Um Mergulho...




Continuamos remando nas águas da inconsciência, alheio aos planos interinos que dominam a imensidão do oceano que somos. Os falsos preceitos são como gaiolas… Cativamos nossa própria ignorância ou incompreensão. Não reconhecemos ou não queremos conhecer. É como se a verdade fosse uma luz forte, que nos cegasse completamente, afinal, passamos séculos imersos na escuridão e nossos olhos são sensíveis demais para lidar momentaneamente com a luz da coerência. Momentaneamente… afinal, tudo é transitório.

Desconhecemos as profundezas destas águas. Nadamos apenas pela superfície de nossos sentidos. Navios naufragados, tesouros enterrados no fundo do mar, seres que sobrevivem sem um respingo de luz, são uma alusão do quão irreconhecível é nosso interior…

Ainda que rememos na superfície em direção ao centro, a água agita-se a todo instante e somos levados opostamente para fora da rota… Caímos do barco por descuido e esquecemos que não sabemos nadar. Um mergulho desengonçado. Um último suspiro, até sermos tragados pela correnteza. Onde ela nos levará? Não temos resposta, mas sabemos que ninguém nunca é o mesmo de ontem…

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