertar nossas mentes para aquisição de novos conhecimentos que engrandeçam nosso ser. 



Foi necessário que eu revesse alguns conceitos e valores. Tive que abrir mão de alguns ideais, renovar, reaprender e aprender! Estou em um processo de busca espiritual e iniciei essa jornada tem exatos 4 anos e só agora consigo visualizar que o primeiro passo é só o início de uma longa jornada, e nunca o desfecho

A Busca Espiritual, através do autoconhecimento que me propus a fazer, me trouxe inúmeras e incontáveis bênçãos, mas também incertezas, me fazendo muitas vezes sentir como se tivesse pisando em um chão de vidro. Quanto mais me aprofundava nos estudos, quanto mais adquiria conhecimento, mas angústia sentia, afinal, tinha em mente que se encontrasse o que estava procurando, conseguiria saciar totalmente minha sede. Entretanto, quando mais você estuda, mais se aprofunda, buscando respostas para suas perguntas, mais dúvidas surgem e mais limitações jogam na sua cara que você é um simples, mero e frágil, ser humano. 

A Busca Espiritual encontra pouco espaço para se desenvolver em uma sociedade hedonista e totalmente materialista. Ela não pode ser comprovada empiricamente. Ela parte de uma experiência sua e cada pessoa a concebe de forma diferente. Não que eu precise de provas, testes científicos, para validar a crença minha em algo “sobrenatural”. Afinal, até mesmo a ciência tem seus limites e por mais que doa no ego dos cientistas, somos apenas “seres humanos”, com suas impurezas, imperfeições e limitações. Por mais que busquemos Verdades Absolutas, nos deparamos com meias-verdades o tempo todo. Descobrimos que nada conhecemos sobre as pessoas, e imagine quanto aos fenômenos e mistérios do Universo!


Não preciso de provas para validar minha crença, em algo Divino que está para além do que nossos olhos possam ver, na força esplêndida da Natureza, nas Leis Universais, nos planos diversos da Existência, no Mundo Espiritual que existe independente do mundo físico. Isso já dorme em todos nós, uma crença inerente que já está na alma de cada ser vivo. 

Entretanto, quando vi, que muito do que estudava, não tinha em si, muita validação no mundo “material”, tive que dar um novo rumo aos meus estudos, direcionar minhas perguntas a algo mais concreto e prático: o que tanto busco com tudo isso? Essa é obviamente a primeira e única questão a ser respondida. Busco o melhoramento de mim mesma. Mas, esse melhoramento de si mesma não mostra apenas o desejo de perfeccionismo embutido nas suas ações? Não. Não mesmo! Justamente por saber que sou um ser humano frágil, imperfeito, sei que sou único e quero ir fundo para desenvolver cada potencialidade minha.

Minha jornada espiritual apenas está começando e não vejo fim, nem pretendo chegar a ele. O autoconhecimento que busco, é para a vida toda, para além desta existência. Esse anseio por querer aprender e está aberta a novas formas de pensamento continuarão fazendo meu ser vibrar por adquirir novos conhecimentos que o engrandece.

E se no meu caminho eu puder ajudar também aqueles que caminham ao meu lado, com todo esse conhecimento que venho aprendendo, principalmente com o Tarô, já é uma alegria que não tem preço. Todo Bem que fazemos, ecoa pela eternidade. Cada fragmento de Luz que você dispensa no auxílio desinteressado ao próximo faz um Bem imenso, tanto para quem recebe quanto para aquele que doa. Mas lembre-se, só ajudamos quem quer ser ajudado. Para que sua ajuda alcance resultados maiores, a pessoa que necessita, precisa estar verdadeiramente aberta e ansiando transformações.




2013 foi um ano importante também no campo das relações pessoais. É muito importante sermos sinceros com nossos sentimentos e ações. Mesmo que o próximo não seja totalmente sincero com você, não se intimide e nem fraqueja. Não projete seus ideais esperando que o outro os sigam corretamente e nem espere que as pessoas façam por você aquilo que faz por elas. Não cobre. Respeite a individualidade cósmica que está ao seu lado. Isso é muito importante, pois assim, evitam-se ressentimentos ou magoas, abrindo-se para a verdadeira aceitação do outro como ele é. 

Muitas vezes, insistirmos em achar que sabemos perfeitamente do que o outro precisa para mudar. “Ah, fulano, precisa disso”. “Ah, ciclano precisa daquilo”. Isso geralmente acontece muito numa relação a dois. E esse foi um dos pontos que mais errei. O mais engraçado, é que quando você está em uma relação nova e por ter tido outras anteriores, acredita fielmente que está mais responsável e isento de erros. Até que comete o primeiro erro, se desculpa, fica com vergonha e depois comete mais alguns, e ai, a casa vai caindo. Você descobre que pouco absorveu com seus aprendizados e continua errando com o próximo, no caso, seu parceiro. Tentei forçar uma pessoa a ser quem não era. Não respeitei sua individualidade e teimava em achar que sabia perfeitamente do que ela precisava para evoluir e crescer. Ledo engano. Achamos que sabemos cuidar das pessoas, mas não cuidamos nem de nós mesmos, imagine do outro. 


Não sabemos das verdadeiras necessidades do próximo até que ele nos diga. Não sabemos de suas dores, até que um dia, ele nos fale. Mas temos o péssimo hábito de apontar as falhas em vez de abraça-las. Dirigimos nossas criticas aos defeitos, em vez de acolhê-los. E principalmente, tentamos agradar o outro e esquecemo-nos de nós mesmos. Uma anulação não compensa a outra.


Não vivemos sem nos relacionar com o outro. Não vivemos sós. Precisamos do outro para “sobreviver”, pois ninguém vive sozinho com suas dores ou com seus medos e sempre encontramos alguém para conversar a respeito dos nossos sofrimentos. Ninguém pode ser feliz sozinho, precisamos compartilhar nossa alegria, nossos sonhos e desejos com o próximo. Ninguém ama por dois numa relação e ela não se constrói sozinho, mas juntos. A evolução não é apenas individual, mas coletiva também. 

Tudo na vida é uma questão de ciclos e temos que ter respeito por eles. Temos que ter coragem para romper com ciclos repetitivos e que não são nada benéficos, mas que por alguma razão procuramos insistir neles. Insistir em algo que acabou, não vale a pena. Você sofre desgaste energético enorme! Você se prende energeticamente com a outra pessoa, impedindo-a de “crescer” ou se “libertar”. 



Deixe as coisas irem embora naturalmente. Não se prenda. Saiba respeitar seus ciclos e também seus limites. Saiba quando finalizar e iniciar seus ciclos, pois você continua sendo senhor absoluto do seu próprio destino. As mais sutis escolhas podem mudar totalmente nossas vidas de forma imprevisível, para melhor ou pior, tudo depende da forma que você encara as mudanças. Quem se apega demais ao passado, achando que era mais "feliz", fecha os olhos para a alegria do Presente, a verdadeira dádiva é o Nosso Presente. É a partir do que fazemos hoje, que mostrará como será nosso amanhã. Por isso, não se apegue ao passado, já passou, já não existe. Não se apegue ao sofrimento pretérito. Você já sofreu, também já passou. Olhe agora para o presente, olhe para frente, olhe para quem está ao seu lado e agradeça sua companhia,  veja o que pode ser modificado! As melhores mudanças, não são aquelas que acontece do dia para noite, mais sutilmente e naturalmente. Abra-se para as infinitas possibilidades, pois a cada minuto que passa, é uma nova chance para mudar TUDO! 
As transformações são inevitáveis, mas nada na Natureza se modifica no equilíbrio. Toda transformação que ocorre no mundo natural é resultado de alguma forma de desequilíbrio. Se não houvesse reações de cadeias moleculares, agindo sutilmente, não estaríamos aqui, hoje. É necessário atravessarmos as tempestades e noites negras da alma, pois é nos mergulhos da angústia existencial, que conseguimos visualizar justamente o X da questão, aquilo que precisa ser realmente modificado, para melhorarmos nosso relacionamento com o outro e com nós mesmos!

Esteja sempre aberto para o aprendizado e conhecimento. Cresça com suas escolhas, amadureça de acordo com sua própria natureza. Brinque mais, sorria mais, chore mais, AME MAIS e espalhe as sementes de amor por onde andar.  E ainda que não venha a receber "nada", saiba que por onde passou, flores nasceram no caminho. Se quer mais LUZ, SEJA A LUZ. Brilhe. Descubra seu potencial interno. Ria das suas limitações, ria dos problemas, pois o riso é o relaxamento espiritual. 


Amigos, Companheiros de trabalho, pessoas incríveis. Obrigada pelo carinho, obrigada pela amizade, pelos conselhos, obrigada meus amigos!
Esse ano, tive a graça de conhecer o Pisciano
mais meigo e incrível do Mundo: Marco Aurélio!
Gosto demais de você e fico muito feliz por ter
conseguindo conquistar uma amizade tão bela!
Que nossa amizade possa durar mais algumas
outras milhões de vidas! Muito Obrigada Marco!!



Aos meus amigos, que por alguma razão não tenho fotos, mas que levo no coração cada um deles: Kelly Elis, Nathan Rodrigues, minha queridíssima Makô, Izabella Dutra, Pedro de Falco, Jean Carlo, Marco Montevechi, Marilaine, Bárbara Laranjeira, Conceição, Muito obrigada pelo carinho, pelas boas energias!!! Que 2014 vocês possam realizar tudo aquilo que se proporem a fazer!!! 


Que venha 2014! Que venha a energia do número 3!!! 


Namastê!

19 de dezembro de 2013

Alguns versos...



De todos os versos 
Criados no Universo
Nenhum chega ao intento
Dos sentimentos 
que está aqui dentro.
Não existem palavras
Que expliquem
Que Verbalizem
A imensidão do nosso Amor
De plenitude que transborda
Do néctar de uma rosa
Nossas almas jubilam, na
perfeita comunhão,
de sentimentos
que só existem quando
damos as mãos, 
Silenciando tempos.

Um pedido de "Desculpas"


Será que lhe devo um pedido de desculpas? Talvez. Uma parte de mim diz que sim. Mas as vezes penso, que não é certo fazer isso. Não. Não devo fazer isso. Não é orgulho. Mas, um pouco de compreensão frente ao seu sofrimento. Não há nada que eu possa lhe dizer para diminuir o tamanho da sua dor e mesmo que me justificasse, isso só poderia ter um efeito reverso e multiplicá-la. Não existem mais palavras entre nós. Elas se esconderam, com medo, receio. 

Ainda sou fraca e tão imperfeita. Ainda sou uma humana, sujeita a erros. Tudo o que fiz, foi para preservar uma integridade, nossa individualidade. Fui sincera e talvez a sinceridade tenha nos matado. Ninguém está pronto para enfrentar as verdades sobre si mesmo. E eu estou enfrentando, arcando com a responsabilidade de minhas escolhas referente aquilo que mantenho cativo. Mas, mendiguei-lhe afeto. Tentei desvirtuar tua divindade, por não aceita-la. 

Eu não te aceitei e nem sei se conseguiria realmente te aceitar totalmente. Na prova do incondicionalismo, somos todos testados e não é fácil. Talvez, ai, esteja a "falha", o fato de não te aceitar totalmente, foi ai que tudo começou a desmoronar. Mas... Não quero que se sinta culpado e nem vítima. Essas emoções não são nossas. Não quero que pense que fez algo errado. Somos tão virgens e inocentes quanto um recém nascido. Ninguém nasce sabendo. Estou aprendendo e por mais que doa, ainda vejo tudo isso como um aprendizado. 

Em vez de um pedido de desculpas, prefiro sussurrar ao vento um sincero "Obrigada". 
Muito Obrigada por tudo. 


9 de dezembro de 2013

Semana do aprendizado: Todo dia é dia de aprender!


Ainda bem que não nascemos sábios. Ainda bem que somos seres humanos em constante autodescoberta e aprendizado. Tudo o que nos acontece, sem querer parecer fatalista, não são por mero acaso. Acaso é o nome que damos a uma Lei que não conhecemos.  Há algo muito maior do que imaginamos regendo tudo isso que chamamos de Universo. “Isso” ganha vários nomes, mas é uma coisa só. Somos todos um. Estamos todos interligados, vivendo nossas vidas sob Leis Universais. Quando você abre sua mente para aprender no dia-a-dia a Linguagem Invisível, desdobramos a consciência, descobrindo um universo de infinitas possibilidades que carregamos dentro de nós. Somos mutáveis, adaptáveis, frágeis e com uma fé estranhamente inabalável na esperança de dias melhores. 

Nessa semana pude absorver algumas lições valiosas na arte do conviver. Nem sempre é fácil. Fazemos dobraduras e muito descuidamos da nossa resignação frente à dor alheia. Buscamos ter paciência quando não há espaço para tolerância. Exigimos que o outro faça aquilo que gostaríamos que fizessem para nós. Exigimos muito e pouco temos para oferecer. Moldamos padrões de personalidade, intitulando heróis e vilões na nossa própria trama, o que nos faz ser vítima ou algoz nesse drama sem aplausos. Paciência, já diziam os mais antigos: é uma virtude! Todos os dias somos metralhados com situações em que nossa paciência chega ao ápice do limite. Explodimos. Descontamos nossa raiva ou estresse no próximo, sem pararmos para pensar que somos responsáveis por tudo àquilo que atraímos à nossa volta. Se você está passando por uma situação ruim, é porque você atraiu! Você semeou isso de alguma forma, seja através de ações pretéritas ou pensamento. E pensamento é matéria! Todos estão sujeitos a Lei de Causa e Efeito. Estamos constantemente projetando nossos desejos e nossas frustrações. Alimentamos diariamente nossos medos e planeamos nossa sombra nos outros. E a sombra é algo perigosíssimo, pois a ocultamos por debaixo de disfarces de uma falsa benevolência e ninguém quer aceitar que somos tão, tão seres falhos e consideravelmente miseráveis, mendigos de verdadeira afeição! E um dia, a máscara cai, a verdade vem à tona e ninguém consegue sustentar por tanto tempo um nicho de falsidades sobre si mesmo.


Cadê a paciência, quando estamos isentos de tolerância? Cadê a resignação e aceitação frente à imperfeição do outro?  Você é perfeito? Não. Cadê nossa benevolência e onde escondemos nossa “humanidade”? Será que somos melhores que o próximo? Será mesmo que temos esse direito de julgar ferrenhamente o outro? E o que é ser “melhor”? Isso te fará mais ou menos humano? Conviver não é fácil, mas seja perseverante, aprenda a aceitar o próximo da forma como ele é. Não seja um crítico ferrenho quanto às limitações ou defeitos do outro, pode ser que a maledicência que seus olhos veem nele, seja apenas um reflexo da sua própria sombra que tenta esconder de todos! Abrace-o e conviva com as diferenças! 



Queria dizer a respeito também daquelas situações que achamos que chegamos ao nosso limite. Ciclos que estão quase sendo finalizados, mas que precisam passar por um processo de confrontações, conflitos internos ou externos, necessários para que possamos atravessar essa fase com uma bagagem especial de aprendizado! Nada é em vão. Tudo o que passamos é necessário de acordo com o quê nosso “espírito” necessita, para que assim possamos subir alguns degraus da nossa própria evolução. É como escalar uma montanha (ainda que figurativo, pois nunca escalei fisicamente uma, mas como escritora, me permito imaginar em tal situação). A escalada, inicialmente começa de forma agradável, pois estamos no pique, cheios de energia pra enfrentar esse desafio. Não nos atemos aos riscos e nosso único objetivo é escalar essa montanha, chegar ao seu topo e gritar: vitória! Nos primeiros obstáculos, os enfrentamos de forma otimista. Mas com o decorrer do tempo, as dificuldades parecem serem gritantes e quanto mais subimos, mais falta de ar sentimos! No meio da escalada, pensamos em desistir, mas ainda sim, temos aquele desejo inato de saber como é a vista lá de cima! Superamos cada empecilho, com força, fé e “ESPERANÇA”. Mas parece que a cada passo, nossas energias vão sendo minadas. Concluímos 4/5 da escalada e nesses 1/5 restantes, o desespero se instala. As angústias pela falta de ar, pelas dificuldades, pelas dores no pé, pela pressão da atmosfera, fazem com que pensemos em desistir. 

Mas... Eu me pergunto: chegou tão longe, pra quê desistir nessa altura do campeonato? Não. Esse é o momento em que provamos para nós mesmos que a fé e a coragem surgem nos momentos em que menos esperamos, surgem lá de dentro, nos fazendo sermos perseverantes quanto à realização de nossos ideais! Não pense que essas “limitações” estão te prejudicando, mas na verdade, estão te ensinando a como vivenciar seus sonhos e dar valor ao que será conquistado! Rapadura é doce, mas não é mole não!


"Abra-se para o fluxo de bençãos na sua vida"

30 de novembro de 2013

Algo que estava guardado em mim... (2)


Aqui estou eu, falando com meus sentimentos. Algo quer sair, ganhar forma, ganhar textura com palavras. Onde estou? Não consegui definir. Estou tentando me concentrar, distinguir cheiros, sons. Ouço vozes e uma sirene. Estou em um campo. Essas vozes são ríspidas, falam constantemente em tons agressivos. Eu apenas obedeço. Não falo nada. Não consigo me visualizar. Minha visão está toda borrada. Tento aguçar meus ouvidos. As vozes mandam, gritam. Eu tenho medo. Não ouso a contestar, já vi o que eles fazem com quem grita por seus direitos. E aqui não há justiça. Fomos abandonados. Onde estou? Ouço apenas o silêncio. Não há lamúrias ou ressentimentos. Todos estão cabisbaixos. Deitam suas cabeças, sem saber o que esperar do amanhã. Deitam suas cabeças sobre algo que parece ser um “travesseiro” sem sonhos que possam lhes salvar da desoladora realidade. Eles também não choram, pois suas almas já derramaram todas as lágrimas, restando-lhes apenas o silêncio perturbador. Fomos esquecidos. Abandonaram-nos nesse lugar sombrio. Meus pais ainda não retornaram do banho. Faz muito tempo que não vejo meus amigos. Eles se esqueceram de mim ou eu me esqueci deles? A verdade é que esqueci quem realmente sou. 

A sirene soa novamente. Eles entram agressivamente, gritando e batendo na minha gente. Não há tumultos, apesar dos espancamentos. Não temos mais força para lutar. Não temos coragem para revidar. Eles nós mandam para o banho. Finalmente! Depois de tanto tempo, finalmente terei direito a um banho. Caminhamos em fila. Eu não sei direito o que está acontecendo, mas meu íntimo dá sinais. Caminhamos, pois não temos nenhuma saída. As batidas aceleram proporcionalmente aos passos dados. O que será de nós quando adentrarmos aquela sala? Disseram-me que era apenas um “banho”, mas por que meu coração está tão angustiado? Chegamos. Eles gritam: “tirem suas roupas”! Todos nós obedecemos, crédulos que realmente será um “banho”. Ah! Quanto tempo não vejo água, não molho meus cabelos e não a sinto percorrer meu corpo? Fecho meus olhos e agradeço a Deus, com as mãos levantadas, em pensamento: 

“Obrigada Senhor pelo banho que concedestes aos nossos corpos”. 

29 de novembro de 2013

Poesia (?)


Com que facilidade relega-me atenção?
Não penses que estou a te cobrar
Mas confesso que careço de afeição...
Você é como uma estrela a me iluminar.

Esse sentimento veio de surpresa,
Nasceu da nossa convivência,
Não me relegue sua presença...
Pois sinto sua ausência.

Eu não sei se estou amando(!)
Essas paredes estão ruindo...
Você não está ouvindo?
Minha alma está clamando...

Não deixe apagar a chama
Que inspira os corações de quem ama. 

25 de novembro de 2013

"Música (?)"

O que restou da humanidade
Está preso na maldade.
O que restou do desespero,
Estão nas vozes que não falam.

E a angustia do vazio
Muitas vezes me vi perdido.
Sob espinhos eu caminho
Sigo essa via sozinho...

Não é tempo de sonhar
Minhas asas não abrem mais
E a esperança que guardei
Agora é tarde demais.

Nessa terra de estranhos,
Vosso rosto está em prantos.
Nós perdemos a coragem
Segregando a bondade


Nosso sangue é derramado
Quem irá pagar o preço?
Estamos todos desolados
a mercê do descaso...



22 de novembro de 2013

Quem foi?

Quem é o verdadeiro culpado?

Quem nos fez acreditar que somos simples, meros e humanos miseráveis?

Quem colocou em nossas cabeças que somos fracos ou incapazes?

Quem? Quem semeou a discórdia entre os povos, segregando nosso sangue, destituindo o que se restou da nossa humanidade?

Quem te falou que a vida não é bela e que os nossos problemas são maiores que nossa capacidade de solucioná-los? Quem?

Quem te disse que o Amor não existe, e que este sentimento não passa de uma ilusão coletiva, a qual somos convidados a participar involuntariamente dessa loucura incontingente.

Quem foi? Quem disse isso???

Revelem-se os culpados. O Tribunal está aberto para todos serem julgados! E não há nada oculto que não venha a ser revelado. Mas antes que a sentença seja declarada, declamo meus versos nessa praça pública, correndo o risco de ser lixado. E ainda que não me ouçam, continuarei insistindo, persistindo, sem desistir de lutar por uma causa que deram por perdida.




Sua existência é única, diferente e esplêndida. Ninguém é melhor ou pior. 

Cada ser é único e com diversas, inúmeras e infinitas potencialidades para serem desenvolvidas.  Não deixem que lhe digam o contrário.



You're a star!

Que tolo sou!


Que tolo sou,
Por achar que sei alguma
cousa sobre o amor!

Estou entre aqueles que só rotulam,
Pouco sente, só discursam.

Proclamo aos quatro ventos
que estou amando...
Mas o quê é amar se eu
Não sei o que é este sentimento?

Não sei o que sinto,
Mas vejo um sinal.
Espero no meu canto,
Vá que aconteça algum mal?

Que tolo sou,
Desconheço o Amor.
Por medo
Medo de tocar nessa brasa
E deixar que ela me consuma por inteiro.

Uma motivação desconhecida
Uma coragem que não é minha.
Mas que brota do meu ser,
Ganhando força a cada dia.



17 de novembro de 2013

Música (?) inacabada...

Continuo a caminhar... 
Sigo em frente, não posso parar.
Me perdi no teus abraços,
digo adeus e sigo meus próprios passos.

Mas a estrada, é perigosa
Onde o vento nunca sopra.
Se eu me perder, 
não irei desistir
Clamo para renascer.

Veja o vento balançar os seus cabelos
o Universo conspira a favor.
Seja o sol, você nasceu para brilhar
Veja seu Ser repleto de Amor.


10 de novembro de 2013

Reflexões de novembro...


Hoje acordei percebendo um brilho diferente. Olhei para trás e para o caminho percorrido. Senti um alívio. Pela primeira vez acordei sem arrependimentos... Se tudo o que aconteceu me fez transformar no que sou hoje, só tenho motivos para agradecer por tudo o que ocorreu, por todas as pessoas que conheci e que foram importantes nesses processos de amadurecimento interior que precisei passar. Não reclamarei de mais nada, apenas agradecerei infinitamente pela sabedoria da providência divina

Todo o processo foi essencial. Toda dor e alegria, fracasso e vitória, acerto ou erro, foram essenciais para que eu pudesse enxergar através destes véus ilusórios. Essa certeza pulsa timidamente em meu íntimo me dizendo que estou no caminho certo, no caminho para manifestar minha Verdadeira Vontade.



Quantos de nós estamos presos ainda aos comentários alheios referente a quem somos e como devemos agir? Já pararam para pensar, que quase sempre invalidamos nosso real intento para agradar o próximo? Mas e quanto agradar a si mesmo? Até que ponto isso é benéfico sem que esbarre na linha da vaidade exacerbada ou do individualismo contundente? Complicado responder. Diariamente esbarramos com situações que enaltecemos nosso ego, esquecendo-se assim do nosso SELF. Muitos acreditam que a própria felicidade depende exclusivamente do outro, tirando-nos a nossa própria responsabilidade e esforço para manutenção dela. O contraste atual, quase despercebido e aceitado pela massa é que a Felicidade é sinônimo de quantitativo. Quanto mais se tem, mais se é feliz. Assim, nos apegamos ao que é supérfluo e efêmero, buscando saciar nossa fome nas redes do consumismo excessivo, da vaidade sem limites e do orgulho indiferente. O que poucos percebem, é que o buraco sombrio permanece inalterado e o vazio se estende nos recônditos da alma. Somos almas famintas, insaciadas pelo descaso do próprio ser em relação a si mesmo. Construímos a base da nossa autoestima no julgamento alheio e esquecemo-nos de cultivar nossas verdadeiras potencialidades.  Continuamos prisioneiros e sequer procuramos a chave que nos libertará. Não basta ir muito longe para encontra-la. Ela já está dentro de si! Basta olhar com mais carinho e paciência. Podemos muito bem manifestar nossas verdadeiras vontades sem que haja hostilidade ou indiferença para com o próximo. Podemos agradar a nós mesmos, sem que sejamos demasiadamente egoístas ou alheios à necessidade do outro. E temos o direito de buscar verdadeiramente nossa felicidade, para que assim possamos compartilhar com todos aqueles que nos rodeiam. Afinal, o riso é o relaxamento espiritual e cuidar de nós mesmos não se trata de egoísmo, mas sim, de importância para com nossos deveres, com nossos sonhos e com nossos sentimentos!

O erro não edifica, mas nos ensina a enxergar claramente
o caminho que deve ser percorrido.


Como é bom poder passar por situações em que você ver que cometeu um erro e ainda tem a oportunidade para se desculpar sinceramente. Hoje passei por algo parecido. Foi a respeito de uma consulta de Tarô. O problema para quem está iniciando os estudos é achar que poderá ajudar todos com o oráculo. Com esse pensamento “inocente”, acabei ficando cega no meu próprio ego (outro perigo para o tarólogo iniciante) e cometi um erro com a consulente. Tive que ter humildade para reconhecer que havia errado. As cartas representaram “perfeitamente” a situação presente, mas quanto ao caminho e o futuro, o jogo pareceu incertamente esperançoso (fora da realidade, me surpreendendo) o que me deu motivos para incentivá-la, sem reconhecer os perigos da sua escolha. Ainda estou refletindo a respeito da jogada. É a primeira vez que algo assim ocorreu, pois sempre tenho feedbacks positivos quanto aos jogos que faço (principalmente os onlines e que não tenho muito contato com as pessoas). Mas isso não me tira a responsabilidade pelo que falei. Pedi sinceras desculpas para ela, era o mínimo que poderia fazer. 


É... Aprendizado constante, galera! O pessoal do outro lado não pega leve! São justamente esses tapas que levo para aprender a baixar a crista e conduzir meu trabalho da forma mais condescendente, aliando-se sempre com a integridade e honestidade!

Outros fatos que aconteceram e que só me impulsionam a continuar nesse caminho, é ter a oportunidade de conhecer pessoas que estudam esse oráculo, que buscam o aprendizado constante, além de auxiliarem as pessoas que cruzam seus caminhos! Isso me dá uma alegria muito grande! É uma energia incrível! Fico feliz demais, por ver pessoas que buscam ferramentas para o auto-conhecimento. Isso é essencial para nós, humanos/espíritos, que estamos constantemente em evolução! Transcender é o dever de casa!

6 de novembro de 2013

Ventos com ares de mudança...

Os velhos contemplam suas medalhas e honrarias... Os jovens querem mesmo a liberdade de expressão, nem que para isso tenha que combater a estúpida e infâmia, democracia... Mas o velho e o novo estão reunidos, clamando pelas ruas, lutando por uma causa muito bem conhecida. A ordem reprimida, a omissão do progresso, onde esconderam a pátria, amada, idolatrada? Ventos com ares de mudança... E sinto-me na obrigação de dizer: é agora ou nunca. Brado retumbante, avante aos campos das oliveiras, onde em tempos de guerra, ambos os lados obsoleto e altivos da justiça incoerente, desbravam suas espadas dando a vida por um propósito, um propósito que pode ou não, mudar nossas vidas...

  

5 de novembro de 2013

A Ampulheta

...

Ele fez uma reflexão, através de uma singela carta, a respeito de uma ampulheta que havia ganhado de supetão. Não fora muito caro. Via-se simplicidade no objeto, entretanto, algo lhe encantava. Havia magia e mistério em torno daquilo que cabia na palma de sua mão. Só após muito encará-la, pegou o lápis e pôs a escrever para ela:

“Vou lhe confessar que de ontem para hoje, eu e a ampulheta estivemos nos encarando. Ela silenciosa; porém em constante movimento. Eu era instigado e atraído para ela. Pouco a pouco, ela foi me revelando toda a sua graça. Eis o quê me disse: 

- Como a Michele lhe disse, eu sou o Tempo. Agora, como observa com seus próprios olhos, ora o passado pesa mais, ora menos. Assim como também acontece com o futuro. Mas, por favor, meu caro! Não há razão para se preocupar. Veja que a única parte viva, em movimento, em mudança, é o Presente. Veja que o Presente só anda para você que o observa, quando você me ajuda, quando você me vira. Sei que é difícil me colocar em movimento a todo tempo, mas faço isso por seu bem. Não é atoa que tenho apenas um minuto. Quero te mover, quero que me mova; vamos! 

Já estamos nos entendendo. Agora somos amigos, faça valer nossa amizade. 

Como amiga, devo-lhe dizer que tanto o Passado quanto o Futuro são forças que movimentam o Presente. No entanto, preste bem atenção no que eu disse: apenas o presente movimenta, ou seja, acontece, vive, é. Perceba também que o presente, apesar de rápido, permite apenas grãos de cada vez. E que o futuro que vai se formando é feito dos mesmos grãos do presente que se acumulam, ganhando uma nova forma. Se me observas agora, talvez pergunte: “de acordo com a sua forma única, o futuro será sempre o mesmo?”. E assim, vou lhe responder: Eu sou apenas uma das Leis Universais. Eu sou o Tempo, nada mais. Lembre-se que dentro de ti há um presente e, assim como o meu, ele também é divino. Sobre seu espírito, regem todas as leis universais. Usando o meu presente a favor do presente que Deus lhe deu, aos poucos você conhecerá novas Leis, se caso permitir, elas serão suas amigas. Elas te mostrarão que o Ser é ilimitado, por isso, sua forma também é ilimitada. Juntos saberão o que construir com meus grãos.”


Com a carta na mão, seu coração era inundado com as belíssimas palavras de seu amigo. Suas emoções transbordavam naquela noite, fazendo-a rir e chorar simultaneamente, agradecendo intimamente o Universo por tudo o que acontecera na sua vida. Não havia mais razão para se arrepender. Mesmo que tivesse magoado pessoas em seu passado, agido de forma contrária aos seus princípios, isso não importava, não mais, não agora. As dores que se julgavam insuperáveis, tornaram-se mais leves e quase não se sentia mais os seus pesos. Não precisava carregar mais os erros ou se arrepender de escolhas más feitas. Tudo se tornou experiência e fez parte do seu amadurecimento. Ela chorou naquela noite e cada lágrima era transmutada em fragmentos luzentes permitindo que seu Ser se renovasse sempre que necessário, sempre que preciso.



Ps: Muito Obrigada Marco Melo, por compartilhar esse ensinamento comigo! Muito Obrigada, meu caro Amigo!!!

1 de novembro de 2013

(des) Esperança


Não serei contaminada por esse pessimismo árido.
Estou recusando desesperanças,
Não sou voluntária do descaso.
Sua indiferença, entretanto,
É algo que me magoa.
Sinto que entre nós existe
Um enorme espaço...
Diga-me se perdi algo!

Não torne o Amor um desalento...

Estou aqui para ser transformado
Do que você tem medo?

A desesperança é um veneno, que
corrói lentamente os sentimentos...

29 de outubro de 2013

Confissões de um apaixonado...

Ela chegou sem me avisar, de surpresa, na minha vida. Quando a conheci, notei uma diferença das habituais pessoas. Algo nela me encantava. Não era apenas por seu sorriso tímido para o qual era magneticamente atraído, mas pelo seu jeito, suas expressões, pela sua fé. Entretanto, racionalmente, eu sabia que ela era uma pessoa comum, mas meus olhos me forçavam a vê-la como alguém diferente e única, que se destacava entre as multidões.


Estava sentindo algo que há tempos não sentia. Quando foi mesmo que me apaixonei por você? Difícil responder. Nunca fui alguém do tipo sonhador, esperançoso, que se agarra a expectativas inexistentes. Sempre tive os pés no chão, tentando controlar o máximo meus sentimentos para que eles não corressem a solto. Fui ferido inúmeras vezes, o que me fez criar uma resistência involuntária toda vez que ouvisse a palavra amor a ser pronunciada. Mas, como não sentir que algo mudou em mim no instante que a conheci? Você não percebeu que cada palavra sua, cada gesto seu, são capazes de causarem uma verdadeira revolução dentro de mim?

A paixão é como uma droga. Nunca ficaremos plenamente saciados. Mesmo que me seja concedido alguns minutos ao teu lado, há uma sensação eufórica que grita: “quero mais”. Mas ela é tão sábia e madura o suficiente para compreender que certas paixões são como vendavais. Leva-nos ao desespero ou a calmaria. É como um vento forte que passa entre a gente, apenas passa. Você pode até sentir seus cabelos esvoaçarem, mas o vento passa e certas paixões também passam. Ela é consciente e responsável com seus sentimentos e não agirá sem saber onde pisa.


Eu ainda carrego a sombra da impulsividade. O medo e a coragem se entrelaçam, caminhando juntos.  Há um desejo imaturo, uma vontade incerta, de querer experimentar tudo. Mas posso cometer um pecado, de querer idealizar-te ao meu lado...


27 de outubro de 2013

E...?



É difícil... eu sei, meu caro. Nenhuma mudança é fácil e não é do dia pra noite que todos nós se tornaremos santos. Laboriosa tarefa, mas os frutos só se colhem no futuro.

Pense que é aquela faxina geral que você dará na sua casa, limpando os azulejos, lavando o piso, organizando o que é para se organizar e se livrando daquilo que já está velho, para deixar adentrar o novo. A faxina na casa damos em um dia. Mas e a mudança interna? Quantos anos serão necessários para quebrar os laços com paradigmas que nos limita no sofrimento e podam todo o potencial do Ser"?

Não pense no que poderia "ser", pense no que você poderia "fazer" hoje. Se não há aparente soluções, que cada problema durma no embalo da noite. Um outro dia nasce, várias e inúmeras oportunidades surgem. Entretanto, não se tranque. Desarme-se e abra sua mente. Expanda todo seu potencial... Não se prenda ao que não lhe faz bem, deixe ir essa onda de pensamentos e sentimentos negativos...

Tudo tem seu fluxo e tentar controlar o processo natural da vida, te acarretará em atrasos..."

Bolo de Banana com Canela

Nem sempre é fácil criar uma introdução de texto, pelo menos para pessoas perfeccionistas como eu... Sempre temos algo negativo a reclamar de nossos feitos e nunca o que fazemos está realmente bom o bastante para nós mesmos (tanto que este texto foi apagado e rescrito várias vezes...). O problema está exatamente nesse aspecto: cobrar-se perfeição em um planeta de provas e expiações, complicado não?..

A regra é desconstruir.

Todo processo de mudança mexe exatamente com nossas estruturações ideológicas inferindo assim, resistência involuntária do individuo para que a transformação ocorra interiormente. Até porque, nos sentimos desconfortáveis ao ouvir a palavrinha: MUDANÇA. Assim, toda mudança não pode ocorrer superficialmente.

Existem arestas soltas que estão à níveis inconscientes que dizem respeito a algo que colocaram na nossa personalidade e que de tão repetitiva, pensamos que são nossas, mas, não fazem parte do que realmente somos e de toda nossa potencialidade evolutiva. Somos todos ingredientes de um bolo gigantesco, moldado conforme o circular da massa coletiva. Processos criativos individuais são bloqueados e todo pensamento transcendente é oculto, clandestinamente reservado.

Todos os dias, todas as horas, a cada minuto nossa mente é transgredida com excesso de informações inúteis, que só servem para engordar nossa massa cinzenta e não permitir que ela, a MENTE, exerça sua real função: refletir, discernir, racionalizar, meditar, sentir, transcender. Tudo o que consumimos atualmente serve apenas para uma utilização: Entreter e nesse "entreter", desviamos muito nossa atenção do que é realmente ESSENCIAL para nossa evolução como SER.

Não basta TER para SER... Porque SER é totalmente diferente de TER, são totalmente opostos, mas facilmente confundidos.

A ordem é permitir DESCONSTRUIR e apostar nas nossas POTENCIALIDADES. O Universo é tão grande, imensamente grande, INFINITO na linguagem pobre dos homens, e ainda não nos permitimos pensar "infinitamente", por estarmos tão preso ao que não é essencial para nossa alma e por deixar que o material fale mais alto que nossas necessidades espirituais...






"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus"

Lísias

(...)


Ela me entregava uma criança nos braços. Dizia-me para que eu a carregasse enquanto resolvesse os problemas lá fora. Tomei-lhe em meus braços e fui embalada por um sentimento sereno e acolhedor. Naquele círculo de energia entregava-me a tais sensações sutis. Em meus braços carregava alguém totalmente puro, sem conhecimento da maldade humana. Envolvidas em pensamentos de como poderia protegê-lo, seus olhos claros indagaram o meu por um segundo de fração. Levei um susto e a criança sorriu. O que era necessário naquele exato momento e a resposta sussurrou em meus ouvidos: “simplicidade” no sentir, no vivenciar e no descobrir.


Deixe desatar cada nó que foi atado 
Deixe fluir cada onda de pensamento
Examine, mas não teorize muito
Simplifique o que é simples

Permita se descobrir 
Sinta-se livre para Sentir

Deixe nossas peles se encontrar
Que minha mão segure a tua e,
Que juntos possamos caminhar


Que cada momento seja livre 

No sentir
Vivenciar
Descobrir



Ela...




Ela tem muitos segredos. 
Quando olho para ela não consigo delimitar suas fronteiras...
Ela tem muitas faces, mas seu sorriso espontâneo é o mesmo. 
Aparenta ser séria, mas por dentro é uma criança solitária. 
Ela busca por conhecimento, mas ainda é iniciante, 
aprenderá mais tarde a relaxar e se soltará como uma pluma. 
Ela é a Lua, mas brilha timidamente como uma Estrela. 
Ela é sacerdotisa, mas interiormente o Louco a domina. 
Ela é apenas uma formiguinha em uma jornada, 
rumo ao Tudo ou Nada.

Sem respostas...



Ele disse: o Homem é naturalmente tendencioso
a querer racionalizar processos dos quais nem 
sempre haverão respostas plausíveis...



Ignorância ou Inteligência?

Por hora, lá estou eu...

Pretensiosa vontade...

Tentarei não explicar...

Mas, se para toda pergunta existente,
não é certo que há de existir
uma resposta coerente?



É o meu lado humano, mesquinho
tão preso ainda, a matéria viva...

O Viajante mais Idiota do Mundo



- “Um viajante idiota estava numa jornada. Ele era idiota porque as pessoas sempre o passavam pra trás.Enquanto prosseguia, ele ia perdendo tudo o que tinha… Seu dinheiro, suas roupas… Mas como ele era idiota, não percebia as pessoas rindo dele pelas costas… Ele apenas se emocionava e dizia ‘sejam felizes, sejam felizes…’.E quando ele doou todas as suas roupas, ele ficou com muita vergonha. Decidiu então seguir a viagem pela floresta. E então ele encontrou as criaturas da floresta.

Querendo devorá-lo, as criaturas foram astutamente enganando o jovem viajante. O viajante, continuou sendo enganado e perdeu seus braços e suas pernas. Chegou um dia em que só lhe restava a cabeça. E ele deu seus olhos para o último monstro.

Enquanto devorava os olhos do viajante, o monstro disse: ‘Obrigado. Como gratidão, te darei um presente’.Mas isso também era mentira. O presente era um pedaço de papel onde se lia ‘otário’. Mas mesmo assim o viajante agradeceu: ‘Obrigado! Obrigado! Este é o primeiro presente que ganhei em toda a minha vida! Obrigado!’Mesmo não tendo mais olhos, o viajante não parou de chorar de felicidade. E, enfim, o viajante idiota suspirou pela última vez e acabou morrendo”.

E ao terminar a história, Momiji disse:

- “Todos… Todos riram da história. No meio de todo mundo, eu apenas fechei os olhos. Fiquei pensando no viajante. Aquele viajante que, enganado, só ficou com a cabeça e, mesmo assim, chorou de felicidade. E então, eu pensei… ‘Ah! Como ele era bom e adorável…’

Sabe? o prejuízo, os problemas… nada disso importava para o viajante, não era isso o importante. O importante é que, mesmo que achassem isso… Para mim ele não era um trouxa.

Mesmo que fosse fácil enganá-lo, eu nunca faria isso. Eu gostaria de fazer ele ser feliz.

E Você? Você acha também que o viajante era só um trouxa? Fechem os olhos e pensem... O que vocês acham do viajante?.

26 de outubro de 2013

O "Outro"

(...)

– Um sujeito encontra um velho amigo – que vive tentando acertar na vida, sem resultado. “Vou ter que dar uns trocados para ele”, pensa. Acontece que, naquela noite, descobre que seu velho amigo está rico, e veio pagar todas as dívidas que havia contraído no decorrer dos anos. Vão até um bar que costumavam frequentar juntos, e ele paga a bebida de todos. Quando lhe indagam a razão de tanto êxito, responde que até dias atrás estava vivendo o Outro.
 

O que é o Outro? – perguntam.
 

– O Outro é aquele que me ensinaram a ser, mas que não sou eu. O Outro acredita que a obrigação do homem é passar a vida inteira pensando em como juntar dinheiro para não morrer de fome quando ficar velho. Tanto pensa, e tanto faz planos, que só descobre que está vivo quando seus dias na Terra estão quase terminando. Mas aí é tarde demais.
 

– E você, quem é?
 

– Eu sou o que qualquer um de nós é, se escutar seu coração. Uma pessoa que se deslumbra diante do mistério da vida, que está aberta aos milagres, que sente alegria e entusiasmo pelo que faz. Só que o Outro, com medo de decepcionar-se, não me deixava agir.
 

Mas existe sofrimento – dizem as pessoas no bar.
 

Existem derrotas. Mas ninguém escapa delas. Por isso, é melhor perder alguns combates na luta por seus sonhos que ser derrotado sem sequer saber por que você está lutando.
 

– Só isto? – perguntam as pessoas no bar.
 

– Sim. Quando descobri isto, acordei decidido a ser o que realmente sempre desejei. O Outro ficou ali, no meu quarto, me olhando, mas não o deixei mais entrar – embora tenha procurado me assustar algumas vezes, me alertando para os riscos de não pensar no futuro.
 

“A partir do momento em que expulsei o Outro da minha vida, a energia Divina operou seus milagres.”

Trecho extraído do Livro: Nas margens do rio piedra eu sentei e chorei - Paulo Coelho

Sobre o Amor...

"... Vi a Outra sentada no canto do quarto - frágil, cansada e desiludida. Controlando e escravizando aquilo que devia estar sempre em liberdade: seus sentimentos. Tentando julgar o amor futuro pelo sofrimento passado.  

O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida - sempre estaremos diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar. É preciso aceitá-lo, porque ele é o alimento de nossa existência. Se nos recusamos, morreremos de fome vendo os galhos da árvore da vida carregados, sem coragem de estender a mão e colher os frutos. É preciso buscar o amor onde estiver, mesmo que isto signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza.

Porque, no momento em que partirmos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro.
E nos salva."

Trecho extraído do livro: Nas margens do rio piedra eu sentei e chorei, de Paulo Coelho


24 de outubro de 2013

Quem é você?


Percebi algo. Preciso discriminadamente do seu sorriso. Esse mesmo. Esse que dispensa desculpas. É como um imã e sou imediatamente atraída. Talvez sejam as conjunções estelares. Tua lua fazendo conjunção com meu ascendente. Minha Vênus em trígono com o teu ascendente... Mas eu não me canso de desejar teu sorriso.  Há uma droga incutida nele e não percebi quando fui anestesiada pelos seus gestos e a forma como me olha. Eu tenho ciúmes, confesso. Isso mesmo. C-I-Ú-M-E-S.

É como se eu desejasse ser a “única” aos teus olhos. Egoísmo, claro e evidente. Eu não sei o que estou sentindo. Não quero encontrar alguma palavra que empregue perfeitamente meus sentimentos. Não quero. Recuso tabelas e nomenclaturas. Eu não sei o que estou sentindo, mas sinto. Não sei se é amor, se é carinho, desejo de proteção ou uma afeição profunda. Tenho medo da sua reação quando este sentimento realmente florescer. Tenho medo que comece a rir e acredite que seja uma verdadeira piada. Tudo bem. Se você achar pelo menos engraçado, será uma forma de fazer você sorrir.

Já disse. Eu adoro seu sorriso. Tá ai, uma relação de dependente e daquilo que causou a dependência. 

É crime, entretanto, sentir saudades? Saudades de um tempo distante, que pulsa lá no nosso intimo desejando ardentemente recuperar os séculos que se passaram desde a última vez que estivemos juntos... Mas não me lembro. Eu sei que algo aconteceu, mas não me lembro de forma nítida. O que fala por mim são as sutis impressões. Não sei ainda por que sou tão afetada por ti, tanto negativamente quanto positivamente. 

Quem é você? Cuja ausência se faz presença, que não está em nenhum lugar, mas que toma conta de todos meus pensamentos. Quem é você?.. Que me faz diariamente estar preocupada em como você está se sentindo... Quem é você? Que tem tanto efeito sob mim. Não deveria me deixar influenciar pelo que você diz, mas é importante e eu sou sensível o bastante em tudo aquilo que me diz...

Quem é você?...


E ainda continuo sem saber...






21 de outubro de 2013

(...)



Eu estou bem, sério. Na verdade estou lutando para ficar bem. O caminho da dor nem sempre é fácil e tudo que vem fácil não damos o devido valor. Essa via nos faz confrontar diretamente com nossas ilusões, dissolvendo assim, nosso “ego”. Caminhei muito por essa via. Já fui o acusador e a vítima. Nesse processo de “transformação” temos que abrir mão de algo que julgamos importante, mas não tem como passar pela Torre sem sair ileso dela. Mas não se apegue ao sofrimento e nem a felicidade, ambos são transitórios. Deixe que os sentimentos venham. Sinta-os e se possível, expresse-os, mas não se apegue. Todo relacionamento é um aprendizado. Em qualquer relacionamento encaramos a verdade de nós mesmos. Maturidade não é não cometer erros, mas ser cônscio e assumir responsabilidade por eles. Direcionar o “erro” de maneira construtiva sem esbarrar na linha da autocomiseração é uma batalha terrível, mas nos traz um progresso imenso nos campos das nossas relações interpessoais! Não justifique seus atos. Fez por que fez. Fez o que julgou ser importante no momento. Fez por que era a única coisa a ser feita. 

Errar é humano e aceitar a imperfeição humana é ser espirituoso!  

Ninguém nasceu sabendo, estamos todos aprendendo a arte do conviver e a arte de se relacionar verdadeiramente com os outros e com nós mesmos...

17 de outubro de 2013

Amar ≠ Relacionar [2 de Copas]



Meses atrás, tive um curso de introdução aos arcanos menores em Belo Horizonte ministrado pelo grande tarólogo Nei Naiff. O curso foi além do que eu esperava, me trazendo uma bagagem inteira de conhecimento nesse mundo tão vasto que é o Tarô. A palestra me elucidou bastante a respeito dos 56 arcanos menores e teve alguns arcanos em especial que me chamaram bastante atenção, entre eles o Dois de Copas e é sobre esse arcano que irei tratar em especial nesse post.


Na maioria das retratações dos mais diversos tarôs existentes no mercado, sempre vemos um casal, aparentemente apaixonados, brindando com taças ou fazendo algum gesto simbólico de união. No baralho de Rider Waite, a mensagem que o Dois de Copas deseja passar é mais visível: namoro, afeições verdadeiras e concórdia profunda. O arcano sugere uma associação e harmonia em todos os níveis. Há uma reciprocidade entre os envolvidos. Tudo são flores para quem está vivenciando esse arcano, afinal, o Naipe de Copas é o mundo dos nossos sentimentos e sonhos, e já dizia um ditado antigo: coração do outro é terra que ninguém pisa. 

Diante esse arcano, descobrimos que Amar é diferente de se Relacionar. Jamais saberemos até que ponto o outro nos ama. O amor é algo indivisível. Você pode estar sozinho e desejar estar com outra pessoa. O amor é avaliado pelo comportamento do outro. Dizer “eu te amo”, pode se tornar algo vazio se não for acompanhado de atos e nenhuma relação se sustenta apenas com palavras. Você nunca terá a plena certeza do que se passa no coração do próximo.  

Conversando hoje com um amigo, pude perceber que muitos de nós carregamos dentro de si idealizações a respeito do tema. Projetamos o que acreditamos no próximo, mas nem sempre a realidade e o ideal combinam, causando assim frustrações para ambos os parceiros. O que parecia ser construtivo torna-se algo estagnado, bloqueando nossas energias.

Essa felicidade anunciada pelo Dois de Copas não pode ser totalmente compartilhada. 
O sentimento sempre será seu e todo sentimento é relativo e pessoal.
Amar é diferente de se relacionar.  



"...Come on in
I've gotta tell you what a state I'm in
I've gotta tell you in my loudest tones
I started looking for a warning sign"