28 de agosto de 2015

Ofensas Gratuitas



Através de uma tela de LCD nos sentimos prepotentes para expressarmos nossas supostas verdades em detrimento da verdade do outro. É muito mais fácil expressar o que estamos sentindo ou pensando diante de um celular ou computador. Não estamos diante de uma pessoa, não enxergamos as reações que cada indivíduo terá ao ouvir nossas declamações.

Nos fóruns das redes sociais, expressamos nossas indignações a cerca do mundo e nos tornamos críticos assíduos da conduta do próximo. Quantas vezes não ofendemos e somos ofendidos por alguém, gratuitamente, através das interações virtuais? Estamos mais sensíveis as dores da globalização ou indiferentes aos reais sentimentos alheios, que não se misturam nesse aglomerado de informações?

É mais fácil ofender quem não vemos.
É mais fácil atacar aquilo que não conhecemos.
É mais fácil ser o que não somos!

Um mal ou um bem? Depende da forma como a utilizamos. Mas, infelizmente, o buraco da solidão não é extinguido pelo seu uso e a falsa sensação de conectividade cai no abismo obscuro do descaso que fingimos não acontecer, camuflado por falsos pretextos de um pérfido interesse...

Se te ofendi gratuitamente em algum lugar do passado, meu genuíno e sincero pedido de desculpas...


Vou conseguir! Sei que vou...




Esses dias não tenho estado muito bem. O corpo não corresponde minhas vontades e falta-me energia para fazer o que antes era costumeiro. Talvez, seja estresse pela rotina diária. Talvez, seja o cansaço de cada dia que acumulou-se e que hoje, me derruba na cama e me faz querer permanecer nela sem a mínima vontade fazer nada... Talvez seja os dois juntos, incluindo uma alimentação não saudável, horas de sono atropelado e falta de exercícios para retirar a ferrugem que está por todo o corpo. Agora, preciso urgentemente repousar... 

Preciso aprender a relaxar ou terei um pique nervoso. Deveria observar mais o budismo praticado pela minha própria gata. Queria aprender a olhar para vida de uma maneira mais calma e relaxada, mesmo diante das tensões. Queria ser um totem ou ser alguém inabalável mesmo diante aos furacões das emoções. Queria não ter que lidar com preocupações, cujas quais, 99% são por coisas fúteis ou que não acrescentaram nada minha vida. Mas quando o corpo adoece, são sinais que minha alma quer mostrar. O que eu preciso descobrir? Não sei... Mas ainda há de ser.

Talvez, tenha adoecido, justamente pra me desacelerar do ritmo que tenho levado, pois assim estaria disponível para repensar na vida que tenho tido em todos os aspectos... Uma reflexão bem vinda e necessária. Provável prenúncio de mudanças, a caminho.

Minha gata me ensinou algo. Enquanto questionava o motivo da dor em pensamento, ela chegou até mim e com suas delicadas patinhas, colocou-as sob a região que doía em meu corpo. Que gesto! Lágrimas começavam a cair do meu rosto. Ela ouviu meu suplício e veio em meu socorro. Prestou amorosamente sua solidariedade em um gesto notável de carinho e amor. Me senti alguém importante e é por essas pessoas (e minha gata) que me importaram para dentro delas, que lutarei para me recuperar o mais rápido o possível disso que me aflige agora.

26 de agosto de 2015

Os meses engoliram anos

   Um pequeno estalo. Uma chama se acende. O cigarro em sua boca começa a queimar. Às 03:42 de uma madrugada fria de quarta-feira, sentado na calçada, ele ouvia o barulho da erva queimando, misturado ao meio-silêncio que qualquer cidade poderia proporcionar àquela hora. Enquanto a incandescência de seu cigarro se destacava em sua visão, a fumaça em seus pulmões o ajudava a relaxar. Encurvou seu corpo parcialmente visível, sentado entre dois postes, um deles com a luz fraca incandescente piscando. Quanto tempo fazia? Ele fez as contas: sete meses. Sete meses apenas? Como pudera sua vida mudar tanto em tão pouco tempo? Pareciam anos. Morando sozinho em uma cidade diferente, fechado em si, sua personalidade mudara muito. Lembranças vieram à sua mente: ele mesmo, poucos meses mais novo, bebendo em um bar com os amigos, rindo de uma piada. Rindo! quanto tempo fazia que ele não ria? Há quanto tempo sequer sorria?
     Parou de pensar, tirou o cigarro da boca e soprou a fumaça. Mais um trago. Sabia que tinha de acordar cedo, mas seus pensamentos não o deixaram dormir: sabia que não conseguiria fazê-lo sem antes pensar um pouco em si. Pouco tempo atrás, os mistérios de sua própria vida pareciam mais deslumbrantes, faziam seus olhos brilharem mais. Seu próprio corpo e sua mente eram mistérios a serem explorados. Agora, ele parecia compreender demais. Decepcionante. Seu corpo não mais proporcionava prazeres, sua mente não era mais tão misteriosa. Como pudera sua própria personalidade se tornar algo tão simples e compreensível, se nada mais no universo o é? 
   Desistiu de pensar. Amassou a ponta do cigarro na superfície do concreto da rua e, se sentindo um velho decrépito, entrou em casa e foi se deitar. Parte dele, de sua alma, ficou ali: jogada junto ao resto do cigarro e misturada à sujeira da rua. Apodreceu logo.  

25 de agosto de 2015

Extra-exposição...


Tem homem que adora se sentir prepotente ao rebaixar a ex-companheira diante dos amigos. Na frente dos colegas, usa e abusa de termos pejorativos. O Homem suja a honra ao difamar uma dama e denigre o próprio caráter ao tentar diminuir o valor daquela que um dia fora detentora de suas atenções.

Quer se expor ao ridículo? Pendure uma melancia no pescoço, fique pelado e vá para frente do semáforo! Mas não escandalize as brigas, não exteriorize suas idealizações frustradas, não se faça de vítima, pois vai acabar contracenando toda essa peça de teatro, sozinho.

Todo término deveria vim acompanhado por um voto de silêncio em respeito a uma história que em algum momento do passado, ambos acreditaram que duraria para sempre. Só que não durou. O leite derramou. A casa caiu e os caminhos se dividiram. Mas tem homem que disfarça a dor da perda através da vaidade e é possível que ele continue na ilusão que para se sentir alguém “melhor” precisa inferiorizar quem não está mais do seu lado.

23 de agosto de 2015

22 de agosto de 2015

Cleiton

Eu queria me erguer
Num ato
Um ímpeto imediato
Que me levasse ao céu

Não temo ninguém
Apenas temo que o Sol
Ou uma estrela
Me esmague

Temo
Que tenhas medo de mim
As almas que beiram o abismo
São piores que os demônios
Que para lá querem te levar

Eu me deixo levar
Há um querer que rege
Não temo o mundo e a vida
Temo o céu e o além

Se eu me vou
Não irei sem...
Sem Deus, uma esperança
Uma vontade

Quero o mundo
Mas não ele todo agora
Quero ser apenas um

Se você conversar comigo
Eu irei repassar várias idéias

Desculpe minha presença
E a minha atenção
Mas há muitas coisas
Que eu poderei te explicar

Eu sou o espírito
Que se ergue de uma vez
Eu sou a alma imortal
Que te aguarda no paraíso

Fique com Deus
E se apegue a Ele

Desde meus primórdios
Eu rondo e anuncio o bem aos homens
E como Deus
Quero chegar no alto
Sem olhar para quem está embaixo
(Você entende não é mesmo?)
E amarrar o mal e lança-lo no mar
Tem muita gente má no mundo
Quero que no mundo esteja
Só quem é gente boa
Se você me ajudar
Te revelarei os segredos da riqueza

Eu te acompanho
Mas se não se importa
Não te acompanharei

Você é a gente boa
Vai com Deus!

Não vamos esquecer do irmãozinho lá
No projeto que empreenderemos
Adeus!


Olhe, Veja

A vida que está no jardim
As palavras que emanam de observar
A natureza, a beleza
O céu aberto e sempterno

As coisas que jamais foram ditas
Pela boca de alguma pessoa
Acaso isso invadiu algum pensamento?
Acaso isso deixou algum rastro na história?

O horizonte, a paisagem
Árvores e caminhos
O verdadeiro compêndio
Para aquilo que testemunha

Tal oração, tal revelação
No monte iluminado pelo sol
Trouxe infinda a consciência
Para o tudo ao redor





Quando tudo se torna nada


Alguns dias atrás, ao exercitar minha curiosidade mórbida e procurar sobre cartas de suicídio na internet, descobri algo muito interessante: um homem chamado Mitchell Heisman se matou nos degraus de uma igreja, em Harvard. Como carta de suicídio,ele deixou um livro de 1904 páginas, contendo um ensaio sobre religião, filosofia, política e tantos outros assuntos. Mitchell considerava seu suicídio um ''experimento niilista''. O mais interessante é que o ponto de vista niilista se faz presente em todo o livro. Uma frase em especial me chamou a atenção, dizia algo do tipo: ''se não existe Deus ou deuses, certo ou errado, nenhum significado ou propósito: se não existem valores que sejam inerentemente válidos, nenhuma justiça justificável, nenhuma argumentação que seja fundamentalmente lógica, então não existe uma maneira sã de se escolher entre ciência, religião, racismo, niilismo, liberalismo, nacionalismo (diversos outros ismos depois). Então errado e certo, morte e vida, liberdade e escravidão se tornam iguais ou sem sentido.''

Fiquei perplexo ao analisar esta frase. Sabemos que certo e errado são relativos, que a justiça é um conjunto de leis criadas pelos homens e, portanto, também relativa, que significados e propósitos somos nós quem atribuímos a algo e que ninguém ainda conseguiu provar, em definitivo, a existência de Deus. E sabem os matemáticos que até mesmo a ciência conta com axiomas: verdades que simplesmente não podem ser provadas, mas são apenas aceitas. Deste ponto de vista de que adianta tentar definir certo ou errado ou atribuir valor a algo? Se tudo é tão puramente abstrato em suas definições que não pode ser definido, então o próprio ser humano e seu pensar se tornam inúteis, assim como a luta eterna para se agarrar a vida e à crença de que ela se estende indefinidamente. Qual a diferença de se praticar o bem ou o mal, ou de se agarrar à vida, se em poucos anos, sequer se lembrará que existiu? Seus trabalhos virarão menos que pó, e de nada adiantou ter aproveitado a vida se, em relação aos infinitos anos de inexistência que nos aguardam, nossa pobre vida não representa nada. Olhando desta perspectiva, Mitchell Heisman e todos os suicidas existentes são sábios por apressarem o inevitável e pularem uma etapa desnecessária na existência do universo. 

Existe, no entanto, uma possibilidade mais aterradora: a existência de Deus. Se este existe, e não há nada acima dele, o que determina os valores, o bem e mal, o certo e errado, o justo e injusto, é apenas sua vontade. Então, estaria todo o destino subordinado à vontade de um único ser? E que autoridade teria este ser para ditar suas ideias? Por que me submeter à elas, o que mudaria se eu não o fizesse? Por fim, se existe algum Deus, a habilidade mais admirável do homem será o poder de contrariá-lo.

20 de agosto de 2015

Pensamentos de um novato na vida.


De onde estou, escuto o rangido de metal contra metal vindo de longe. Um gemido pequeno, dos vários berros que o monstro cinza e sem vida, de concreto e ferro, carne e apatia, solta ininterruptamente. O barulho entra por meu ouvido, mas sufoca em minha alma e não sai pela boca, fica no peito e vira força nas mãos que arranham a madeira de minha cama, que parece uma porta de saída que não se abre. Fico aqui, esperando a saída. O sono vira um ensaio para a morte. 

19 de agosto de 2015

Aprendizado da Semana: Livre-se das mágoas!




É muito doloroso passar pelas experiências da vida sem buscar compreender o propósito delas. Deixamos que o nosso coração seja preenchido pela mágoa quando recebemos determinadas situações de forma ingrata, injusta e cheia de arrependimentos. 

Se tivéssemos um poder para voltar ao tempo, será que apagaríamos todos os momentos que acreditamos ter sido injustiçados? Será que apagaríamos todas as coisas que não deram certas e que por algum razão, as escondemos por vergonha? Ou será que viveríamos tudo exatamente da mesma forma? Podemos escolher deixar em nossas estantes, apenas os troféus da nossa vitória, mas ninguém saberá o quão dificultoso foi para nós, conseguir aquele prêmio. Ninguém verá o esforço que fizemos ao longo do caminho e quantas lágrimas já derramamos por achar que não iríamos conseguir. Mas, conseguimos. O troféu torna-se um símbolo do trabalho que tivemos para alcançá-lo. 

É doloroso passar por determinadas situações. Eu sei! Mas antes de querer excluir as dúvidas do caminho, porque não se perguntar o que elas vieram realizar na sua vida? 

Será que tudo o que você vivenciou foi, de fato, algo apagável? Será que não aprendemos nada, absolutamente nada, de positivo com todas as pessoas que cruzaram a nossa vida? Será que você continua a mesma pessoa de 10 anos atrás? Será que cada uma dessas pessoas que estiveram na sua vida, não te mostrou o melhor e o pior lado delas? Será que você nunca decepcionou alguém? Será que todo erro é condenável a ponto de não ser perdoável? Será que um "relacionamento fracassado" não pode nos ensinar algo sobre nós mesmos e a forma como nos relacionamos com o próximo? 

Dói, eu sei, dói passar por uma decepção. Dói passar por um término de namoro. São situações que não controlamos e a nossa primeira atitude é sentir-se enganado, traído, usado. Dói, isso tudo dói. Mas o pior de tudo, é manter o coração rancoroso, cheio de críticas e julgamentos quanto a conduta dos outros. Ninguém sabe o que se passa no interior do outro, ninguém sabe qual é a luta que determinado indivíduo está enfrentando ao julgar a dor dele aquém a sua. Ninguém tem o direito de opinar sobre o seu luto, pois você vive a morte conforme for determinado por você! Mas não julgue as lutas diárias que todas as pessoas passam, pois você não sabe o quão difícil pode ser para outra pessoa manter o sorriso diante a dificuldade. Não julgue o caráter de alguém mediante a uma decepção, pois nenhuma decepção nasce do objeto idealizado, mas daquele que idealiza. 

Isso foi o que aprendi nos meus "protótipos de relacionamentos" que fracassaram... E se fosse para voltar no tempo, viveria tudo exatamente como foi, pois os erros foram essenciais para que eu começasse a buscar o que realmente é importante para mim: minha evolução. É difícil e dói... Toda transformação dói e nenhum caminho é fácil... Mas o mais difícil, é sair grato de todas as experiências que passamos. 

Sou grata porque cada uma dessas pessoas me ensinou algo sobre mim, sobre mundo, sobre as relações humanas. Sou grata por cada beleza que contemplei ao lado delas e também por cada desentendimento travado. Sou grata por tudo o que compartilhamos, aprendemos e vivemos! Sou grata a cada um dos meus "exs" e tenho uma consideração imensa por eles! Lucas Cainã, Guilherme Fuspini, Carlos Cézar Filho, Lucas Debian, Muito Obrigada por todas as coisas que vivenciamos e por terem ajudado a enxergar a riqueza que existe em toda Vida! 

Nossa vida é plenamente rica. A abundância está em toda parte do Universo e ela está dentro de nós!!! Deus está em toda parte, pois ele está no meio de nós!!! 

Física da procura por Elizabeth Gilbert autora do livro Comer, Rezar, Amar. 

"Se você for corajoso o bastante para deixar tudo o que for familiar e cômodo, que pode ser qualquer coisa, desde a sua casa até a amargura de antigos ressentimentos, e planejar uma viagem de busca verdadeira tanto interna quanto externa. E, se estiver realmente disposto a considerar tudo que acontecer com você nesta viagem como uma pista, e se você aceitar todos que você encontrar ao longo desse caminho como um mestre, e se tiver preparado acima de tudo, para aceitar e perdoar as realidades duras sobre si mesmo a verdade não será negada a você”.

Paz, Luz, Perdão e Amor!
Namastê

18 de agosto de 2015

As duas forças


Há momentos em que o conflito é nítido. Duas partes que discordam e não se confabulam.
Há momentos que a discórdia prevalece.
Retornemos à instância da unidade por um instante. Visualize o globo terrestre, o planeta Terra e sinta conexão.

Afastamos da situação.
Reações acontecem, emoções afluem.
Natural, faz parte do processo de adaptação.
Sinta a rotação da Terra. Movimente-se, mute. Transforme

O pulsar da existência na palma da mão de quem Ama.

                                                 (foto: O conto da Princesa Kaguya)

O essencial é invisível aos olhos e mais próximo do coração. Simples

A Harmonia Final

13 de agosto de 2015

Sinto Muito, Me Perdoe, Eu Te Amo, Sou Grata




Hoje aconteceu algo diferente.

Ao escolher, indiretamente, seu presente, descobri uma coisa e isso me deixou aliviada. Olhei para trás e vi que aquelas lembranças ruins que foram criadas entre nós, tornaram-se apenas parte da experiência que nos faz crescer através de momentos dolorosos. Nessa balança, as coisas boas pesaram e no final, meu coração desejava que você fosse verdadeiramente feliz.

Todo fim é complicado de lidar e nenhum ponto final é colocado sem pensar antes. Não aceitamos muito bem o término de um namoro, ainda mais quando uma das partes não estava nem cogitando dizer "adeus". Isso é algo que nos pega desprevenidos e há um ano, eu não esperava que houvesse um fim entre a gente. Mas nada dura para sempre, pois descobrimos que o "sempre" acaba. Ficamos abalados e parece que no lugar do coração há uma sentimento de perda, de dor. 

Sinto muito por termos tentado ferir um ao outro com nossas desculpas, com nossos defeitos, com nossas justificativas, com nossos descasos. Sinto muito por ter sido incompreensiva, por não ter aceitado plenamente sua escolha e por não ter conseguido te apoiar em todas suas decisões. "Eu estou aqui... pensando em todas as coisas que quero me desculpar. Toda dor que causamos um ao outro. Tudo o que coloquei em cima de você. Tudo o que eu precisava que você fosse ou dissesse. Sinto muito por tudo isso. Uma parte sua sempre estará em mim. E eu sou grato por isso. Seja lá, quem você se tornou, onde quer que esteja, estou te mandando Amor, pois eu apaguei o final".

Mesmos que nossos caminhos sejam opostos, estarei torcendo pela sua felicidade, pois o que restou em meu ser, foram as boas lembranças que construímos em dias de Sol ou nas noites repletas de Estrelas que iluminavam com seu brilho aquela tímida Flor.   

  
Sinto Muito, Me perdoe, Eu te Amo, Sou Grata. 

Ganesha, o Removedor de Obstáculos


O trecho em itálico foi retirado do filme "HER". 

11 de agosto de 2015

Minha Amiga



Ah... Minha amiga... Se eu pudesse te impedir de sofrer, tropeçar, se arrepender, tenha certeza que tudo isso eu faria por você. Quem disse que a razão tem alguma opinião quando o coração deseja? Os conselhos dos amigos e suas precauções são totalmente ignorados quando se estar decidido a correr atrás daquilo que faz sua alma vibrar! Se ele é o único que consegue essa proeza, por que esperar queixas minhas? Fazer o quê? Segundo Charlie de As Vantagens de Ser invisível: Nós aceitamos o Amor que julgamos merecer. E sob o julgo da filosofia de Charlie, eu não direi nada e minhas palavras se reservaram a:
"Se for para sorrir, sorria! Se for para chorar, chore! Se for para dançar, dance! Se for para gritar, grite! Se for para amar, AME! Apenas não se arrependa das suas escolhas, não se queixe dos imprevistos e nem tente prever o que se passa no interior dos outros. Há um fluxo que é impossível de ser impeço, por isso não se reprima e nem esconda seus sentimentos. Você até pode tentar enganar o mundo e fingir que nada acontece, mas no final das contas, ninguém engana a si mesmo. Mergulhe dentro de si para encontrar as respostas e se esse mergulho trazer-te mais dúvidas, nade até o fundo, para além das perguntas e verá que uma única palavra é capaz de responder tudo!  
Eu sei que você está com medo. Medo de sofrer, medo de se decepcionar novamente, medo de se entregar e o esforço não valer a pena. Medo, todos nós temos, só que alguns sabem fingir que estão bem, quando de fato, não estão. Por isso mesmo, não sorria apenas para mostrar os dentes. No seu sorriso tem que estar sua alegria, seu gosto pela vida, sua singular essência e na plenitude do ato: sua alma! 
E não se preocupe com as pedras. Algumas machucam, outras fazem parte do caminho. E depois de um tombo, você levanta mais forte. E mesmo que a decepção bata na porta, com certeza você escolherá um destino melhor para sua confiança. 
Segue avante, minha linda! 
Quando você sorrir para o Amor ele sorri de volta."


Que essas palavras cheguem a seu verdadeiro intento! 

Namastê!


A Salvação




Alguns intelectuais discursavam na mesa de bar a impotência das religiões na transformação moral do ser humano e o fracasso de suas doutrinas devido as circunstâncias calamitosas que o Mundo se encontrava. Críticas irrefutáveis em teorias bem esquematizadas, faziam com que aquele trio se vangloriasse das honrarias que a Ciência havia trago a modernidade em demérito das principais religiões mundiais que falharam na tentativa de salvar o homem. Em meio a discussão, um velho mendigo que passava pela rua, começou a abordar as pessoas que estavam nas mesas daquele Bar, pedindo um prato de comida até chegar àquele grupo de filósofos. Perguntou, humildemente, se era possível lhes ceder um alimento para saciável a fome daquela noite. Os intelectuais viram o pedinte e ao negar sua existência, continuaram debatendo a supremacia da Ciência e seus avanços nos mais diversos setores da vida humana. De repente, ao observar aquela cena, uma criança sai da mesa que se encontrava com seus pais, segurando um prato de comida e diz para aquele velho senhor:

- "Moço! Moço! Leve isto com o senhor".

Abismados com o que acabara de ver, os intelectuais olharam assustados entre si e o velho, com trajes de mendigo, respondeu:

-"Não é a Ciência que salva o Homem. Não é a Religião que salva o Homem. São as atitudes que forjam a estrada da própria Salvação."


8 de agosto de 2015

Impermanência




Tá com pressa? Pra quê correr tanto? Com qual intuito você apressa o ritmo das coisas? É bom acreditar que se tem o controle de tudo, não é mesmo? Ter domínio da vida, das situações, das pessoas, nos dar uma deliciosa sensação de prepotência. Mas a garganta vive entalada, o olhar cansado e sem brilho denuncia seu gosto pela retenção. Nada flui. Acumula-se tanto que nada têm. Seus músculos estão tensionados, seu corpo paralisado e cada passo dado te afunda nos vícios e nas paixões mundanas.  

Parece que nunca há tempo para se fazer o que deseja. Parece que a vida não sorri para ti da mesma forma que sorri para os outros. Parece que a Paixão é mais urgente para ser vívida e você escolhe se apaixonar de forma superficial e efêmera, pois a exigência de se trabalhar na tranquilidade do Amor é algo que lhe assombra. 

Você vive correndo, mas não sabe para onde. Não ver onde pisa, tropeça nos efeitos e atropela sentimentos. Vive atordoado, perturbando-se com facilidade. É fácil viver enganando a si mesmo do que escolher o difícil caminho de ser alguém Verdadeiro. Uma incoerência constante, pois teus pensamentos não correspondem aos atos. 

Mas no caminho, acontece algo e você desperta de um profundo sono. O que aconteceu? 
A Vida ganhou outro sentido, outras cores, outro brilho.

Você continua não sabendo para onde ir, todavia caminha. Com rumo, sem direção, com metas ou distraído, refletindo nas flutuações de seus estados. Talvez, todos nós, sejamos assim:

Uma Metamorfose que ambula por aí, permitindo que todas as mudanças alcancem seus objetivos sem nos apegarmos a elas e seus méritos. Impermanência significa: não permanente, é a arte do não pertencer, pois sabemos que tudo na vida é transitório! O passado é uma história que contamos, o futuro ainda há de ser e resta-nos descobrir que toda impermanência acontece, apenas, no Presente.



6 de agosto de 2015

AMOR INCONDICIONAL


(escrito em junho de 2014- em O Inverno Passado)

Alguns falam
Outros sentem
Escrevo o que me vem
a mente
Olhando as ondas do mar
Esse mar infinito
Algumas se cruzam
Outras nunca se
encontram
A condição não é verdadeira
é humana
Os versos são ondas
Que a chuva
molha
O Incondicional
está na instância de ser
-de ser o todo
-de sentir o todo
não são dois
é um universo de amor
ou não é
Você mente?
-Simplesmente
O simples que sente
-A fusão com o sopro.





4 de agosto de 2015

Lótus

Muitas pessoas acham que o caminho espiritual é só flores e amores...mas não é. Ou é, depende. Se pensarmos em como o mundo funciona, “whatever we resist persists. Quando evitamos o conflito, o conflito aparece na porta. Ignorar os aspectos sombrios da vida é também estagnar. Se você escolhe se conhecer profundamente, penetrar nos segredos do universo humano, você deve se permitir sentir emoções negativas também. A arte, a literatura nos lembra disso muito bem. Nunca entendi minha paixão por Charles Baudelaire, hoje sinto mais clareza no meio da escuridão.


VI

“Ó mentes infantis!

Para não esquecer a coisa capital,
Por toda parte vimos, sem ter procurado,
Do alto até o baixo da escala fatal,
A mostra tediosa do imortal pecado;

A mulher, vil escrava, com orgulho estúpido,
Sem rir a se adorar e se amar sem desgosto;
O homem, glutão tirano, predador e cúpido,
O escravo da escrava e calha sem esgoto;

O carrasco que goza, o mártir que soluça;
A festa que tempera o sangue e o faz olente,
Do poder o veneno que ao déspota aguça,
E esse povo que ama a chibata oprimente;

Várias religiões, semelhantes à nossa,
Todas a escalar o céu; a Santidade,
Como um leito de pluma um suave roçar
Nos pregos e na crina por voluptuosidade;

Os Humanos loquazes, ébrios do saber,
E agora loucos como eram no tempo antigo,
Bradando a Deus, em agonia sempre a arder:
'Ó meu igual, ó mestre meu, eu te maldigo!'.

E os menos tolos, bons amantes da Demência,
Deixando a enorme grei cercada pelo Fado,
E se refugiando no ópio em cópia imensa!
- Tal é do globo inteiro o eterno legado”

( Charles Baudelaire - As Flores do Mal )

As dores nos apontam uma direção para seguir se desenvolvendo, abraçar a Morte é também renascer. Não tenham medo de encarar suas sombras, como a lótus que nasce da lama, é de onde se tira material fértil em direção à luz.






Beijos no coração e

Alguns arranhões nas costas ;)
(aprendi com minha gata, que isso também é amor)

inté ^^

Não seja estupidamente grosso!


Grosseria e sinceridade são duas vias opostas, mas facilmente confundidas. Uma pessoa grossa, bronca, estúpida, acredita cegamente que suas ações são originárias da franqueza. Ela difama o termo “sinceridade” ao tentar justificar a ignorância de seus atos, buscando acobertar a falha de sua natureza interna em uma falsa aparência de espontaneidade! Assim vive uma pessoa bronca, que fere os sentimentos alheios sem necessidade alguma, com o desequilíbrio de suas emoções...

A grosseria é a educação precária da faculdade empática que os seres humanos desenvolvem para conviverem bem entre seus semelhantes. Sem respeito pela diferenças, compreensão das diversidades e acolhimento das divergências, como conviveríamos nas comunidades? Impossível imaginar um mundo dominado pela ignorância e nos momentos atuais, não é pela falta do saber que as pessoas continuam cometendo erros e sim, pela alimentação contínua do EGO. 

A Verdade não surge da falta de conhecimento, pois ela nasce do coração e quando o coração fala, Deus age através de nós. Precisamos remover as algemas que nos prendem a obscuridade das baixas vibrações e sem o trabalho incessante do melhoramento de si com o processo do autoconhecimento, dificilmente sairemos das armadilhas do EGO. 

Todos os seres vivos merecem nossa atenção, merecem o nosso melhor, pois eles fazem parte de nós! 

Diante do Criador, somos todos um! 

Uma Grande Família Universal!

Mas diante do Homem, vivemos e morremos sós...

Que haja mais mãos que agregam do que aquelas que separam...


3 de agosto de 2015

Ingratidão gera Ingratidão!




Já parou para pensar que a Vida não dar aquilo que você quer, mas aquilo que necessita? Desde crianças somos ensinados pelos nossos pais a conviver com o que necessitamos. Nem sempre, era possível ganhar aquilo que pedíamos a eles: brinquedos, passeios, dinheiro. Ou ganhávamos roupas que seriam mais úteis ou não ganhávamos nada. Para muitas famílias, o orçamento não permitia fazer extravagâncias.

Hoje, ao observar uma cena em que o pai dava um livro para a filha que insistia em ganhar lápis de cor, fiquei pensando: "puxa, nem sempre temos aquilo que queremos, mas o que necessitamos..." 

Diante o ocorrido, um insight me veio a mente: "Será que reconhecemos que temos tudo o que é necessário para crescermos e evoluirmos? Será que somos gratos ao Universo pela vida que temos e as oportunidades que surgem para que melhoremos?" 

Vejo muitas pessoas que estampam em suas caras a ingratidão que sentem internamente. São incapazes de agradecer a Vida pela abundância, optando por manter a miserabilidade de seus pensamentos e sentimentos. Vivem se queixando que nada está bom. Estão carregadas de pessimismo e passam noites em claro, assombradas com seus próprios pesadelos. No ato de procrastinar, dão atenções à forças contrárias que só reforçam a precária condição mental que as mantém. Os conflitos, as dúvidas, são originárias da própria confusão interna e do estímulo contínuo dos desequilíbrios que dominam a vida humana! O procrastinador tem dificuldades para entender que se ele quer algo, terá que batalhar para conquistar aquilo que se deseja. Nenhuma realização acontece sem que haja méritos. Mas ele se esquece que toda conquista exige suor e que toda concretização inexiste sem trabalho.

Reclamamos da falta de Amor, da superficialidade das relações humanas, da falta de oportunidades ou da falta de empregos. Reclamamos porque acreditamos que a vida é difícil, o salário é baixo e pelo fato da grama do vizinho ser mais verde. Direcionamos nossas atenções as faltas e enfatizamos o sofrimento, sem olhar para o que já temos! Buda dizia que a raiz da dor humana se encontra em um desejo não realizado e quanto mais se deseja as coisas, mais preso se fica a roda de samsara ou ao ciclo das reencarnações.

Se você quer ter um relacionamento saudável, terá que trabalhar para isso. Se você quer ser mais paciente, tenha certeza que o Universo te mandará situações irritantes! Se você quer receber um salário melhor, terá que se preparar profissionalmente para isso. Se você quer receber Amor dos "outros", terá que doar primeiro, o Amor que já está dentro de você. E tenha em mente que aquilo que volta, é o que VOCÊ  dar ao Outro, a Vida, o Universo!

Ingratidão gera ingratidão. Experimente agradecer a Vida todos os dias e verá como ela se transformará no decorrer desse tempo! Tudo depende, unicamente, de você.



"E Ele disse: Que Haja LUZ!"



2 de agosto de 2015

O Diabo



Ah... Não se enganem. Ele tem uma aparência sedutora! Mexe com os nossos sentidos e se deleita em um mundo de aparências fáceis e deliciosas. O Diabo sabe exatamente o que você quer e por saber desse detalhe, ele te faz refém dos seus próprios desejos! Como tornar um Homem prisioneiro de si mesmo? Cutuque suas necessidades e verá alguém cativo da vida mundana. Contudo... Jamais confie no Diabo. Ele é traiçoeiro, Manipulador, Mesquinho e não medirá esforços para conseguir o que se deseja! Ele não se importa com os meios!

A Alma condena-se a prisão da obsessão. As intenções são destiladas das línguas maldosas. O ciúme corrói lentamente nossos sentidos. A Vaidade impera nas ações inconscientes... O Diabo! Ah... Ele é O Ego. Ele é o nosso lado sombrio, escuro e vazio. Ele está presente no cultivo excessivo das aparências, no gosto pela intriga e se compraz com maledicência! Ele é o nosso lado egoísta, indiferente, seco, obsessivo, fútil!

É difícil não ser seduzido por ele, afinal, o diabo conhece tão bem as artes da manipulação e domínio dos sentidos humanos. Ele é a mão esquerda! E estar presente nesse mundo, é saber que o tempo todo seremos testados a darmos veredito daquilo que acreditamos e dos valores morais que cultivamos!