28 de julho de 2015

Olás!

Iniciando a jornada no blog da Haruka e muito agradecida pelo convite!

Momentos. A vida é feita só disso, momentos efêmeros e o tempo certo. Obstáculos aparecem mas se com paciência sentimos quando devemos dar o primeiro passo, tudo flui.

A poesia integra minha alma. Não consigo ser uma separada. Deixo aqui um pedaço de mim pra vocês.

Vida e morte. Dor e amor. Sentimento e razão. São somente dois lados da mesma unidade.
Lembrem-se sempre que os bons momentos passam, mas os ruins também, o ciclo da vida não merece o apego a um sentimento passado, deixe fluir, deixe o vento levar. Solte o balão

=**
beijos no coração





EFEMERIDADE DA VIDA

O sol me ilumina
Mas meu caminho
não é claro
Seguir os pássaros
eu tenho
e a beleza da flor de lótus

O que aprendi
é que tudo passa
E nada é tudo

O vermelho e o roxo...
não sei por que me atraem
Voar e sonhar...
é um mistério

Deixo aqui apenas escrito
que sigam seus caminhos
com toda vontade no espírito

Eu escolhi o caminho do amor
E por ele vou me encontrando
O que é amor
eu não tenho dúvidas...
Mas se dúvida tem,
continue andando.

As minhas interrogações estão em falta
Sigo na terceira margem do rio
          ...

E o resto é reticências

                

Itsumo nando demo

27 de julho de 2015

Ficar




Quero que você fique e se decidir permanecer, verá que tudo está diferente. Quando escolhemos ficar, estamos abrindo mão de partir. Escolhemos a segurança do abraço, optamos pela construção de um sonho e damos mãos ao companheirismo.   

Decidimos permanecer, lado a lado, porque descobrimos que a vida não tem sentido sem nossos sorrisos, sem nossas aventuras, sem nossas discussões, sem nossos amassos. Existe uma urgência em nossos anseios. Dispensamos a despedida de nosso vocabulário, pois viver o  Amor tornou-se uma prioridade para ambos. Damos Vida a essa história que nem mesmo a razão encontra explicações lógicas para explicar o que existe entre nós dois.

Talvez, esse mistério não precisa ser decifrado, mas vivenciado. Talvez, não precisemos ouvir inúmeros "eu te amo" para provar que o existe pulsando dentro de nós, é unicamente Amor. 

Deixo que meu corpo fale o que você já sabe. 
Deixo que nossos olhares se encontrem toda vez que esquecermos as palavras. 
Deixo que meus sentidos sintam toda a troca de energia que acontece quando estamos juntos. 

Pouco a pouco, estamos nos entendendo. Estamos ficando. Estamos trocando todo um mundo de certezas, por uma trilha de incertezas que o Amor nos convida a passear. Ao ficar, corremos o risco das dúvidas... Mas estamos decidindo, estamos nos entendendo. Estamos aprendendo a confiar na Vida, em Deus, em Nós mesmos. 

Desta vez, decido ficar e quero que você me acompanhe. 
Estamos apenas, começando. 

Das pessoas

Havia, em um mundo, três pessoas. A primeira delas resolveu que deveria se comunicar de forma íntima com a segunda, e resolveu lhe escrever um texto. No entanto, tímida como a primeira pessoa era, preferiu escrever o texto disfarçado, como se fosse para a terceira pessoa, e sorriu com a possibilidade dessa ideia.

 Ao ler o documento, a segunda pessoa ficou um tanto confusa até perceber que o texto se dirigia, na verdade, à ela. Passada a confusão, ela sorriu, percebendo que tinha partilhado de uma forma muito particular de comunicação: havia decifrado completamente a ideia da primeira pessoa, que lhe escrevia, e por fim percebeu que o mesmo sorriso que enfeitava o rosto da primeira pessoa ao escrever o texto, enfeitava agora o seu rosto, ao terminar de lê-lo. Cumpria-se, então,
o objetivo do texto.


Olá pessoas, boa noite. Sou um dos privilegiados convidados pela Michele Nakashima a postar nesse blog, e tentarei manter um grau minimamente aceitável de constância nas minhas postagens, que se dividirão em dois tópicos principais: as sentimentais e as de reflexão. As sentimentais serão postadas mais tarde, e serão sobre o que sinto no dia a dia e como lido com isso, talvez de uma maneira poética, não sei. As de reflexão, como essa, terão o objetivo de confundi-los e, logo depois, dar uma resposta para suas perguntas. Ou não. Enfim... tirá-los de suas zonas de conforto usual. Espero que não tenham ficado muito desconcertados com o texto. Abraços.

23 de julho de 2015

Nunca quis escrever um Grande Poema

     Nunca quis escrever um grande poema. Nunca quis mesmo. Longe de mim esta pretensão.
Por quê ao invés de escrever, não deixamos apenas o coração fluir em palavras. Derramar mesmo nossa alma. Para que complicar, se sabemos exatamente aquilo que a nossa alma canta, o caminho que nos encanta e os sonhos que nos leva a realizar? Por isso, desde de muito tempo em pazes feitas definitivamente com a simplicidade, nunca carreguei comigo a pretensão de grandes poemas.

     Para quê organizar excursões para darmos voltas em círculos diante do queremos que seja verdadeiro? Para quê queremos ficar do alto da Montanha contemplando o Jardim do Amor se ao invés de escalar, bastava uma simples e direta caminhada? Se o amor nos é coisa tão urgente e tão cara, por que caprichos de amores difíceis e impossíveis? Por que ninguém quer amar fácil e ser fácil de amar? Que virtude é essa que torna o Amor coisa necessária em peça rara de difícil aquisição? Quem é que torna uma doce mensagem e uma feliz prática em papiros pertencentes as estrelas mais distantes? Virtudes são consequências de Amar e não pré-requisito. Por isso, nunca tive vaidades a se fingirem de necessidades para me escravizar a falsa vontade de grandes poemas. Graças a Divindade. Este problema não me pertence.

Grandes Amores, Grandes Amares são mais importantes do que grandes poemas.
Grandes Amizades são mais importantes que grandes poemas.
Eu continuo desviando do caminho que me leva a senda dos grandes poemas e me aparta dos grandes horizontes das grandes coisas da vida.
Grandes Obras e Grandes Memórias, valem mais.
Conhecer Grandes Pessoas, valem mais e valorizam mais.
A Vida e o Ser se beneficiam destas Grandes Maravilhas.
Muito mais do que um Grande Poema.

Mas se não podes abster-se de Poesia.
Colha cada dia.
A Cada dia sua mensagem, sua Poesia e uma nova forma de amar.

Toma nota de cada pensamento quando fostes ver o Céu Estrelado
Tu sabes que cada Estrela é conhecida por nome pela Divindade
Ore a Divindade para que te apresente a cada uma delas tais irmãs
Saiba que os pensamentos que te visitam são mensagens enviadas
Ora, desperta teu coração e responda também com a estrela que há em ti
E lembras de fazer isso nas manhãs ao Sol teu irmão e teu parceiro fiel
Lembre-se que não serás esquecido de tua irmã Lua a enviar ondas de Amor em todo momento
Sem esquecer que no dia suas irmãs continuam lá
É só perceber e lembrar
Mas isso você irá fazer, por que digo isso?
Quem é que se esquece da família?
Quem está em família não esquece de ninguém
Ah! Amizades minhas! Como vocês vêm fácil em meu coração esta noite!
Não sei se a ternura com que vos acolherei vem de vós ou vem de mim
Me entrego a esta indagação até poder abandonar este mistério em seus braços

Venham aqui Almas incomparáveis! Venham cá e nada de grandes poemas.
Um verso de cada vez, uma melodia após outra
Que a poesia não precisa de monumentos
Para acompanhar o Dia e Abençoar as Noites
Tais vocês a abençoarem os movimentos do Tempo comigo
Com um verso de cada vez, um sorriso de cada vez

E com um pequeno poema de cada um e de cada presente da Vida
Vamos formar juntos a mais grandiosa Poesia
O que encontramos para continuarmos a nos encontrar


21 de julho de 2015

O Fluxo do Rio

Não gosto de pensar que cada um de nós já possui um destino previamente escrito, e tampouco acredito que apenas nós ditamos o nosso caminho e que nada rege sobre nós… Acredito sim que ambos os casos estejam interligados, como se a vida nos convidasse para fazermos escolhas em cada situação e conversa-se com nossa energia pessoal.

Em vida, existem acontecimentos que não podemos prever e pelo qual passaremos, e diante destes, podemos ter uma reação construtiva ou destrutiva, mas é importante entender que tais fatos não acontecem por mero acaso ou coincidência, mas por providência! Ao mesmo passo que por vezes nada está programado pra nós, e somos quem fazemos nossas próprias escolhas, de acordo com nossos anseios e vibrações... Aqueles responsáveis por nossas próprias ações, e por aquilo que consequentemente emitimos para o Universo.


Se fosse para realizar uma analogia, o trilhar de nossa vida pode ser representado por um rio e sua correnteza. Certas coisas acontecem, e não podemos controlar, faz parte das peculiaridades do rio da vida e são colocados para nós por uma razão maior, porem, a partir destes acontecimentos, são nas escolhas que fazemos que ditamos nossa direção, são nas bifurcações que encontramos e caminhos pelo qual optamos por escolher que mostram a nossa vontade divina, o degrau de transformação íntima que nos encontramos e para onde queremos ir;

Podemos deixar que a correnteza nos controle, ou podemos utiliza-la a nosso favor, sucumbir nas primeiras pedras, ou aprender com elas e nos tornarmos mais experientes e serenos, respeitando o fluxo do rio e tudo pelo que passamos e que iremos passar, e a partir dai, aprendendo, adaptando, melhorando e nos esforçando, trilhar um caminho melhor!

20 de julho de 2015

a maria




Era de uma secura danada: os braços dependurados, as mãos grossas e os dedos duros e turvos. O sol lhe concedeu uma segunda pele, rachada, mas que escondia a que era dela de nascença. A falta de água acrescentava um tom grave, gravíssimo; e já era cor de pele.
O lugar onde moravam era no quinto do infernos, o calor também. Não tinha luz, nunca teve...
maria nasceu e com ela um que de quem tem, mas não sabe o quê, que sente, mas tudo é dor de cabeça ou de barriga. Era filha do nada: a mãe morreu tão logo nascera. Mal nasceu e fizera a sua primeira morte. Sua sombra. Era culpada por natureza.
Amaria se pudesse, se tivessem lhe mostrado o que de fato era fome. Mata o bicho e come, o marido dizia. Um palhaço, o mió homi do sertão. Trabalhava noite e dia, menos em noite de São João. Que coisa mais desgraçada e sagrada! A boca de maria sempre seca, seca... faltava-lhe água - tudo. Para ele, a boca dela era um corte na cara, não lhe servia de nada. O peso da sua palma era a única coisa que ela tinha dele, mais nada de nada. O marido sabia olhando aquela cara: ela era culpada. Não se sabia de quê, mas era.
maria ficava em casa nessa época, os fió por um fio. Barriga, só se fosse d'água. Que doença! Que ironia! Logo se partiram, não restou nenhuma ligação. E nunca a fizeram. Foram carregados pelo vento. Ficou só.
Fez-se luz; era pouca, no entanto, havia chegado. Dava para trocar o ferro por um de plástico (que agora ligava na tomada), dava para se sentar e ver televisão sem cores. Dava pra distrair o homi, principalmente.
Dava para brincar de deus e fazer da noite, dia. Foi aí que ela viu numa tarde, a tevê tagarelando: ...que venham todos as cumadi ociosas pra escola que se instaura finalmente". Era a primeira proposta que lhe fizeram na vida, pareceu de mau feitio não aceitar. Primeiro, o homi não deixou. Se não fosse, a culpa seria dele. Mas a culpa é sempre minha! E com um pedido de culpa, se foi. O marido só tinha mão, ela sabia, não iria entender. E não importava, já não doía. Até porque, a segunda pele a protegia.





A primeira água brotou ali, naquela sala de poucas cadeiras e muita gente, quando a professora resolveu desenhar na louça algo novo: o coração humano. E o que maria teve não se explica a gente que sabe de tudo, tudo, tudo.
Aquela água era dela, brotava do fundo, adormecida, salgada como o mar. O seu coração vulcânico despertava, a impulsionava, pulsava. O que ela mal sabia de coração não passava daquele desenho simetricamente perfeito, redondo e cheio, que saltava das telas. Do quadro negro era outro, verídico: torto, envergado, maltratado, apertado, do tamanho de suas pequenas mãos. É meu cumadi, é meu!, ela tentou dizer. No entanto, ela só o ouvia mais alto; ele pulsava, pulsava, era o fim... Bateu, bateu, bateu, até se abrir.





A culpa era dele, não mais dela. Meu coração humano. O coração humano. O marido sentado defronte ao seu espetáculo, a roupa cheia de tinta, pintado da cabeça aos pés, o nariz vermelho de tanto espirrar. Em uma construção, mal ele sabia o que fazia, o que era. E achava que era pedreiro. Ele olhava as próprias mãos e se sentia ridículo, construíra o que mesmo? Deixadas sem função, ele as usava em mim. Pobre de mim. Pobre de nós. 





Quis passar - não as roupas ou os poucos canais da televisão -, passar a limpo, o que fora por tanto tempo sujo de terra, da poeira que subia e escondia o que era mesmo o sol. Não era só calor: era luz. Faltava-lhe água... água que agora brotava dos seus próprios olhos. Ela era sua, de si mesma. As mãos, suas únicas companheiras, pois não tinha espelho e nem mais filhos. Agora as olhava, chorando, e então as botavam de encontro aos olhos. Quem a estivesse vendo, acharia que estava com vergonha. Só ela sabia. Ela as usava como quem descobre que se pode (e deve) usar o que é seu para si.
Aprendia, desprendia... Ah maria, ah maria, que é que se tem? Ao mar ia, ao mar ia... O sol não mais esquentava, aquecia; e o sólido, derretia. Ao mar ia, ao mar ia, e foi... A água caía, abundante, transbordando. Caía de cima, essa água que despencava, rasgava, refletia, ressonava. maria escorria junto e desmanchava-se. Arrancava com mãos suas a roupa intocada, roupa suja, corpo limpo. Tocava-se ali, aqui, as madeixas, a face, e as águas rolavam. Nada se retinha.
Fez-se silêncio de repente. As últimas gotas escorrendo pelo ralo pareciam encerrar uma melodia, gota por gota. Já não tinha mais água na caixa praquele dia e ainda nem era noite. Nem enxugou, vestiu-se molhada, as mechas pregadas nas costas, na testa, na roupa, no chão: Maria, Maria.
Maria, Maria.     
Passou por ele, direta, direita, até a porta e voou como uma águia que sai do ninho. Não era culpa - nem do seu coração mais. Era a vida que exigia. Ela sabia que deveria ser pássaro dali pra fora, só assim o homi poderia ser... Não há culpado com gaiola vazia.
Parou tão logo fingiu sair ao ar. O peso do corpo era maior do que ela aguentava; todas as coisas dentro de si, não suportava. Inflou quando o viu para se desprender, agora pousava onde precisava e onde bem quisesse ser.
E foi... Focada em nada, um calor escaldante, todo o seu esforço sumia num suspiro preciso, necessário. As mãos, limpas. Uma de cada lado, entrelaçaram-se enfim.  


14 de julho de 2015

Tarô - Uma expansão da Mente, Coração e Alma! [parte 2]



Começar uma matéria a respeito do Tarô, não é algo tão simples. Infelizmente, o Tarô é ainda conhecido pela maioria das pessoas como uma arte para antever o futuro, descartando todas as possibilidades existentes nessa ferramenta evolucional. Para explicar o Tarô, não se pode simplesmente recorrer ao pensamento cartesiano, mas, sim, semiótico, metafísico ou até mesmo transcendental. Desde os primeiros registros encontrados a respeito deste oráculo, muitas coisas vêm sido estudadas e atualmente, há várias pesquisas que relacionam o Tarô à mitologia, à psicologia e à astrologia entre tantas possibilidades de anteparo cultural. Não é necessário acreditar no tarô – ele existe. 

Ninguém sabe determinar ao certo o surgimento desse oráculo e sua origem permanece oculta. Diversas civilizações como a egípcia, chinesa, indiana ou hebraica, são indicadas como as que teriam concebido o tarô como um legado divino. Há quem diga que sua invenção surgiu na Europa Medieval com o intuito de divertir a corte real, e outros, o conceituam como uma nova arte de expressão. Teorias e crenças à parte, ninguém sabe determinar a origem ou o porquê de sua invenção. Os documentos mais antigos e referências a respeito desse jogo datam do final do século XIV. Não há nenhum registro seja através de pintura, literatura ou qualquer coisa que se assemelhe o tarô ou jogos de cartas, anterior à época da Renascença (1400 – 1600). As primeiras cartas que se tem notícia, produzidas por volta de 1440 (Tarô Visconti-Sforza) não continham o nome ou a numeração e representava somente o conteúdo simbólico. A formação definitiva das 78 cartas de Marselha que conhecemos, veio por volta de 1690 na Europa. Esse oráculo chegou ao Brasil e aos demais países da América do Sul entre 1945 e 1980.

Quem se propõe estudar o tarô descobre que esta ferramenta não é utilizada apenas de forma oracular: jogos, adivinhações, orientações. O estudo está intrinsecamente ligado ao despertar da consciência que busca entender a complexidade da vida humana e espiritual. Todo estudo de ciências ocultas e esotérico, geralmente, leva ao autoconhecimento. A iniciação do autoconhecimento através dos caminhos esotéricos não postula fórmulas feitas, fanáticas ou profanas e nem determina destinos. Quem busca conhecimentos transcendentes, parte da premissa que tudo aquilo que se apresenta diante de seus olhos está ali para auxiliá-lo no exercício do próprio discurso existencial. O incentivo inerente a tais artes, direciona cada indivíduo na procura do “saber” para atender as necessidades espirituais no mundo atual, além de ajudar cada Ser a compreender determinados padrões comportamentais e romper com dogmas pré-estabelecidos. O Tarô pode ser usado como uma ferramenta para orientação pessoal (jogos, oráculo) ou para o autoconhecimento (estudo, meditação, filosofia). 


O tarô é constituído por 78 cartas, com estruturas distintas, classificado em dois conjuntos: 22 cartas constituem os Arcanos Maiores e 56 cartas fazem parte dos Arcanos Menores. A metodologia de estudo entre os dois é diferente e sua construção está baseada no princípio do Macro e Microcosmo. A palavra “Arcano” significa mistério ou segredo. Os 78 arcanos obedecem a uma sequência simbólica expressando todo o universo humano. Cada carta possui um atributo específico que significa sua força principal. A iniciação do neófito nas trilhas do conhecer de si mesmo tem uma profunda semelhança com a jornada arquetípica do Herói e esta analogia é evidenciada no percurso que somos convidados a trilhar entre as 22 cartas dos Arcanos Maiores do Tarô. 

A cadeia simbólica dos Arcanos Maiores deve ser observada de forma circular ou como uma espiral contínua. O Arcano sem número, O Louco, é o elo entre a carta 21, O Mundo, e a carta de número 1, O Mago, como se terminasse uma fase para iniciar-se outra. Os arcanos principais se reportam ao mundo subjetivo, aos poderes da criação humana ou não, diretos ou árbitros, que a consciência ou o destino evidenciam. 

A estrutura de estudos de Nei Naiff (tarólogo brasileiro) divide os 22 arcanos em seis grupos: O Caminho da Vontade, O Caminho do Livre Arbítrio, O Caminho do Prazer, O Caminho da Dor, O Caminho da Esperança e O Caminho da Evolução. 

O Caminho da Vontade, os arcanos 1, 2, 3,4 e 5 terão sempre a mesma tônica, ou seja, a de criar a própria vida, valores, realizações, porém, cada um terá uma forma diferente de expressar a sua vontade. Nesse grupo, todos os arcanos acenam o livre-arbítrio, o desejo e as escolhas pessoais para sermos felizes. Não há envolvimento do carma ou destino, mas somente o desejo pessoal voltado à aquisição, relação, crescimento ou manipulação. Todos os arcanos do Caminho da Vontade mostram inúmeras possibilidades, mas nenhuma garantia de efetivação imediata, pois sempre haverá uma questão de temporalidade e a dependência de terceiros para a realização final. 

O Caminho da Vontade irá se manifestar no Caminho do Livre Arbítrio ou o Arcano número 6. Aqui estamos decidindo qual é a melhor forma para continuar os objetivos ou quando realizar a vontade. A partir de nossas escolhas, os resultados poderão ser positivos ou negativos, fazendo com que surjam três opções: Se eu acertar, adentrarei no Caminho do Prazer; se eu errar, serei obrigado a transitar pelo Caminho da Dor e se eu tiver experiência, optarei pelo Caminho da Evolução.

O Caminho do Prazer é representado pelos arcanos 7, 8, 9, 10 e 11, mostrando que todas as escolhas do arcano 6, foram direcionadas e serão realizadas na temporalidade presente, imediatamente. Os possíveis percalços são conhecidos e transpostos, pois nada impedirá a conclusão e as possíveis mudanças serão contornadas. Contudo, sabemos que toda realização necessita da manutenção e da responsabilidade social para ser mantida.

O Caminho da Dor manifesta-se através dos arcanos 12, 13, 14, 15 e 16. O sofrimento existe porque a vontade não é alimentada, o amor não é nutrido e o sonho não é realizado. Nesse caminho, vivenciamos o ápice de nossas ilusões, quedas, erros e perdas. Esses arcanos mostram que terceiros estão se opondo ao nosso desejo. O que pode significar: o próprio destino, o carma ou a vontade diferente dos outros. Esse caminho é acessado através do resultado do Caminho do Prazer, quando se tenta manter tudo sob a mesma visão pessoal, sem desejar acompanhar as responsabilidades ou respeitar o próximo, perdendo o controle da realidade. E no resultado do Caminho do Livre Arbítrio, mostrando que a escolha foi errada e que a vontade não se realizará a contento. 

O Caminho da Esperança é vivenciado através da Estrela, o arcano 17. Nesta via, descobrimos que toda dor ou sofrimento desaguam no oceano infinito da experiência. Podemos errar inúmeras vezes, mas temos que ter em mente que o orgulho não deve prevalecer sobre o erro, e um erro não compensa o outro. E "errar" faz parte, afinal, somos humanos! Saberemos retornar, perdoar e seguir o verdadeiro caminho para nossa evolução espiritual! Tudo passa tudo se renova, tudo acontece! 

E o último estágio de nosso aprendizado através dos arcanos maiores se tem ao percorrer o Caminho da Evolução, pelos arcanos 18, 19, 20, 21 e o Louco. Nesse caminho, é descoberto que tudo faz parte da vida humana, mostrando a necessidade de se aprender com as experiências e vivenciar os percalços, pois eles fazem parte da caminhada. Assim, a cada novo trabalho, nova relação afetiva, novos amigos, novos bens, estamos mais compreensivos, condescendentes, espiritualizados. A dor foi transformada em conhecimento e toda sabedoria em transcendência. A Vida é um Eterno Aprendizado. 

No breve desbravar pelos 22 Arcanos Maiores há muito mais para ser revelado, estudado, compreendido e transcendido. Quem se interessar em conhecer mais a respeito dessa magnífica Arte, procure as obras literárias de Nei Naiff, pois ele explica o tarô de forma didática, simples, compreensível e entendível para qualquer ser humano que busque o autoconhecimento através do Tarô. 

O Homem é filho dos seus desejos e ações. É o que é; é o que quer ser; é a realização do seu ideal. Se o seu desejo não tem base, todas as vontades e ações de sua imortalidade se desmoronam no abismo de nunca ter sido.
Jackson Saboya


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

* Iniciação ao Esoterismo – Jackson Saboya 
* Curso Completo de Tarô – Nei Naiff 
* Tarô, Simbologia e Ocultismo – Nei Naiff 

Gita e os 22 arcanos do Tarô



Dias atrás, pude participar de uma maravilhosa palestra sobre "O Misticismo na Música" na ordem iniciática Rosacruz em Belo Horizonte. A música não tem apenas o poder para acalmar ou agitar os indivíduos, como também é capaz de induzir a mente humana a entrar em determinados estados de consciência. Alguns músicos, ao constatarem esse efeito, buscaram introduzir em suas composições elementos que pudessem penetrar em cada consciência para tentarem elevar o padrão da mesma. Mozart, Madonna, The Beatles, Pink Floyd e outros inúmeros artistas, preencheram suas melodias com símbolos místicos, ritualísticos e espirituais. Mas não é exatamente sobre o aspecto místico encontrado nas músicas desses artistas que esse texto irá tratar. Um dos maiores ícones do rock brasileiro, Raul Seixas, bebeu e se esbaldou com o misticismo, buscando passar em cada letra, o retrato do caminho espiritual percorrido pelo próprio cantor.

Gita é uma canção criada por Raul Seixas e seu parceiro, Paulo Coelho. O título faz uma alusão aos antigos textos sagrados hinduístas, Bhagavad-Gita. A letra é magistral, mostrando uma intrínseca relação do Homem com o Universo/Deus. Além do nome curioso, a música compõe bastante elementos místicos, como a entonação do mantra "Eu Sou", buscando através dessa poderosa afirmação reconstruir a ligação do indivíduo com sua centelha divina. E curiosamente, "Eu sou" é repetido 22 duas vezes durante a canção. E as correlações não param por aí. O número 22 é um número Mestre na Numerologia simbolizando o Idealismo Prático. Vinte e dois se refere ao número de letras no alfabeto hebraico como também, os 22 caminhos a serem percorridos na árvore cabalística.

A Letra Gita pode ser muito bem relacionada com os 22 arcanos do tarô, revelando uma jornada individual pela vivenciação dos símbolos de cada carta!

Fiz um pequeno esquema de imagens (bem simplório mesmo) mostrando as estrofes da canção e as cartas que estariam relacionadas a cada "Eu Sou".



Análise de cada EU SOU correlacionando-o aos arcanos



1° Eu Sou - Sacerdotisa/Papisa

“Às vezes você me pergunta, por que EU SOU tão calado...”

O arcano 2, Sacerdotisa ou Papisa, é conhecida por aquela que guarda os segredos do inconsciente. Não revela nada, mantendo tudo guardado a sete chaves. A análise e observação são seus pontos fortes. Contudo, mesmo que seu pensamento esteja perfeitamente correto, há passividade e introversão, dificultando a comunicação daquilo que se pensa para o mundo. Há uma intuição muito forte, como também dificuldades para expressar sentimentos, mostrando uma aparente frieza emocional.

2° Eu Sou - Estrela

“Eu sou a Luz das Estrelas”

Desde os primórdios, o ser humano busca orientações através dos corpos celestes. Através da observação do céu noturno, era possível saber quais dias era propícia a colheita observando apenas as fases da lua. O homem procurava compreender também como os astros poderiam influenciar sua vida e o seu destino, buscando através da Astrologia, estudar as correlações entre as ocorrências do céu e as ocorrências da Terra. 

O arcano 17, A Estrela, representa toda a Luz interior existente em cada ser humano através da esperança e na crença de um futuro melhor! Quando a presença desse arcano está em nossas vidas, nos sentimos inspirados, esperançosos e confiantes. Toda água que deságua nos vasos e retorna ao rio, mostra que o Passado já não interfere tanto e o que Presente torna-se o milagre diário com toda e plena certeza que o futuro estará repleto de novidades e coisas boas! Como dizia Aleister Crowley: “Todo Homem e Toda Mulher, é uma Estrela.”

3° Eu Sou - Lua

“Eu sou a cor do Luar...”

O arcano 18, representa a Dualidade Universal. A Lua mostra que nossa natureza será instável enquanto não observarmos que os opostos fazem parte da mesma coisa. Há um princípio hermético que diz: "Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados ". Presenciar a energia do arcano 18 é ter uma oportunidade única de mergulhar nas águas do inconsciente para descobrir a verdade de si mesmo, através do autoconhecimento!

4° Eu Sou - Papa/Sacerdote

“Eu sou as coisas da Vida”

Papa ou Sacerdote está intrinsecamente ligado aos acontecimentos do meio social que se está inserido. Ele representa o conhecimento e valores tradicionais, sob o parâmetro social e jamais pessoal. Todas as leis escritas pedem para serem cumpridas. Vivenciar o arcano 5 é saber que todas suas ações precisam estar dentro da legalidade dos bons costumes, leis e da ordem moral estabelecida no ambiente social que se faz parte. No livro, Tarô Vida e Destino, Nei Naiff explica: “Esse arcano não se reporta à justiça divina, aos movimentos cármicos ou ao mundo espiritual de forma direta, mas unicamente à justiça idealizada e outorgada pelos homens e para os homens, à regência dos dogmas sociais, da condição moral e religiosa para socializar o meio ambiente”.

 5° Eu Sou - Enamorados/Amantes

“Eu Sou o medo de Amar”

Nas ilustrações dos tarôs mais tradicionais, vemos um homem e duas mulheres numa nítida situação de que uma escolha precisa ser feita o mais urgente o possível. O Arcano 6 representa o momento de dúvidas quanto a escolha que devemos fazer para sermos felizes. É o medo, a hesitação, a incerteza, por não saber se aquela escolha nos trará o que tanto idealizamos. Há uma luta entre a razão quando a emoção se impõe, dificultando o processo de decisão.

6° Eu Sou - Força

“Eu Sou o Medo do Fraco... A Força da Imaginação...”
  
O Arcano 11 é conhecido pela sua coragem, força e determinação para controlar as situações com inteligência e perspicácia. O fraco só descobre que é corajoso quando enfrenta uma situação ao qual estava a anos fugindo. A energia do arcano 11 mostra que todos nós temos uma força interior e ela surge quando acreditamos mais em nós mesmos, dando-nos coragem para defender nossas convicções!

7 ° Eu Sou - Carro

“Eu Sou, eu fui e eu vou...”

Quem sabe para onde quer ir, segue avante, sem se perder no caminho. O arcano 7, o Carro, revela que a motivação e a chave para o progresso, depende unicamente do seu planejamento e execução das ideias. Ele domina as rédeas, faz as decisões e vai em busca do seu tesouro.

8° Eu Sou - Pendurado/Enforcado


“Eu sou o seu sacrifício...”

Nos tarôs tradicionais, vemos um homem amarrado de cabeça para baixo, em uma posição de sofrimento e angústia. Quem o amarrou lá? O Destino, os Outros ou ele mesmo? O Pendurado, Enforcado ou Sacrificado, mostra as dificuldades que encontramos na Vida quando nutrimos ilusões e caímos na rede da autocomiseração ao perceber que nossos acalentados e ilusórios ideais não são realizados a contento. Ele pode até orar, acreditar que está sendo sacrificado por boas causas e que logo subirá aos céus, mas infelizmente, não há condição alguma para que seus desejos se realizem!

9° Eu Sou - Eremita

“Eu Sou a vela que acende”
   
O arcano 9, é retratado por um velho homem que anda no deserto escuro, apenas com uma lamparina e o seu cajado a lhe guiar. O Eremita representa a nossa necessidade por buscar respostas interiores mais verdadeiras. É o mergulho na alma que fazemos através do autoconhecimento. Contudo, ele sabe que o “conhecer a si mesmo” estará consigo até o fim de sua jornada terrena. O Velho Eremita nos possibilita a cura interior e o reequilíbrio da vida através do progresso lento, mas garantido. Presenciar o arcano 9, é acender uma vela na própria jornada espiritual, pois o Fogo Eterno, apesar de suas chamas mostrarem-se baixas e fracas, é algo que jamais se apagará.

10° Eu Sou - Morte

“Eu sou a luz que se apaga”

A morte não envia bilhetes informando à hora, o local e o momento que somos convidados a cessar nossa luz terrena para voltar à pátria espiritual.
Estar vivenciando o Arcano 13 é vivenciar transformações e muitas mudanças na vida. Muitas vezes, tememos novos começos, pois permanecemos agarrados as velhas formas de pensamento, que não geram mais frutos e nem Vida! O movimento da Morte é rápido, mostrando que é necessário fechar ciclos para abrir se novos! Não tenha medo da Morte! Tenha medo de viver uma vida que não gere mais satisfação! A luz se apaga temporariamente, mas logo reacenderemos com a luz de novos tempos!

11° Eu Sou - Torre

“Eu sou à beira do abismo...”

A representação do arcano 16 mostra uma Torre sendo atingida por um raio e pessoas sendo atiradas ao abismo. Vivenciar a energia desta é carta é passar por um momento muito grande de ruptura e profundas transformações! Ao passar por situações assim, pensamos que tudo isso é obra inevitável do Destino, mas a Torre representa toda a estrutura que você construiu a sua volta e que lhe dava uma falsa sensação de segurança. Por fim... Tudo se desmorona, tudo é destruído e perdido, nos restando apenas o caminho do recomeço! A Torre nos liberta de nós mesmos, trazendo mudanças significativas em todos os níveis!

12° Eu Sou - Roda da Fortuna

“Eu sou o tudo e o nada...”

A Roda da Fortuna nos atira as probabilidades de sorte e azar. O que é certo em um mundo instável, mundano e incerto? O arcano 10, nos mostra que situações imprevistas podem ocorrer. Ganhar ou perder faz parte da própria vida! Não se pode deixar é levar pela ansiedade e as perdas prenunciadas nesse arcano, não farão falta nenhuma, pois logo será substituído por outra coisa.

13° Eu Sou - Mundo

“Eu Sou feito da terra, do fogo, da água e do ar...”

Nas ilustrações tradicionais, o Mundo é representado pelos quatro elementos básicos da vida! A terra representa o plano material, possibilitando dar formas concretas para que a vida se manifeste através de nossos cinco sentidos. O fogo representa a energia, o espírito, o calor, que necessitamos para nos manter vivos enquanto trabalhamos no plano físico.  A água representa o mundo das emoções e sentimentos. Sem a terra molhada, como poderíamos viver uma vida sem a capacidade para se emocionar ou mesmo senti-la através de nossas percepções? E o Ar representa o campo mental, das ideias, pensamentos, mostrando que tudo se origina da Criação Mental do todo!

14° Eu Sou - Imperador

“Das telhas Eu sou o telhado...”

O Imperador traz o princípio masculino ativo, o arquétipo da paternidade e autoridade. Ele ordena e lidera, controlando as situações ao estabelecer leis e valores.

15° Eu sou - Sol

“Dos sonhos Eu sou o Amor...”

Quando vivenciamos a energia do Arcano 19, descobrimos que não há nada mais gratificante na vida que compartilharmos a nossa alegria, criatividade e Amor com aqueles que nos rodeiam. Ficamos inspirados com a Vida e repleto de bons pensamentos e sentimentos! Confiamos mais em nós mesmos, libertando-se do medo e das dúvidas do passado. Ser honesto com você mesmo, lhe fará agir dessa forma como o próximo.

16° Eu Sou - Imperatriz

“Eu sou a dona de casa...”

A Imperatriz representa a nutrição advinda do princípio feminino. Ela está relacionada à abundância, fertilidade e criatividade. A natureza, artes, graça, beleza está sob o domínio dessa carta e daqueles que manifestam a energia positiva desse arcano. Toda mulher carrega em seu ventre a humanidade e a perpetuação da Vida. É a Grande Mãe! A Grande Deusa!

17° Eu Sou - Diabo


“Eu Sou a mão do Carrasco”

O carrasco do baralho, não é tão carrasco ou mesmo maquiavélico como se tem uma imagem dele. Contudo, ele representa o mundo dos excessos, da escravidão, do materialismo e ele se torna verdadeiramente um carrasco, quando estamos presos unicamente a tudo aquilo que ele pode oferecer. O Diabo mostra que há padrões de comportamento viciosos e que muitas vezes, se utiliza da manipulação para ganhar benefícios à custos alheios.

18° Eu Sou - Temperança

“Eu sou a mosca na sopa...”

O arcano 14 representa o marasmo, a passividade, lentidão e inércia dos projetos, muitas vezes ocasionados pelo próprio Destino e TEMPO. Como lutar contra a ação do tempo quando vemos nossos projetos caminhando lentamente? Nada se realiza de imediato, sob a ação desse arcano. “Associar-se ao tempo, é a melhor forma de realizar os desejos”, já dizia Nei Naiff.

19° Eu Sou - Justiça

“Eu sou os olhos do cego...”

O arcano 8 é representado pela justiça. Em dizeres populares, afirma-se que a “Justiça é cega”. A balança, símbolo do equilíbrio da ordem social e da justiça, é utilizada para medir feitos e julgarem-se os atos. Analítica, cuidadosa e observadora, tudo é julgado de forma imparcial atendo-se a verdade dos fatos para que a ordem seja restabelecida e o equilíbrio recuperado. 

20° Eu Sou - Julgamento

“Eu sou o filho que ainda não veio...”

O julgamento, apesar de este nome nos confundir com a imagem ilustrada na maioria dos tarôs tradicionais, é conhecido como a carta da evolução, renascimento, ressurreição e transcendência. O anjo anuncia a trombeta e os aqueles que julgamos mortos, levantam-se. Arrebatamento, Libertação ou Julgamento?  Quem vivencia a energia desse arcano, verá que muitas coisas estão para serem mudadas e que o desenvolvimento se dará por caminhos jamais imaginados pela própria pessoa. Novas promessas, trazendo surpresas e mudanças radicais. Contudo, tudo RENOVA!


21° Eu Sou - Mago



“Eu sou o início, o meio e o fim...”

O Mago é um eterno empreendedor. Ele representa a nossa iniciativa e flexibilidade diante a própria vida. Ele utiliza as forças universais para conseguir bons resultados, pois tem consciência do seu potencial. Ele é a ponte entre o seu eu interior e o seu exterior. Na mesa, vemos os quatro elementos bem dispostos, mostrando que há conhecimento sem se iludir que se sabe todas as respostas. O arcano 1 é por onde se inicia a jornada, ALEPH, e estará presente em todo o nosso percurso existencial, mostrando-nos que precisamos usar nossos talentos e capacidades, empreendendo esforços para conquistar aquilo que almejamos!



E vocês, leitores, o que acham da relação dos arcanos com cada "Eu Sou" da música? Passei uma semana analisando e fazendo as correlações entre os dois. Posso ter deixado passar alguma coisa despercebida ou mesmo errado os arcanos. O que acham? É perceptível que o LOUCO é o elo entre os dois mundos, sendo o eterno viajante nessa jornada chamada Vida que não tem fim".  O Arcano sem número ou 22, representa cada indivíduo em busca da sua própria essência, aquele que desbrava rumo ao desconhecido sem medo de arriscar! O horizonte que se estende a sua frente é repleto de possibilidades! Contudo, ele não sabe o que busca e ouve apenas o chamado da alma! "Louco", muitos o considerariam... Mas vale correr riscos em busca de seus sonhos do que viver condenando a própria alma na irrealização de seus ideais.

A música Gita é maravilhosamente repleta de simbolismos! E esse texto vem apresentar uma nova forma de olhar para ela. Viva o Raul Reixas, Viva o Paulo Coelho, Viva a todos os artistas que estão empenhados em elevar a vibração do Universo com suas obras!

Namastê! 


Vida Curta!





Ah... Essa sensação. Aqui estou eu, novamente sem saber o que fazer, para onde ir. O Mapa da Vida está em minhas mãos, mas ele não prever os percalços, as dúvidas ou mesmo, os momentos de falta de fé... Não sei por qual direção caminhar. Me sinto assim: perdida.

Uma sensação estranha. Há um sentimento forte que me diz: você não está no lugar onde deveria estar. 

Olho para trás. Vejo que o caminho que percorri até aqui, valeu a pena. Apesar dos obstáculos, me surpreendi com o crescimento obtido e com a maturidade que só foi alcançada, através das experiências. Contudo... Olho para isso que ocupa a maior parte do meu tempo e sinto que já fiz o que deveria fazer lá. Meu tempo definitivamente está acabando nesse lugar. Estou ouvindo de longe, me chamarem...

As pessoas vivem o tempo todo dizendo: "não faça isso! Veja como está o mundo! Olhe a crise que estamos vivenciando! O desemprego cresce para todos os lados!"  E quem entende um sonhador, um idealista, um visionário? E outras, tentando me acalmar, dizem: Michele, existe o tempo certo para tudo. E eu sei que existe! Contudo, será que isso não soa como uma desculpas para me conformar com minha atual situação e não fazer nada para modificá-la? O Sistema não quer ver sonhadores, idealistas, visionários, pois seres assim, são perigosos demais para Ele. Imagine o caos que seria, se todas as pessoas estivessem vivenciando suas Lendas Pessoais? Por isso, nos ensinam a pensar dentro da caixa através da política, da religião, da educação e tudo aquilo que é imposto pelo próprio Sistema para que o ser humano não descubra suas verdadeiras potencialidades. O tempo todo você vai ouvir as pessoas que te rodeiam, dizerem: é impossível! Está difícil! Não faça isso! ...  Regras, imposições, limitações... É esse o mundo dos "adultos", que vivem suas vidas, esquecendo-se que seus sonhos já foram tão puros quanto o de uma criança. A pior coisa do mundo, é tentar apagar a chama da esperança que vibra no olhar daquele que está determinado a viver sua Lenda Pessoal! 

Minha alma quer expandir horizontes, testar sua capacidade, superar suas limitações e continuar aprendendo cada vez mais com o Universo.

Minha vida é muito curta para ser vivida na mentira!
Minha vida é muito curta para ser o que eu não sou!
Minha vida é muito curta para trabalhar naquilo que não quero!

Minha vida, Sua vida, Nossa VIDA é muito curta para desperdiçarmos nossos talentos, esconder nossos tesouros, cultivar arrependimentos e alimentar o medo de não sermos capazes de viver nossos mais caros sonhos!

13 de julho de 2015

Yin-Yang


  


   Acordei com uma cara boba, despercebido. Quando notei aquilo, gostaria de não ter notado. A felicidade em mim esses dias anda muito frágil. Logo se estica, já se cansa. Já não sei por onde começo a escrever, e menos ainda se chego ao fim. Se eu for pensar em todos os bons livros que leio, por exemplo, sobre sabedoria oriental, vou me sentir em uma dívida imensa e envergonhado. Ainda sou um protótipo falho. Meia parte de mim caminha bem, meia parte ainda caminha pelo ocidente. Ainda haverá o dia - Osho e Dalai Lama dizem, e eu sinto -, que não haverá um ou outro, seremos um. Por enquanto, sou dois e converso comigo mesmo - nunca sozinho. Por enquanto, tento equilibrar essa balança. Esse yin-yang. Por enquanto, sou um meio de tudo. Por enquanto, ainda não inventei um fim.

Nota: Um fim que carrega o melhor começo - esta é a minha primeira publicação nesse espaço especial desse espaço infinito, o qual acompanho sempre, assim como acompanho a minha grande amiga das estrelas, Michele, e meu companheiro, Nathan, nesta misteriosa jornada que chamamos de vida! Obrigado, obrigado!




11 de julho de 2015

Uma Carta de Reencontro



Eu achei que tinha dito Adeus. Mas como se despedir daquilo que já faz parte do meu Eu? Escrevo essa carta, agradecendo o nosso "reencontro"! Graças a Deus, Graças a Vida, pois a Graça Divina se estende sob todos nós! Ela nos dar a oportunidade para que façamos a diferença juntamente com o SOL! Graças a Deus, mais um dia! Graças a Deus!  

O Universo é repleto de oportunidades. Olhe! Escute! Sinta! As oportunidades chegam até nós através de preciosos aprendizados. Só quem não enxerga a abundância das oportunidades, permanece limitado a própria má sorte... Peça e obterás! Bata na porta e um dia, ela se abrirá! Tudo chega até nós no momento certo, pois atraso ou adiantamento inexiste na Linguagem Universal. Tudo aquilo que pedimos, o Universo encontrará uma forma de realizar o nosso desejo! Mas para que isso aconteça, você precisa continuar acreditando! Keep moving! Continue caminhando!   

A Vida misteriosamente me instiga a caminhar entre a linha do conhecido e desconhecido! O que muitos consideram "oculto", para mim é algo extremamente familiar. Será que hoje, podemos mergulhar juntos, se assim for do seu desejo? Não há nada mais maravilhoso que perceber a sutil e silenciosa mensagem dos "sinais". O Universo não tira de nós, nada que não seja realmente nosso! E se eu voltei, é porque escolho permanecer.  

Contudo,
Nada é definitivo, nem mesmo a vida, nem mesmo a morte.

Nossa Existência respira Impermanência. Somos mutáveis por natureza. Abrigamos corpos diferentes a cada nascimento. Contudo... Em meio a impermanente natureza, descubro que a Eternidade sobrevive em mim! O Meu Eu Verdadeiro é ETERNO. E mesmo que possamos degustar os sabores temporários de cada estação, deixando que a recordação de cada sabor penetre o âmago de nossa essência, sabemos que esta marca permanecerá intacta, escondida nas reminiscências daquilo que jamais poderá ser novamente vivenciado, sentido ou mesmo esquecido... Experiências tão frágeis quanto o vidro e leves como o vento! 

Essa carta é uma declaração de nosso reencontro!

Eu, 
Você, 
Olá! 
Olhar, 
Sentir, 
Apreciar, 
Conversar, 
E sobretudo, 
Amar.

   


9 de julho de 2015

O Poder do Pensamento



Qual é a importância do pensamento na sua evolução espiritual e como isso influencia no seu equilíbrio interior?

A proposta de reforma íntima apresentada pela doutrina espírita e outras religiões que instigam o ser humano a buscar o autoconhecimento têm como principal objetivo: o melhoramento de si mesmo. Percebemos que a Vida encontrada na matéria origina-se da Criação Mental do Todo. Segundo André Luiz, pensamento é matéria. Através da energia mental é possível interferir ou modificar o composto material, alterando suas propriedades. Cada forma-pensamento gerada é alimentada pela energia dos pensamentos, emoções e sentimentos do ser humano. Uma vez criada, ela fixa-se na estrutura áurica do indivíduo – corpo sutil ou perispírito – e se mantém viva e independente do pensamento que tenha originado aquela estrutura mental, ela não morre, mas faz com que a pessoa que a criou repita mais e mais vezes o mesmos pensamentos, nutrindo aquela teia mental. 

Quando possuímos uma atitude positiva diante a vida, mantemos nosso campo magnético saudável e mesmo que haja elementos hostis no ambiente, à energia boa que circunda através de nós é capaz de transmutar toda negatividade alheia em positiva. Ter uma postura mental positiva, exercitando o equilíbrio interior, nos tornam capazes de doar energia para quem precisa e transformar toda negatividade em positividade. Criamos uma proteção em torno de nós conforme vibramos com pensamentos e sentimentos mais sublimes e, estas impressões ficam gravadas na nossa composição áurica. Além disso, conseguimos manter contato mais puro com nossos mentores espirituais que encontram facilidade para nos instruir quando nosso campo energético está equilibrado. 

Contudo, o indivíduo que não se preocupa com a qualidade de seus pensamentos está mais susceptível a passar por situações desagradáveis, permitindo que baixas vibrações direcionem suas ações. E o perigo não está apenas nisso. Além de desestruturar seu corpo energético, seu campo magnético é obstruído, dando facilidade para que seja influenciado por elementos de vibrações mais baixas. A perpetuação do desequilíbrio mental cria doenças psíquicas ou em casos mais extremos, a criatura torna-se alvo de ataques de obsessão.

Quem se sintoniza com pensamentos negativos e se permite atingir por acessos de irritação ou raiva, desestrutura e obstrui a passagem das energias pelos chacras responsáveis pela alimentação energética do nosso corpo. Repare. Quando brigamos com alguém, falamos mal de outra pessoa ou reclamamos da vida, nos sentimos posteriormente, mais cansados, irritados e perturbados. Se formos observar nossas atitudes, damos devida importância a coisas supérfluas e sem sentindo. Fazemos tempestade em copo d’água. E ao direcionar a raiva que sentimos ao objeto, mal percebemos que somos nós, o maior prejudicado da situação.

Todos nós, já presenciamos situações que poderiam ter sido evitadas se houvesse um exercício sincero do equilíbrio interior, o que nos permitiria dar devida importância à tudo aquilo que acrescentaria na nossa evolução moral/espiritual. A correria dos dias atuais e os problemas do cotidiano faz com que as pessoas trabalhem no piloto automático. Muitos indivíduos parecem fluir conforme as situações e não se preocupam em dominar as emoções ou instintos mais baixos. É difícil se manterem equilibrados durante as 24 horas do dia. Todavia, faltas originadas de nossa própria acomodação e preguiça não podem ser usadas como desculpas e sempre é tempo para buscarmos sermos equilibrados, centrados e espiritualizados, meio a tanta turbulência. É importante mencionar, que “paz” não é ausência de conflitos, mas a busca pelo cultivo da resiliência que é definida pela capacidade que o indivíduo tem para lidar com os problemas, superar obstáculos ou resistir a pressões externas sem se abalar internamente.


Buscar o equilíbrio interior gera mais bem-estar, saúde e disposição, além de auxiliá-lo no progresso espiritual e isso faz toda a diferença no meio que estamos inseridos! Somos seres de Luz e Luz é Energia Pura! Precisamos ter consciência que o “mal” só nos atinge porque assim permitimos que isso aconteça. Escolha bem seus pensamentos e cultive sentimentos que possam ser compartilhados para o Bem maior de todos aqueles que o circundam.  Pensamento é como uma peça de roupa. Todos os dias, ao se levantar, é imprescindível que você escolha aquela roupa que te vista bem, senão, correremos o risco de vestirmos “roupas” que os outros escolhem para nós.  


6 de julho de 2015

O Renascer!




Vida!

Tão Misteriosa, a Vida se desenrola por linhas confusamente certas!

Em volta daquela fogueira, estava reunida com pessoas extremamente singulares e importantes para mim. Senti-me feliz. Ao observar o consumir das chamas, a energia daquele elemento aquecia cada parte do meu corpo gélido fazendo com que velhas lembranças ressurgissem da ampulheta do tempo. Voltei ao passado: Vi-me no mesmo grupo familiar, que se reuniam todas as noites de lua cheia para cantarem, celebrarem e dançarem em volta do fogo! Celebrávamos a caçada bem sucedida ou o simples nascimento de mais um indivíduo para a tribo. Celebrávamos em volta do fogo, a VIDA. Nas noites estreladas, o brilho da lua iluminava o canto. Cada palavra entoada, vibrava com uma profunda e clara certeza que não só a boca cantava, mas a alma. A alma encontrava na música uma forma de se auto expressão. Todas as vozes se reuniam, formando uma única entidade.

O dedilhar das cordas me fez despertar do transe e logo retornei ao presente. Mas o consumir das chamas despertara-me outro insight! Veja como o fogo consome tudo. A energia é extremamente poderosa. Muito fogo é capaz de nos queimar, mas na medida certa, aquecemos o nosso corpo! As chamas representam o presente, as cinzas: o passado. Às vezes, damos devida importância a pequenos acontecimentos do passado sem perceber que tudo o que passamos, farão parte de nossas experiências! Mas experiência não é algo concreto, é algo subjetivo, está a nível da alma. E as cinzas  do que sobraram, simplesmente serão carregadas pelo vento! O que realmente importa é estar presenciando cada momento, é estar PRESENTE.  

A semana de sutis e notáveis acontecimentos me fez perceber algo: A vida é rara, efêmera e extremamente, preciosa. E sem determinadas pessoas, jamais poderíamos enriquecer nossa existência com sorrisos e bons momentos!

Tudo é questão de escolhas. Escolhemos se iremos ficar tristes ou felizes. Optamos pela dor ou pela alegria. Determinamos as pessoas que permanecerão ao nosso lado, assim como elas são livres para decidirem se estarão conosco ou não...Veja quantas pessoas passam por você todos os dias! Milhões! E agora, conte nos dedos quantas que ficaram realmente com você! O número é assustadoramente pequeno! Mas acredite... “muito” nem sempre é sinônimo de qualidade e as poucas pessoas que estão do seu lado são as que realmente querem seu bem.

Quando perdemos algo, ficamos preocupados com a perda e valorizamos o sentimento que nada poderá substituir o espaço ocasionado por ela. Choramos por aquilo que não poderá ser recuperado. Choramos diante de toda perda. Mas... Por que enfatizamos a perda? Por que não direcionamos nossas atenções àquilo que realmente estar do nosso lado? O Universo não tira de você, nada que não seja realmente seu!!! E as vezes, males piores são evitados! Aprenda: Toda vez que perdemos algo, ganhamos!

Eu ganhei a Vida, renasci dentro de mim! Renasci mais uma vez, junto ao sol!   E decidi que não perderei mais tempo com coisas que não acrescentam em absolutamente nada! Quero aproveitar cada segundo, minuto, horas para mostrar o meu trabalho ao mundo e para colocar em prática os valores da alma! Estou feliz! Feliz porque renasci! Estou feliz por todas as coisas boas e ruins que aconteceram, estão acontecendo e irão acontecer! Isso prova que minha existência é rica e a abundância está em toda parte, jorrando de dentro para fora e de fora para dentro. Não sou a roupa que visto ou o status que possuo ou o nome que me classifica! Isso tudo, não me caracteriza! Sou maior que tudo isso e maior me sinto quando sei que faço parte da grandeza que se distribui por todo o Universo. 

Sou o que SOU. 
Somos o que somos e melhores seremos se permitirmos enxergar toda a Luz e todo o Amor que somos capazes de emanar de dentro de nosso SER.



3 de julho de 2015

Desejo



Eu quero realmente acreditar que o propósito Crístico será atingindo até o fim desta Era de Peixes! Que a Espiritualidade Maior ajude a amolecer os corações endurecidos pela ignorância, orgulho, hipocrisia e preconceito! Não temos tempo a perder! A ignorância dará lugar a Compreensão. O Orgulho cederá espaço à verdadeira humildade. O Hipócrita reconhecerá as divergências de suas próprias ações e se limitará a corrigir a si mesmo. Os pré-conceitos serão substituídos pelo conhecimento e sob a Luz do Amor, toda gota do Saber transformará-se em Sabedoria! A Verdade liberta o Ser de todas as correntes que o impedem de progredir ! Ela liberta a Alma de todas as limitações impostas, dogmas pré-concebidos e formas de pensamentos que só auxiliam na segregação entre as pessoas! E graças a centelha divina, adormecida em cada indivíduo, sabemos consciencialmente que toda a trajetória de Cristo se resume em: "Amai a Deus acima de todas as coisas e amai o próximo como a si mesmo!"

...

Todos sabem o que devem ser feito, pra quê perder tempo? Abram as cortinas de suas próprias casas e vejam os cômodos que precisam urgentemente de reforma ou limpeza. Como receber o "Visitante", sem nem ao menos nos preocupamos em cuidar da nossa própria casa, sendo que ficamos mais preocupados com a grama do vizinho? Esse é o Dever de Casa!


2 de julho de 2015

Ensaio Sobre a Vida





Por cada riso
Por cada choro
Por cada reflexão
Por cada alegria 
Pela Vida que compartilho e Ela
compartilha comigo a VIDA... 

Minha Vida que não é só minha.
Quem tem medo do escuro, 
se esquece que a noite só revela
o que está oculto de dia...

Respiramos desequilíbrio. 
Ansiando por soluções intempestivas. 
Cada ser vivo 
é potencialmente 
destrutivo ou construtivo.

Nadando em conflitos
Absortos, perdidos
O que faz um indivíduo
acreditar que não possui 
a mesma garra daqueles
que lutam contra tudo aquilo
que não faz sentido?


Minha vida que não é só minha...

Vida inspira Raridade...

Renascemos em meio ao Caos

Vida expira Brevidade

Ao nascer do Sol

Todas as almas se reunirão

Um dia

Em um instante chamado

ETERNIDADE