Um Estranho Visitante




Sabe aqueles dias que você não está a fim de receber uma visita?
Sabe aqueles dias que sua casa está bagunçada, a dispensa está vazia e que o mundo acordou estranho?

E quando a campainha toca e você corre para atender, acaba-se deparando justamente com aquele visitante que não esperava…

A Tristeza assemelha-se a um estranho visitante.
É alguém que não convidamos.
É o intruso da festa.
Surge e nem avisa.
Aparece e não manda recados.

E essa indesejada visita aparece justos naqueles dias em que o pó de café acaba.

Como atender prontamente alguém que não esperávamos receber?
E se ela reparar seu embaraço ou mesmo a falta do café?
Seria deselegante oferecer apenas um copo com água?

Quando esse estranho visitante chega a vossa casa, não deixe que ele faça sala! Cumprimente-o educadamente. Abrace-o, pois quem sabe, tudo o que a Tristeza necessita é apenas um abraço…

Visitas assim, não costumam demorar. Podem permanecer por alguns minutos, horas… Dias, talvez. E nem vemos sua partida. Vai embora sem se despedir.
Tal como Alegria a Tristeza não tem agenda.
Vive despreocupadamente…
Não marca o momento para aparecer.

Ela deixa marcas nos espaços vazios de folhas que serão preenchidas com versos, prosa e muita poesia.
Inspira as melodias, os poetas, místicos e artistas.

Visitas indesejadas precisam apenas de carinho, atenção. Trate-a com respeito, para que ela não se torne cheia de ressentimentos.

É só abrir o coração, ouvir suas palavras e mesmo que ela não diga nada, participe desse silêncio compartilhando sua gentil presença. Tenha a certeza: a Tristeza sempre nos ensina algo.

E um dia ela vai, irá embora e não mandará cartas. Simplesmente partirá, deixando a porta aberta… E outras visitas irão aparecer. E elas irão lhe ensinar a agradecer pela estranha visita que a Tristeza fez outrora!

Só valorizamos a graça da Alegria quando conhecemos as lágrimas da tristeza…

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