Cure-se [Reflexões sobre as relações]



Tenho refletido bastante e tirado algumas conclusões. É necessário se curar antes de se envolver. Não estou dizendo que basta ficar sozinho para se curar, porque excesso de solidão também pode ser doentio e nem que tem que estar 100% perfeito para querer alguém. Não se trata disso. Para envolver-se novamente com alguém você precisa desintoxicar a mente para realmente perceber os males desta geração atual que estão dentro de relacionamentos como se estivessem "drogados" e "drogados" se relacionam mais com as sensações do que o outro em si. 

Estamos com a mente tão viciada e as emoções tão deturpadas que somos atraídos imediatamente por estímulos fortes que o outro pode provocar em nós. Queremos mais e mais a ponto de nos tornamos insaciáveis. Isso poderia explicar porque a Paixão para alguns psicólogos está relacionada a patologia. A palavra também é derivada do latim "Passus" que significa: "sofrer". Quando estamos apaixonados, mergulhamos de cabeça na relação, não é mesmo? Os sintomas de um apaixonado são bem semelhantes à quem está tendo suas experiências com drogas. Sensações de euforia, poder, misturadas com a dependência física e emocional do objeto alvo da paixão.

É notável que maioria dos jovens estão doentes e com alta ignorância de si e do outro. Um "fast food sexual". Relacionam-se como se estivessem interpretando uma novela. Por isso, muita gente sabe lançar frases de efeitos e aparentes sinais de positividade. Psicanalistas não estão errados ao afirmar que estamos na Era do Gozo e num tom mais moralista: "Na cultura da gratificação".

Cure-se dos ferimentos emocionais que ainda sangram. Deia atenção as suas necessidades emocionais e use filtros para evitar relacionamentos que aumentam o tamanho destas feridas. Certas coisas são necessárias como conversas sérias que não sejam conversas que baseiam-se em emocionar e seduzir a pessoa, mas mostrar sua autenticidade; ser honesto consigo mesmo em relação ao que esperar do outro e perceber o que o outro quer, não apenas acreditar no que se quer acreditar. Quem sabe assim, relações mais autênticas surjam em que o outro possa ser valorizado por ser humano e não um objeto.

Contribuição para o texto: Nathan Rodrigues Ramos

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