Agosto, o mês do... Você termina a rima da forma que achar apropriada. Agosto tem sido um mês de muitas mudanças na minha vida. Sabe aquelas mudanças bruscas, rápidas, que te tiram da zona de conforto, muda sua rotina e te apresenta novas escolhas, novos caminhos que precisam ser trilhados?
Tudo o que modifica a estabelecida rotina, causa um desgaste mental, físico e emocional em nosso ser. Entretanto, é um período de transição. Uma espécie de metamorfose da natureza. Mudanças são necessárias, especialmente aquelas que não desejamos ou muito menos a prevemos. Certamente, são as que mudam totalmente o rumo de TUDO! Mudanças estão me ensinando a necessidade de ser mais flexível! Quem vive rigidamente, não percebe que a alegria acontece quando estamos distraídos. A vida é movimento e não rigidez. E toda leveza do ser, carregamos no brilho de nosso olhar. Quem compra prazer, pouco sabe que a alegria se esconde nos momentos mais improváveis, arrancando-nos sorrisos espontâneos!
Vim aprendendo que ser inteligente emocionalmente
difere-se do acúmulo de conhecimentos. A inteligência emocional está ligada a
nossa capacidade de contornarmos sabiamente os conflitos interiores,
independentemente da demora que existe para resolver determinada questão. Não
adianta ter diplomas, títulos acadêmicos, ser reconhecido profissionalmente, se
você não conhece 1/3 do seu interior, não conhece suas emoções e vive na
inconsciência de seus próprios atos.
Já estamos no segundo semestre de
2014 e estou voltando às origens, tendo que recriar novos caminhos.
É preciso voltar para dentro de
si quando todas as portas externas estiverem fechadas. A porta do
autoconhecimento está sempre aberta, esperando que nós adentremos nela. O
autoconhecimento, tal como um pai, espera saudosamente o retorno de seu amado
filho.
É preciso reconhecer nossos
limites pessoais e admitir nossas fraquezas. Que possamos ter força, coragem e
determinação para mudar tudo aquilo que pode ser mudado. Paciência, fé e
resignação para aceitar aquilo que não podemos mudar e, sobretudo, sabedoria,
para distinguirmos as duas coisas.
É preciso ter humildade o
suficiente para pedir desculpas se errar e nunca cair nas armadilhas do
orgulho. É melhor se desculpar pela falta cometida do que esperar as desculpas
alheias. É melhor fazer sua parte, mesmo que o outro se esqueça de fazer a dele.
É melhor estender a mão do auxilio do que cobrar resultados. É melhor encher o
coração com Amor do que deixar que ele se contamine pela vaidade e
orgulho.
É preciso... E eu preciso disso
tudo no momento que estou passando: voltar para dentro de mim.
O mês de agosto começou com altos
e baixos. Passei por um término que abalou bastante minhas estruturas
emocionais, físicas, mentais e espirituais. Quando tomamos um pé na bunda,
sequer imaginamos, afinal, o golpe é sempre dado pelas costas. E de alguma
forma, os acontecimentos estão muito recentes para se tirar alguma conclusão
saudável. Não sei ao certo o real motivo e nem as circunstâncias que acarretaram
essa tomada de decisão, pois foi um dos términos mais estranhos e confusos que
já passei pela minha vida (e espero ser o último). A outra parte estava
extremamente perdida, desorientada e nem parecia aquela pessoa que conheci há
um ano, tão segura de si mesma e de seus próprios ideais.
Entretanto, o que está feito,
feito está. Não adianta chorar pelo leite derramado, criar expectativas,
alimentar ilusões. Nos primeiros dias, é impossível que a revolta não se
instale ou que as indagações não surja. “O que foi que eu fiz?”, “Será que nada
do fiz foi o suficiente?”, “Por que fulano fez isso se dei todo o meu amor?”.
Isso me faz lembrar o quanto já fiz meus ex-namorados sofrerem e como me
arrependo por ter feito cada um deles se angustiarem com minhas indecisões.
Lucas, Leandro, Guilherme, me
perdoem! Como tal manda a Lei de Causa e Efeito, sempre colhemos o que
plantamos em algum lugar no futuro e o que fiz com vocês, estou colhendo agora
ou pelo menos, é o que parece ser.
O fim de um relacionamento, esse
em especial, me fez refletir a forma como lidamos superficialmente com nossos
conflitos internos e como desconhecemos totalmente quem está ao nosso lado!
Não sabemos o que se passa no
íntimo de quem têm as nossas mais caras afeições!
Não conhecemos o tamanho do
desespero ou da dor que aquela alma carrega!
Achamos que esconder, omitir,
ocultar são os melhores caminhos, só porque achamos que compartilhar aquilo que
nos aflige incomodará o outro.
Até quando você irá aguentar esse
peso?
Até quando você suportará carregar tudo isso sozinho?
As relações atuais estão assim.
Começam intensamente. Ambos estão embarcados na loucura dos sentimentos ali
compartilhados. Querem viver o frenesi do momento e na desestrutura do sentir,
não pensam na manutenção das emoções à longo prazo. Ninguém quer realmente
conhecer a verdadeira face do outro e tudo aquilo que ele julga amar, é apenas
o reflexo de si mesmo. Sim! Amamos a imagem que o outro reflete, carregada de
expectativas, sonhos e idealizações nossas! Amamos aquilo que idealizamos
dele e quase sempre, difere-se muito do que ele é realmente! Não existem diálogos verdadeiros
nas relações atuais. A comunicação é algo banalizado ou totalmente supérfluo!
Você conhece as dores do seu parceiro? Você conhece o que realmente angustia
ele? Quais são os sonhos e ideais dessa pessoa que está ao seu lado? A conversa
é algo estimulante, inspirador, criativo ou inovador? Vocês preferem ressaltar
as qualidades um do outro ou vive desestimulando o parceiro com seus deméritos?
Quando você fala, o outro está com suas atenções voltadas à você ou a um celular?
Eu acho muito irônico, essa troca
que nós fazemos atualmente. Trocamos humanos por máquinas! Vai ver que o motivo
seja porque, um celular é de simples manuseio e nem nos dá dor de cabeça nesse
ciber relacionamento! Nem percebemos que um celular/máquina/virtual é mais
prazeroso que a companhia de um ser humano/humano/real!
Não existem partilha verdadeira
de sentimentos, pois ambos estão obcecados com o apenas “receber”. Não existe
doação, apenas cobrança. Não existe estímulo sincero frente aos acertos, mas
desânimo ao lidar com os defeitos e erros.
E infelizmente, é isso o que
vemos nas relações atuais. O que começa intensamente termina abruptamente
também!
Não há respeito, consideração e
nem zelo pela relação que vivenciaram. Pior, são os términos que acontecem
virtualmente! Não há conversa ou olho no olho, pois um não tem coragem para
dizer para pessoa os reais motivos, preferindo muitas vezes, se esconder atrás
de desculpas! E tudo o que queremos é manter distância. Como? Se ontem existia
amor, hoje não existe mais? O Amor é algo tão banalizado dessa forma? O Amor
que julgava sentir é tão superficial assim, a ponto de não se importar mais com
a pessoa? É assim mesmo? Pois é, a realidade é essa. E dessa forma o ser humano
se relaciona, superficialmente consigo mesmo e com o outro.
Ser superficial é se vestir de
máscaras, viver na defensiva, levantar barreiras e não se conhecer.
Quem não se conhece, não busca
autoconhecimento, relaciona-se de modo superficial consigo mesmo e com outro.
Barreira erguida é coisa de gente
adulta, paranoica, que tem medo de arriscar e vive receoso, pois não quer ser
surpreendido pela vida. É gente adulta que tem medo de expor suas fragilidades
e ser vulnerável na própria sinceridade. Mas toda regra há uma exceção e quem
cresce mantendo o coração puro como o de uma criança, certamente há de
descobrir que a alegria nasce da distração e não nos momentos de prazer que
compramos por aí.
O encontro de duas crianças é assim:
uma se fascina pela outra, quer brincar, quer descobrir, quer aprender, quer se
divertir. É o encantamento natural que existe entre duas crianças que se
acabaram de conhecer, pois elas estão realmente interessadas uma pela outra.
Seus olhares são repletos de curiosidade, brilho e intensidade! Não há maldades
em suas intenções. Sabe por quê? Porque elas são verdadeiras, são sinceras com
seus sentimentos e como já dizia o Mestre da Vida, o lugar delas no céu, já
lhes é reservado. Não podemos viver sufocando a criança que mora dentro de nós,
senão nos tornaremos esses adultos ranzinzas, que vivem reclamando da vida, do
tempo e das pessoas. E por tanto reclamarem, nem percebe que o milagre da vida
é justamente esse que acontece agora: o presente, a dádiva de estar vivo e
poder viver esta encarnação repleta de aprendizado! É preciso que soltemos
nossa criança interior, pois ela conhece aquilo que nos traz paz,
tranquilidade, felicidade! É preciso deixar que essa criança cuide de nosso
coração, limpando-o das mágoas, ressentimentos e maldades, e renovando-o com a
mais pura esperança! Por isso, deixem suas crianças livres, pois se você tiver
o coração puro como a dos pequeninos, certamente será convidado a entrar no
Reino dos Céus.
A arte de lidar com o fim, é
difícil, sim! Mas aprender a sair de um relacionamento grato por tudo é quase
uma missão impossível! E se foi mentira ou verdade, não importa mais. O
importante é que fui realmente feliz em cada momento ao seu lado e por isso mesmo,
agradeço a você, Flor da Noite, por me ajudar a compreender mais sobre nossas
relações humanas!
Agradeço infinitamente a
oportunidade que o Universo me concedeu de estar ao lado de cada um de vocês:
Lucas, Leandro, Guilherme e Carlos! Muito Obrigada! Muito Obrigada! Muito
Obrigada! Vocês serão sempre importantes para mim. Quando digo importar,
significa: “eu importei você para dentro de mim, para dentro de meu coração!”
Pois é... E nesse mês maravilhoso
que estou tendo (ironia), faço minhas reflexões, acreditando que todas as
situações podem me ensinar algo sobre minha própria natureza, sobre o mundo que
me rodeia, pois assim poderei me relacionar melhor comigo e com quem está
perto. Meus propósitos espirituais, certamente estão vibrando em mim, com mais
força. Errar com conhecimento é lamentável. Dessa vez, sim. Eu me perdoo, pois
meu maior erro não foi com o outro e sim, com o meu “Eu”, que por vaidade
(ego), deixou-se cair nas redes da ilusão, evitando olhar os fatos e
distorcendo toda a realidade.. “Eles” te avisam, mas se
você não mantem sintonia, essa mensagem entra no ouvido e sai pelo outro.
Mas nem tudo são dores. Apesar de
este mês ter apresentado bastantes dificuldades não só para mim, mas para toda
a família, sinto que tais circunstâncias são necessárias para nosso
amadurecimento como SER. Afinal, Rocky Balboa já dizia: "Ninguém vai bater mais forte do que a vida.não importa como você vai bater e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha."
E é vivendo que vamos aprendendo!
Existem escolhas certas e
erradas, não existe caminho do meio. Ambas irão gerar consequências boas ou
ruins, mas até mesmo as escolhas aparentemente ruins, trazem consigo, valiosos
aprendizados.
A vida nos surpreende de todas as
formas. Mudanças são imprescindíveis! Mudar é sempre deixar as portas abertas
para o novo, pois o que é velho, não será mais necessário no caminho a diante!
Quando mudamos, sempre deixamos algo para trás. É inevitável não deixar algo
para trás, mas imagina sair por aí, carregando tudo o que se quer levar? Suas
mãos estariam ocupadas demais para receber o novo!
As dificuldades podem ser
superadas com um esforço! É preciso que suportemos a chuva, se quisermos ver a
beleza do arco-íris. E dessa vez, vou me esforçar para libertar essa criança
que adormece em mim, pois toda criança, na chuva ou no sol, brinda com toda sua
energia pela dádiva da vida!
Let it be! Let it be! Let it be!
Namastê!
Que Deus vós acompanhem!
Adorei seu texto...estou passando pela mesma coisa...nao podemos desistir...
ResponderExcluirAh, Obrigada pelo comentário! Em horas como esta, devemos agarrar a nossa fé, afinal, todas as dores são passageiras! E certamente, a vida te dará novos motivos para voltar a sorrir!!! =))
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