Não se engane...
"O inferno está cheio de boas intenções".
Nunca uma frase de jargão popular fez tanto sentido neste período da minha vida. Nunca. Dificilmente, nas atuais circunstâncias, podemos depositar nossa confiança em alguém... O tempo todo estamos sujeitos a sermos ludibriados por causa de nossa ingenuidade frente a maldade alheia e se não levantarmos barreiras para nos protegermos, o mundo lá fora devorará nossos sonhos e os regurgitará em forma de pesadelos.
A honestidade nunca foi uma virtude nata de nosso povo (brasileiro) que traz um carma pesado em temáticas de corrupção e roubo. A honestidade e outros valores morais também nunca foram valorizados e reconhecidos pela nação. Pelo contrário. O famoso "jeitinho brasileiro" é o que mais caracteriza o retrato do nosso país. Por estas terras valoriza-se a promiscuidade dos sentidos, a ignorância, o lixo cultural e verborreias artísticas, mídias mentirosas e desonestidades de maior ou menor nível. O carma é bastante antigo e se enraíza nas promessas de mudanças que nunca foram tentadas ou vividas; sobrevivendo apenas no imaginário coletivo que poderia se fazer algo para mudar, mas que não o faz por mero comodismo. O inferno, realmente, está cheio de boas intenções. Por isso, não se engane.
O trabalho para lapidar seu interior é árduo. Ninguém conquista o ouro da alma sem ao menos trabalhar na sua pedra: bruta e ignorante. Ninguém se torna mais consciente de si se não estuda a própria alma, não domina suas paixões e nem controla seus pensamentos. Ninguém conquista a riqueza da noite para o dia sem trabalhar, sem poupar, sem preservar, sem merecer. Ninguém conquista sonhos sem ter sonhos que o motivem a dar o primeiro passo rumo a jornada do "Louco".
O carma existe. E todos, encarnados neste país, chamado Brasil, tem urgência a atender os pedidos da alma que clama por mudanças mais efetivas em seu cerne espiritual. Todos, sem exceção, estão convidados a lapidar sua pedra interior até que ela se torne um diamante indestrutível que faça valer o peso do seu caminhar sob a terra.
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