Um texto aleatório de uma neptuniana sem lar.





Tu me olha, mas não enxerga.
Tu me toca, mas não me sente. Eu te disse, bebê
Mão nenhuma consegue me tocar, assim como palavras não conseguem me fazer ficar.
  Então, me diz bebê
Você vai tentar? Vai olhar nos meus olhos e me enxergar, ou vai fingir não notar?
Me diz aí, bebê
Se vai conseguir me fazer ficar apenas com palavras ou vai tentar demonstrar com atitudes?
Quando vai perceber, que eu vou além disso, além de boatos e de aparências que te enganam.
 Eu vou além disso, eu sou além disso.
 
Então, me diz
Vai conseguir suportar minha inquietude pra viver?
Vai conseguir me amar mesmo quando eu querer parar de girar nesse enorme paradoxo?
Vai viver em um mundo paralelo comigo ou vai ter medo e querer descer?
Então, me diz
O quão parecida sou com  o inundar do mar, que os meus olhos parecem de uma neptuniana sem lar.
Vai se deixar levar nessa maré?
Me diz, bebê
Porque eu não sou de esperar, porque minha terra me chama e eu não sou de ficar.
                   
                                

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