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Naquela noite, voltei sozinha. Tudo o que queria era colocar minha cabeça sobre o travesseiro, acordar no outro dia e respirar aliviada, acreditando que tudo isso não passasse de belo um pesadelo. Mas isso não aconteceu. Acordei da mesma forma que fui dormir... Com uma sensação doída, com a mente e o coração confusos, sem saberem ao certo o que realmente houve. Estou dando adeus a algo que muito acalentei e nem sempre queremos nos despedir dessa forma: desprevenidos. Estou dando adeus não porque quero, mas sim... porque isso fará bem a você.

Cada lágrima é sussurro de uma história que vivenciamos. E Cada lembrança irá se apagar lentamente com o passar de cada dia. Cada lágrima é o desespero silencioso de nosso ser... Quero arrancar essa raiz minha que há em você. Você quer arrancar essa raiz sua que há em mim. Mas... dói... dói porque essas raízes são fundas demais para se arrancarem de uma só vez.

E um dia...

O que restaram serão imagens borradas, turvas e embaraçadas, que acabaram distorcendo a realidade por serem subjugadas e filtradas por nossas emoções de cada momento. Um dia, certamente, essa dor irá cessar e logo a ferida se cicatriza. E a marca, continuará lá.   

E naquele momento em que estávamos prestes a nos despedir silenciosamente, descobri que queria ficar. E um filme passou pela minha cabeça, mostrando situações em que não estaria presente e nesse desenrolar... tudo o que queria era ter continuado lá, mas não dá. Por isso... me retiro assim, pela porta da frente carregando em meus ombros a frustração que não deu certo, mas certa que tudo é porque há uma razão de ser...  

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