Ser-aí




Aprendi que o Tempo cura as feridas, se encarrega de cultivar a memória e guarda as boas lembranças na bagagem que levamos por toda a vida. 

Havia me esquecido que toda vez que me perco, acabo me reencontrando. E as escolhas aparentemente confusas, mostram-se certas em algum lugar do futuro.

O certo é que eu não queria lhe dar reticências, mas um ponto final. Assim abriria espaço para que ambos pudessem continuar a escrever novos prólogos em uma página totalmente branca. Desejo que seja assim. Novas linhas serão escritas e novas estórias nasceram daí. Aí, ficará fácil descobrir que a alegria se esconde em um sorriso espontâneo e a leveza de viver carrega-se no olhar.

Aprendi que nenhuma relação sobrevive se não houver companheirismo, procura sincera entre os amantes, noites de conversas à fio pelo telefone... Uma relação não sobrevive se não houver total entrega das ambas partes. Percebi que vale mais caminhar sozinho, curtindo a própria companhia, do que manter uma relação por conveniência. 

Aprendi que machucar e ser machucado, faz parte do processo. E nem por isso devemos nos descabelar. Todos os dias, tem gente que termina ou começa uma relação. Na sorte ou azar, independente da vibe que você está, tudo isso há de passar e logo os dias de choro de ontem, serão motivos para risada amanhã.

Um dia de cada vez, vou vivendo. Se ontem estive triste, hoje estou feliz e as surpresas de amanhã, só Deus sabe. Nos altos e baixos, entre o mutável e o inconstante, refaço meus passos na certeza que encontro, toda vez que olho para dentro de mim.  

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