26 de fevereiro de 2015

Não enterre seus talentos...



"O que fizestes com os talentos que lhe confieis?”

Vejo muitas pessoas enterrarem seus talentos. Muitas fecham seus olhos para suas reais potencialidades e sequer percebem a preciosidade que existem dentro delas.

A verdade é que todos nós temos medo, todos nós nos desconhecemos por completo.

Temos medo de arriscar, pois o comodismo instalado em nossas almas é mais interessante. Temos medo de “mudar”, pois pau que nasce torto morre torto. Temos medo de falhar, pois somos constantemente cobrados a sermos “perfeitos” e a seguirmos os padrões impostos pelo sistema. Somos cobrados a sermos aquilo que não somos. Somos cobrados pelos outros a percorrer um caminho contrário à nossa Verdadeira Vontade. 

Mas o que é Verdadeira Vontade se estamos tão agarrados aos valores mundanos e a crítica ferrenha da opinião alheia? Tampamos nossos ouvidos e relegamos nossa voz interior. Passamos a sermos reflexos do que o outro diz sobre nós. Escondemos nossa criança interior, murchamos e por fim, enterramos nossos verdadeiros talentos. Tornamo-nos árvores que não produzem frutos, pois vale mais agradar o outro do que a si mesmo. Nossa alma enfraquece desconhecendo o verdadeiro propósito que a fez estar, hoje, aqui. Nos tornamos céticos a tudo e críticos assíduos da conduta moral. Montamos esquemas mirabolantes tentando encaixar as pessoas a esses padrões cientificamente comprovados, mas que não chegam a desvendar 1/3 da nossa verdadeira potencialidade, como seres humanos. Somos originalmente incríveis, cada um com suas potencialidades a serem desenvolvidas e sua própria individualidade cósmica, mas não acreditamos nisso, pois precisamos de imagens para espelhar o que não somos. Ninguém, diz: seja você mesmo! Todos falam: Seja como Jesus, seja como Krishna, seja como Buda, seja como Madre Teresa, mas ninguém diz: seja você mesmo! E o que é ser você mesmo? Apenas você é que saberá me dizer! Não deixe que os outros lhe digam o contrário e nem que suas feridas o tornem aquilo que você não é.

Muitos enterram seus talentos por medo. Mas o medo também nos traz a coragem! O medo pode nos impulsionar para que arrisquemos mais a corrermos atrás de nossos sonhos. O medo pode ser construtivamente bem empregado na realização de nossa Verdadeira Vontade ou Lenda Pessoal. O medo pode fazer com que confrontemos as ilusões alimentadas pelo nosso ego, desconstruindo todas as fantasias que rodeiam nossa real essência. O medo nos traz a coragem, pois vale a pena morrer tentando realizar seus sonhos, do que morrer sem nunca ao menos ter tentado.

Assim, não teremos medo de falhar, pois saberemos que o erro é um gerador de aprendizados importantes para nossa evolução. Ouviremos mais a voz do nosso “eu interior”, respeitando o que o outro tem a nos dizer, mas que aquilo que o outro nos diz possa antes passar por uma filtragem, separando tudo aquilo que é destrutivo e mantendo apenas o que é produtivo para nós!

Lembre-se o essencial é invisível aos olhos. 

Não enterre seus talentos, pois onde estiver seu tesouro, ai estará seu coração!


Mude! Renove! Transforme!




As mudanças que planejamos no ano passado e não colocamos em prática, podem ser trabalhadas agora. Ainda dá tempo! A única coisa que não recriamos, são as oportunidades perdidas, afinal, algumas sortes só batem uma vez na porta. Contudo, não estamos aqui para chorar sob o leite derramado, pela oportunidade que escapou ou por tudo aquilo que era para ser feito e não fizemos. 

Cada dia é um novo dia. Nem todas as manhãs e nem todas as noites são iguais. Cada Amanhecer traz consigo novas oportunidades e estende no infinito azul todas as possibilidades de Ser e do Ser. 


Por isso, não gaste tempo pensando no que poderia ter sido feito e não o fez, invista sua energia no que você pode fazer agora! Somente o Presente faz, movimenta, transforma, acontece, vive e é! Permita-se fazer parte dessa Grande Obra. Olhe para o horizonte e veja que no teu mundo, as Estrelas, o Céu, o Sol, a Lua, as Nuvens, as Árvores, os Animais fazem parte dele! Tudo é uma coisa só! E o Amor é aquilo que une as criaturas, os caminhos e os destinos, pois todos se direcionam ao ascender de suas centelhas divinas! Todos se direcionam a LUZ!

No Amanhecer...



"A noite termina com cada amanhecer. As trevas se dissipam e a luz do sol torna-se mais forte em nossos viveres. 

Não há mal que dure para sempre. A tristeza, a dor e o sofrimento desaguam no oceano da experiência. O Rio da Vida segue seu percurso, inabalavelmente, transpondo os obstáculos inerentes ao caminho até chegar as águas da sabedoria. 

Nenhum mérito chega até nós, sem que haja esforço, dedicação e resiliência. Todos são guerreiros da Luz. A luta é diária para aquele que está disposto a enfrentar o bom combate.

A alvorada traz consigo os ventos do recomeço. No horizonte, o infinito azul estende as possibilidades de Ser e do Ser, bastando acender, essa Luz que adormece dentro de si. Todo homem e toda mulher, é uma estrela!"

Amadurecer?



Acabei de ler uma matéria numa revista de psicologia, que fala justamente do ser “responsável” pela consequência de seus atos, demonstrando ser um sinal de amadurecimento emocional. Entretanto, nem todos possuem consciência do mal que suas atitudes causam tanto aos outros como a si próprio. Relegamos muitas vezes, o direito que nós temos para desenvolver nossos potenciais de forma saudável, presos à velhos hábitos e resistentes como uma rocha a prenuncia de mudanças significativas.

Não estamos preparados, é óbvio. Contudo, somos constantemente cobrados a ter em troca do ser.

Aprisionaram nosso gosto pela simplicidade, já se foram os tempos que conversávamos na calçada, brincávamos na chuva ou de irmos no vizinho, com uma xícara na mão, pedir um pouco de açúcar porque era tarde demais para ir na quitanda. Não subimos mais em árvores e nem corremos mais descalços. 

Estamos cansados demais. Estamos tão cansados, que é mais fácil passar horas conversando com alguém “virtualmente”, do que trocar duas palavras com quem está ao seu lado…Não aceitamos as diferenças, pois todos tem um papel a assumir no nosso palco interior, alimentado mesquinhamente por superficialidades, generalizações e rótulos, rótulos e mais rótulos. 

O que é, ô ser digno de piedade que escarnece na autocomiseração, ser responsável pelas próprias atitudes se não estamos totalmente prontos para assumir o tamanho da nossa mesquinhez perante ao mundo?

Sempre projetamos a falha que existe em nós no outro, esquecendo-se que a nossa sombra é muito maior quando tentamos reluzir um brilho que não é nosso. E por debaixo desse “brilho”, o que vemos são faces enferrujadas, carecidas de um espontâneo sorriso, cujo olhares transmite o mais inóspito desespero...

É nessas horas que a “esperança” se esvai e me vejo sozinho no mais completo isolamento, silenciado por uma angústia que me abraça amigavelmente, fazendo-me sentir responsável pelo peso que carrego… Mas isso é momentâneo e por algumas horas, me permito estar assim…

Letargia




Esta alegria prostra-se em deleite finito.
A escória se diverte em escassas dobraduras,
Refém de seus ínfimos caprichos.

Pairam no ar, esquecidos deveres.
No ápice da inglória
Que há de compadecer aos louvores,
Desta insensata vitória.

Irredutível é a coragem (entretanto)
Que ressurge no brilho deste olhar
Misteriosa é esta vontade…
Que padece, renasce e continua a nos alimentar…

Contos para aquecer o coração


Conta-se que, em algum lugar da China, havia um sábio ancião que decidia questões conjugais. Era ele quem abençoava os casais que queriam se unir e orientava os que estavam se desentendendo, dizendo-lhes se deveriam ou não se separar.

Certa vez, o ancião foi procurado por dois jovens a quem havia abençoado alguns anos antes e que agora falavam em separação. O sábio, percebendo que os dois se amavam, não viu motivos para que desfizessem a união, mas não conseguia convencê-los disso.

Então, presenteou-os com uma planta e disse: “Essa é uma planta muito sensível. Vocês devem deixá-la na sala e, quando ela morrer, poderão se separar”.

Assim foi feito: o casal colocou a planta no centro da sala e ficou aguardando “ansiosamente” a sua morte.

Certa madrugada, ambos se flagraram com regadores em punho, cuidando da planta. Naquele dia, amaram-se como nunca.
 

Um Mergulho...




Continuamos remando nas águas da inconsciência, alheio aos planos interinos que dominam a imensidão do oceano que somos. Os falsos preceitos são como gaiolas… Cativamos nossa própria ignorância ou incompreensão. Não reconhecemos ou não queremos conhecer. É como se a verdade fosse uma luz forte, que nos cegasse completamente, afinal, passamos séculos imersos na escuridão e nossos olhos são sensíveis demais para lidar momentaneamente com a luz da coerência. Momentaneamente… afinal, tudo é transitório.

Desconhecemos as profundezas destas águas. Nadamos apenas pela superfície de nossos sentidos. Navios naufragados, tesouros enterrados no fundo do mar, seres que sobrevivem sem um respingo de luz, são uma alusão do quão irreconhecível é nosso interior…

Ainda que rememos na superfície em direção ao centro, a água agita-se a todo instante e somos levados opostamente para fora da rota… Caímos do barco por descuido e esquecemos que não sabemos nadar. Um mergulho desengonçado. Um último suspiro, até sermos tragados pela correnteza. Onde ela nos levará? Não temos resposta, mas sabemos que ninguém nunca é o mesmo de ontem…

Um Estranho Visitante




Sabe aqueles dias que você não está a fim de receber uma visita?
Sabe aqueles dias que sua casa está bagunçada, a dispensa está vazia e que o mundo acordou estranho?

E quando a campainha toca e você corre para atender, acaba-se deparando justamente com aquele visitante que não esperava…

A Tristeza assemelha-se a um estranho visitante.
É alguém que não convidamos.
É o intruso da festa.
Surge e nem avisa.
Aparece e não manda recados.

E essa indesejada visita aparece justos naqueles dias em que o pó de café acaba.

Como atender prontamente alguém que não esperávamos receber?
E se ela reparar seu embaraço ou mesmo a falta do café?
Seria deselegante oferecer apenas um copo com água?

Quando esse estranho visitante chega a vossa casa, não deixe que ele faça sala! Cumprimente-o educadamente. Abrace-o, pois quem sabe, tudo o que a Tristeza necessita é apenas um abraço…

Visitas assim, não costumam demorar. Podem permanecer por alguns minutos, horas… Dias, talvez. E nem vemos sua partida. Vai embora sem se despedir.
Tal como Alegria a Tristeza não tem agenda.
Vive despreocupadamente…
Não marca o momento para aparecer.

Ela deixa marcas nos espaços vazios de folhas que serão preenchidas com versos, prosa e muita poesia.
Inspira as melodias, os poetas, místicos e artistas.

Visitas indesejadas precisam apenas de carinho, atenção. Trate-a com respeito, para que ela não se torne cheia de ressentimentos.

É só abrir o coração, ouvir suas palavras e mesmo que ela não diga nada, participe desse silêncio compartilhando sua gentil presença. Tenha a certeza: a Tristeza sempre nos ensina algo.

E um dia ela vai, irá embora e não mandará cartas. Simplesmente partirá, deixando a porta aberta… E outras visitas irão aparecer. E elas irão lhe ensinar a agradecer pela estranha visita que a Tristeza fez outrora!

Só valorizamos a graça da Alegria quando conhecemos as lágrimas da tristeza…

Chuva!




A garota não entendia muito bem o que estava acontecendo com ela. A chuva que caia sobre a terra, lavava misteriosamente seus pecados e um força inacreditável brotava da parte mais profunda de seu SER. Ela estava em um momento de transe. Seus sentimentos ganharam força e O Universo manifestava-se em seu íntimo. Palavras surgiam de seus lábios, formando algo que mais parecia uma prece:

“Que Deus abençoe os corações corajosos que correm riscos por vivenciarem seus mais caros sonhos!

Que Deus abençoe os corações espirituosos que encontram nos sorrisos a graça, a leveza e a espontaneidade para levar a todos àqueles que os rodeiam as maravilhas da vida.

Que Deus abençoe os corações artísticos que transformam com suas artes o mundo em um lugar mais belo!

Que Deus abençoe os corações consoladores que levam paz, esperança e serenidade onde há angústia, tristeza e desolação!

Que Deus abençoe os corações trabalhadores que se encontram debaixo do sol, lutando para levarem sustento às suas famílias.

Que Deus abençoe os corações repletos de boa vontade para fazerem as mudanças necessárias no Mundo usando uma única arma: o Amor!”

Aos meus Leitores...




O que dizer? Não encontro as palavras certas para demonstrar toda a gratidão que estou sentindo por essas visualizações que o site Fragmentos de Meu Ser alcançou! 50.000 Mil! É muita coisa! Coisa até demais! Coisa que eu nem imaginava que seria possível! Mas ta aí! Números comprovam! 

Acredito que esse é o resultado do esforço que tenho, quando consigo extrair uma reflexão a respeito da VIDA. Fico mais feliz ainda, quando descubro que essa reflexão ajuda outra pessoa a refletir sobre sua própria existência. 

Muito Obrigada, meus Leitores!  Isso tudo não seria possível sem as visitas de vocês!!! 

À vocês, meus sinceros agradecimentos! E aguardem! O Site passará por algumas transformações! Teremos mais dois convidados que estarão, em breve, postando seus textos, pensamentos e reflexões! 

O Objetivo do Fragmentos de Meu Ser continua o mesmo: levar a cada leitor, um momento de reflexão e apresentar os mais diversos caminhos que o indivíduo possui para se auto-conhecer! Afinal, "Conhece-te a ti mesmo e conhecerá os Deuses e o Universo!"

Abraços! Muito Obrigada! Namastê! E Vida Longa ao Site! E quem sabe? Pode ser que até final de 2015, cheguemos a marca dos 100.000!

22 de fevereiro de 2015

Aprendizado da Semana - Leis Universais




Uma das leis incontestáveis que rege o Universo, sem dúvidas, é a Lei de Causa e Efeito, Ação e Reação.

De um modo simples e resumido, a Lei é o seguinte: Todo Efeito advém de uma causa primária. Nada que acontece na sua vida, acontece meramente por Acaso. Todos estão sujeitos a colherem no Presente o que semearam no pretérito e nem sempre a colheita é algo bom, pois vai depender muito do que você andou plantando durante sua jornada evolutiva, em vidas passadas ou na vida atual. Nas tradições budistas e hinduístas, é o usado o termo "Carma" para se referir a Lei de Causa e Efeito, Ação e Reação. A palavra Carma em sânscrito, significa Ação ou "ato deliberado".

Toda ação que você produzir irá gerar uma Reação contrária a ela. Essa ação não se limita apenas as atitudes, mas engloba pensamentos e desejos enraizados que se tornaram um hábito e hoje, precisam ser superadas.

O carma é neutro. Ele pode ser algo relativamente bom ou ruim, embora muitos experimentem seu lado negativo. O Carma não é algo estático ou imutável. Ele está sempre ativo no AGORA. Movimenta-se no presente, nos mostrando que tudo aquilo que fazemos, gerará consequências posteriormente e põe para ser trabalhado aquilo que foi feito no passado, como forma de resgate ou depuração. As consequências de nossos atos podem ser observadas na decorrência de uma hora, um dia, dez anos ou uma vida totalmente diferente.

Compreender o conceito do Carma pode nos auxiliar a lidarmos com essa Lei de forma construtiva, oferecendo a oportunidade de trabalhar nossos potenciais mais sublimes e dominar as lições cármicas.

O propósito do Carma é justamente orientar você para o crescimento, o aprendizado e a evolução. Perceber a sutilidade da Providência como uma benção, em vez de punição, para se trabalhar uma lição importante para seu espírito, é acertar os passos na própria caminhada evolutiva.



Cada um, é totalmente responsável pela vida que têm. Você é totalmente responsável por tudo aquilo que acontece na sua vida! Você atrai determinadas situações para seu aprendizado! As Leis Universais e sua Veracidade são incontestáveis! E elas continuaram agindo na sua vida independente da sua crença. 

Às vezes, ao enfrentarmos uma situação desagradável, não imaginamos sequer, que fomos os principais criadores daquela realidade enfrentada. Evitamos encarar os fatos e buscamos culpados para nos isentar da responsabilidade que possuímos diante as consequências geradas por nossos atos. Encontrar culpados, não resolve o caso e tampouco poderá ajudar você a desenvolver um senso de responsabilidade moral. Na nossa atual condição evolutiva, é muito difícil admitir que erramos ou mesmo assumir a responsabilidade por nossos atos, devido ao Orgulho que é nutrido pela criatura. Mas, e quando esse "erro" machuca outra pessoa?
E quando nossas atitudes fere o sentimento alheio? Muitos preferem se esconder por trás da insensibilidade, evitando-se olhar para as próprias ações e perceber nelas o algoz da simpatia. Por outro lado, determinadas pessoas não nos machucam porque elas querem, mas porque suas consciências estão tão limitadas a olharem para si mesmas, sendo incapazes de perceber que suas ações ferem o próximo.   

Se você estiver diante de uma situação em que as atitudes do seu irmão são totalmente incoerentes, desconexas, ferindo irracionalmente aqueles que estão ao seu redor, apenas observe. Tente compreender as razões que o levaram a vivenciar tais circunstâncias e veja nessa situação uma oportunidade para expandir sua mente ou trabalhar sua Empatia. O simples ato de nos colocarmos no lugar dos outros, evita muitos desastres... ou mesmo o próprio Carma!

Lembre-se, você atrai tudo aquilo que acontece na sua vida e se as coisas que você está atraindo, não são o que aquilo espera da Vida, preste atenção nos próprios Atos, Pensamentos e Desejos. A chave está aí. É hora de se permitir e acessar teu próprio repositório de sabedoria! Há muita riqueza interior, basta acessá-la! 



Somos consciência pura. Somos seres de Luz! Fazemos parte desse maravilhoso Universo de possibilidades e o Universo faz parte de nós, mostrando a maravilha de suas Leis. 

Quem sintoniza com a tristeza, desequilibra o próprio Corpo Energético. Quem alimenta o sentimento de raiva, desconhece a liberdade do Perdão. Quem cultiva pensamentos destrutivos, jamais conseguirá perceber o Milagre da Vida e que Ele acontece todos os dias! Sim! Todos os dias Deus nos dar a oportunidade para que façamos a diferença em nossas vidas. Todos os dias é dado a oportunidade para mudarmos tudo aquilo que desagrada na nossa própria existência. São os instantes mágicos, instantes transformadores. Mas... Se esse instante for embora? Quantos anos, séculos ou milênios, serão necessários para reconstruir um Instante? Ouça o Chamado! Desperte! Não deixe que esses instantes passem despercebidos. Abra teu coração e perceba os sinais! Celebre a Vida, pois a Existência te convida a celebrar com ela, todos os dias! 

Faça parte dessa festa Celestial, pois todo o Cosmo vibra em uma única sintonia: Amor. É só limpar os ouvidos e curtir toda essa dança mística que o Universo realiza diariamente.

E o que precisa ser celebrado, relembrado, eternizado? O que será guardado nos corações daqueles que tocamos e qual é a lembrança nossa que permanecerá viva em suas almas? Prefira colecionar Sorrisos, pois isso, é o que realmente vale: a Graça de estar Vivo e encontrar corações que simpatizem com o seu! 

ateh malkuth ve-geburah ve-gedulah le olam amen

21 de fevereiro de 2015

Vampiro [Nosso Lar]



Eram vinte e uma horas. Ainda não havíamos descansado, senão em momentos de palestra rápida, necessária à solução de problemas espirituais.
Aqui, um doente pedia alívio; ali, outro necessitava passes de reconforto.
Quando fomos atender a dois enfermos, no Pavilhão 11, escutei gritaria próxima. Fiz instintivo movimento de aproximação, mas Narcisa deteve-me, atenciosa:
- Não prossiga - disse -; localizam-se ali os desequilibrados do sexo. O quadro seria extremamente doloroso para seus olhos. Guarde essa emoção para mais tarde.
Não insisti. Entretanto, fervilhavam-me no cérebro mil interrogações.

Abrira-se um mundo novo à minha pesquisa intelectual. Era indispensável recordar o conselho da genitora de Lísias, a cada momento, para não me desviar da obrigação justa.
Logo após às vinte e uma horas, chegou alguém dos fundos do enorme parque. Era um homenzinho de semblante singular, evidenciando a condição de trabalhador humilde. Narcisa recebeu-o com gentileza, perguntando:
- Que há, Justino? Qual é a sua mensagem?

O operário, que integrava o corpo de sentinelas das Câmaras de Retificação, respondeu, aflito:
- Venho participar que uma infeliz mulher está pedindo socorro, no grande portão que dá para os campos de cultura. Creio tenha passado despercebida aos vigilantes das primeiras linhas.
- E por que não a atendeu? - interrogou a enfermeira.
O servidor fez um gesto de escrúpulo e explicou:
- Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, porque a pobrezinha está rodeada de pontos negros.
- Que me diz? - revidou Narcisa, assustada.
- Sim, senhora.
- Então, o caso é muito grave.

Curioso, segui a enfermeira, através do campo enluarado. A distância não era pequena. Lado a lado, via-se o arvoredo tranqüilo do parque muito extenso, agitado pelo vento caricioso. Havíamos percorrido mais de um quilômetro, quando atingimos a grande cancela a que se referira o trabalhador.
Deparou-se-nos, então, a miserável figura da mulher que implorava socorro do outro lado. Nada vi, senão o vulto da infeliz, coberta de andrajos, rosto horrendo e pernas em chaga viva; mas Narcisa parecia divisar outros detalhes, imperceptíveis ao meu olhar, dado o assombro que estampou na fisionomia, ordinariamente calma.
- Filhos de Deus - bradou a mendiga ao avistar-nos -, dai-me abrigo à alma cansada! Onde está o paraíso dos eleitos, para que eu possa fruir a paz desejada.

Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua vez, mostrava-se comovida, mas falou em tom confidencial:
- Não está vendo os pontos negros?
- Não - respondi.
- Sua visão espiritual ainda não está suficientemente educada.
E, depois de ligeira pausa, continuou:
- Se estivesse em minhas mãos, abriria imediatamente a nossa porta; mas, quando se trata de criaturas nestas condições, nada posso resolver por mim mesma. Preciso recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço. Assim dizendo, aproximou-se da infeliz e informou, em tom fraterno:
- Faça o obséquio de esperar alguns minutos.

Voltamos apressadamente ao interior. Pela primeira vez, entrei em contacto com o diretor das sentinelas das Câmaras de Retificação. Narcisa apresentou-me e notificou-lhe a ocorrência. Ele esboçou um gesto significativo e ajuntou:
- Fez muito bem, comunicando-me o fato. Vamos até lá.
Dirigimo-nos os três para o local indicado.
Chegados à cancela, o Irmão Paulo, orientador dos vigilantes, examinou atentamente a recém-chegada do Umbral, e disse:
- Esta mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro. Trata-se de um dos mais fortes vampiros que tenho visto até hoje. É preciso entregá-la à própria sorte.

Senti-me escandalizado. Não seria faltar aos deveres cristãos abandonar aquela sofredora ao azar do caminho? Narcisa, que me pareceu compartilhar da mesma impressão, adiantou-se suplicante:
- Mas, Irmão Paulo, não há um meio de acolhermos essa miserável criatura nas Câmaras? - Permitir essa providência - esclareceu ele -, seria trair minha função de vigilante.

E indicando a mendiga que esperava a decisão, a gritar impaciente, exclamou para a enfermeira:
- Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?
Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente.
- Pois vejo mais - respondeu o Vigilante-Chefe.
Baixando o tom de voz, recomendou:
- Conte as manchas pretas.
Narcisa fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes:
- Cinqüenta e oito.

O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor, explicou:
- Esses pontos escuros representam cinqüenta e oito crianças assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia. Essa desventurada criatura foi profissional de ginecologia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homicidas, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto.

Recordei, assombrado, os processos da medicina, em que muitas vezes enxergara, de perto, a necessidade da eliminação de nascituros para salvar o organismo materno, nas ocasiões perigosas; mas, lendo-me o pensamento, o Irmão Paulo acrescentou:
- Não falo aqui de providências legítimas, que constituem aspectos das provações redentoras, refiro-me ao crime de assassinar os que começam a trajetória na experiência terrestre, com o direito sublime da vida.

Demonstrando a sensibilidade das almas nobres, Narcisa rogou:
- Irmão Paulo, também eu já errei muito no passado. Atendamos a esta desventurada. Se me permite, eu lhe dispensarei cuidados especiais.
- Reconheço, minha amiga - respondeu o diretor da vigilância, impressionando pela sinceridade -, que todos somos espíritos endividados; entretanto, temos a nosso favor o reconhecimento das próprias fraquezas e a boa-vontade de resgatar nossos débitos; mas esta criatura, por agora, nada deseja senão perturbar quem trabalha. Os que trazem os sentimentos calejados na hipocrisia emitem forças destrutivas. Para que nos serve aqui um serviço de vigilância?

E, sorrindo expressivamente, exclamou:
- Busquemos a prova.
O Vigilante-Chefe aproximou-se, então, da pedinte e perguntou:
- Que deseja a irmã, do nosso concurso fraterno?
- Socorro! socorro! socorro!... - respondeu lacrimosa.
- Mas, minha amiga - ponderou acertadamente -, é preciso sabermos aceitar o sofrimento retificador.
Por que razão tantas vezes cortou a vida a entezinhos frágeis, que iam à luta com a permissão de Deus?
Ouvindo-o, inquieta, ela exibiu terrível carantonha de ódio e bradou:
- Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranqüila, canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura...
- Não é isso que se observa na fotografia viva dos seus pensamentos e atos. Creio que a irmã ainda não recebeu, nem mesmo o benefício do remorso. Quando abrir sua alma às bênçãos de Deus, reconhecendo as necessidades próprias, então, volte até aqui.
Irada, respondeu a interlocutora:
- Demônio! Feiticeiro! Sequaz de Satã!... Não voltarei jamais!...
Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar.
Assumindo atitude ainda mais firme, falou o Vigilante-Chefe com autoridade:
- Faça, então, o favor de retirar-se. Não temos aqui o céu que deseja. Estamos numa casa de trabalho, onde os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade.
A mendiga objetou atrevidamente:
- Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras.
E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera, perdeu o aspecto de enferma ambulante, retirando-se a passo firme, como quem permanece absolutamente senhor de si.
Acompanhou-a o Irmão Paulo com o olhar, durante longos minutos, e, voltando-se para nós, acrescentou:
- Observaram o Vampiro? Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é profundamente má e afirma-se boa e pura; sofre desesperadamente e alega tranqüilidade; criou um inferno para si própria e assevera que está procurando o céu.

Ante o silêncio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-Chefe rematou:
- É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más aparências. Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.

Trecho extraído da obra Nosso Lar de Chico Xavier pelo espírito de André Luiz

18 de fevereiro de 2015

Horizontes!


É... Eu ainda não aprendi muito bem a lidar com mudanças. Sei que elas são necessárias, pois toda mudança movimenta a vida,  mas parte de mim é inflexível e não sabe lidar muito bem com isso. Se eu pudesse escolher, alimentaria meu lado egoísta, mantendo ao meu lado, aqueles que amo. Contudo, não estaria respeitando o livre arbítrio deles e todo Amor que ousa aprisionar, não é Amor.

O Amor Liberta! Reintegra as partes e nos traz a Totalidade!

Ainda que em um canto de minha alma, meu coração se entristece, não irei dizer Adeus, direi: Até Logo, pois sei que você e eu iremos nos encontrar novamente!

Meu Amigo, mesmo distante, estarei contigo! Lembra: Importei você para dentro do meu coração. Quando se sentir sozinho, olhe para o céu, procure a primeira Estrela e me encontrará entre elas. Somos poeirinhas do Cosmo e mesmo acreditando estarmos perdidos nessa imensidão, não estamos desamparados, nunca estaremos sós!

Somos parte desse Todo e o Todo é o Um. 

Somos o Ar, a Terra, o Fogo e Água. 

O Corpo, a Mente e o Espírito 

O Yin e o Yang.

Uno. 



15 de fevereiro de 2015

Intimidade


Quero escrever sobre intimidade, sem sermos íntimos um do outro, meu caro leitor. E nesse distanciamento que há entre nós, creio que se identificará com as próximas linhas.  

Nenhuma intimidade entre o casal é feita para ser exposta. Ela não pode virar conversa na mesa de um bar ou estar na roda de amigos, senão o romance farda-se ao descaso.

A Intimidade de um casal não pode sair pela porta da frente ou muito menos, sair de casa. Ninguém precisa saber o que você fez na noite passada ou mesmo o que rolou entre quatro paredes, pois o que aconteceu entre duas pessoas, tem que ficar guardado a sete chaves. 
Intimidade não é um jornal que conta tudo nos mínimos detalhes. E se você expõe o seu parceiro dessa forma, a confiança se esvai sorrateiramente e a magia de ter um Universo criado pelos dois, desmorona-se pela falta do cuidado.  

Vantagens ou desvantagens não podem ser levadas para fora de uma relação. A não ser que os parceiros sejam sócios e estão discutindo seus investimentos. Mas parceria não é um negócio criado à base de interesses e a Intimidade vai além das aparências, pois não usa máscaras.

Intimidade não é uma via pública, mas dupla. Só acontece entre duas pessoas e se acrescentar três ou quatro, vira outra coisa e não é sobre orgia que esse texto vai falar.  

Pra ser íntimo de alguém, você terá que ir além das noites de sexo casual e saiba que uma noite não é o suficiente para se criar intimidade! Ela se encontra na cumplicidade, no companheirismo ou na camaradagem que existem e devem existir entre o casal.

Intimidade deleita-se no cuidado com a rotina, no zelo ou respeito que devem existir entre parceiros.
Ela não vaza de quatro paredes ou extrapola os limites do mundo criado por aquele que ama e é amado. 

Intimidade não precisa de palavras, não tem pressa, espera o tempo certo.

Intimidade é um presente e o presente é a confiança conquistada dia-a-dia, passo-a-passo. 

Intimidade é cuidar daquela pessoa que está do seu lado e lutar para preservar a Alegria de chegar em casa, e ser acolhido nos dias de cansaço, pelo sorriso que desarma qualquer estresse diário...

A intimidade não se cria ou se faz sozinha. Precisa se fortificar no abraço, precisa de beijos desregrados ou horas a fio de conversas pelo telefone. 

Intimidade é um laço. Aperta-se os nó frouxos, mas não sufoca. É querer estar amarrado por escolha e amar a escolha que se faz todos os dias de estar ao lado daquela pessoa.  

Intimidade é saber que aquele Universo foi criado por vocês dois. E que mesmo distante da pessoa amada, sua presença é constante, fazendo vigília em seus pensamentos ou morando em seu coração. 

Intimidade é deixar que o outro abra a porta com a chave que você deu. E  não ter vergonha de mostrar o que for para ser mostrado. 

Intimidade é sinal de transparência que um casal conquista entre si. É o Amor que escolheu acolher-se debaixo do edredom para curtir um filme com direito a guaraná e pipoca em plena segunda de folga!


Intimidade é escolher estar Dentro, quando se poderia estar fora... 

Intimidade é escolher ser acolhido pelo Amor
ao invés de se refugiar na solidão.


      


2 de fevereiro de 2015

Reflexões de Fevereiro (O Amor É)




Seria tão bom se vivêssemos nossas vidas sem ferir o próximo com nossas escolhas. Quantos sonhos não foram desfeitos, quantos sorrisos não foram despedaçados? Queria viver em um lugar sem que o meu Eu pudesse magoar o outro. Mas será que a decepção não se origina das expectativas que o outro deposita em nós e que fomos incapazes de corresponder aquilo que esperavam que nós fizéssemos?

Nem sempre o que se deseja pode ser o correto para nós. Nem sempre a pessoa que queremos é a pessoa certa para nós. É de longe que observamos melhor o que nos levaram a vivenciar tais fatos. Só aprendemos algo com a situação que vivemos quando o nosso ponto de referência muda. Mas agora... É passado. O Passado não existe. É uma ilusão. Temos que aprender a fechar corretamente nossos ciclos. Agradecer pelos ensinamentos contidos nele e se abrir para o próximo sem qualquer ligação com mágoas, ressentimentos ou dor. Quem se apega ao pretérito, perde os segundos do presente e não consegue perceber o Milagre que pulsa do Aqui e do Agora. 

Só os Loucos brincam na chuva, correm seus riscos e vivem intensamente cada minuto de suas vidas. 





Há um sorriso que eu gostaria de protegê-lo. 

Há um momento que quero eternizá-lo. 

Há uma pessoa que me faz desejar profundamente meu envelhecer ao seu lado... 

Há uma pessoa que faz com que cada minuto seja extremamente importante!


Sinto que finalmente encontrei aquilo que por muito tempo minha Alma ansiava encontrar. Mas antes de te encontrar, tive que lidar com algumas tempestades. Não foram fáceis assimilar o que determinados momentos queriam me ensinar. Às vezes, nos revoltamos com a chuva por acreditar que ela atrapalha nossos sonhos, molha nossos planejamentos e bagunça a nossa vida. Em dias de chuvas, repare o quão desorientado ficamos. Perdemos o rumo. Esquecemos a rota que estava determinada a segundos atrás. A chuva apaga os rastros, deixando-nos perdidos e sem saber por qual caminho devemos seguir... 

Ah, Chuva. Bendita Chuva! Lava meu corpo, leva os meus pecados com sua água! Como brindar ao lado da mãe natureza o frescor ocasionado pela chuva, o ar renovado que entra em meus pulmões ou o cheiro de terra molhada? 

Experimente o que for para ser experimentado. Sobreviva, amando até mesmo os momentos de Chuvas e celebre verdadeiramente quando sua alma for banhada pelo Sol. 


Não existe conjugação do Verbo Amor. Porque o Amor não é um "Verbo". Ele não pode ser conjugado no pretérito ou mesmo no futuro. Quem diz: "Eu amei fulano e esse amor acabou", na verdade, nunca acendeu essa Centelha em si! Nenhum Amor acaba, porque Ele é Infinito. Não há tempo para o Amor, porque ele transcende as barreiras temporais. Não há verbos. Há Amor. Afinal, Ele é uma constante que está sempre progredindo, evoluindo e buscando alçar vôos maiores do Espírito. Está sempre em movimento, pois o Presente é um intenso mover. Não existe no passado, Não existe no futuro, mas existe no Aqui e no Agora.



O Presente é um Milagre da Vida. 
O Amor é uma Benção do Universo. 
E a Benção é a Cura do Espírito. 


O Amor simplesmente É.