Urgência para desamar...




Há uma urgência em nosso meio para amar e se sentir amado. O Amor, entretanto, não cobra pressa e nem atropela a paciência. O desespero interno que pode ser observado nos indivíduos como em mim mesma, me faz pensar que essa "urgência" não está preocupada com o Amor em si. 

Há uma urgência em nosso meio para aprender a desamar. 

Quem urge, esquece de avaliar os passos. Se afunda no buraco vazio e solitário de desejos reprimidos, que são negligenciados quando se busca saciá-los de forma frívola, seca e sem vida. 

O vento traz uma lembrança triste. O olhar daquele jovem e suas expressões direcionadas a um novo e possível "amor", não o faz esquecer o antigo. Voltamos ao passado, mas descobrimos que sentimos mais falta daquilo que não foi vivenciado. A saudade permanece emoldurada nos quadros de realidades idealizadas. Sentimos falta, não da pessoa em si, mas da importância que poderíamos ter tido em sua vida. Um desejo inconsciente de querer ser idolatrado em um pedestal melindrado... 

Unir o coração vazio à outros vazios, não camufla a nossa urgência! Não estamos preocupados em cultivar o Amor, pois este requer tempo, aceitação, coragem, paciência e cuidado. Não reagimos a força desse sentimento, mas ao estímulo físico e meramente sensual.  

 A falta de um ser amado, não deveria significar a ausência de Amor.

O Amor só se torna ausente quando se procura fora de si e é alimentado pelas reações externas, colocando nos ombros do outro a responsabilidade pela nossa própria felicidade!

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