XCVIII

Vendo o meu mundo inteiro
Por uma migalha de amor
Quero aquilo que se situa
Em um lugar acima do que estou

E acima, grande... Lá está!
Tenho que perceber ou tenho que encontrar?
E aqui, onipresente... Onde está?
Temos que dar morada ou tem este um lugar?

E não está distante
Apenas perto demais para ser descoberto
E não é insignificante
Demasiado sublime para se aceitar

Sendo tão precioso
É vendido sem preço
Pegue-o por ser oferecido
Pegue-o por se oferecer

Encontre-o aí na rua
Vê ele dobrar a esquina
Dançando e chorando

Encontre-o aí na rua
Vê ele se perder no horizonte
Chorando... Chorando...

Vês ou não vês?
Aquele que diz que o amor é cego
Continua cego para o amor

Estás vendo?
Ele foi rir o riso dos outros
E sangrar pelas lágrimas tuas

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