Conheci uma garota, melhor,
conheci uma mulher. Tudo bem, na verdade é um mulherão. Ela é graciosa, meiga e
sincera.
Sabe aquela mulher que gosta de
ter controle ou domínio das situações? Sabe aquela mulher que passa a imagem de
poderosa, “beijinho no ombro pro recalque passar longe”? Ela é assim. Tem muita
força, muita garra para conquistar o que desejar.
Por onde passa, arranca suspiros
alheios com todos seus gestos atraentes. Não vejo malícia em seu maneirismo, o
magnetismo dessa dama é algo natural. Ela é naturalmente encantadora, por assim
dizer.
Só que a vejo, sempre travando
uma luta interna. Ela luta contra seus próprios sentimentos. Quer ter controle
das próprias emoções, emoções que nem ela mesma compreende. Dá para ver em seu
interior, um turbilhão de sentimentos que percorrem por todo seu ser,
intensamente.
Ela tem medo de amar alguém e se
perder nesse sentimento. E toda vez que algo assemelhar-se à sua visão
distorcida de amor, bater em sua porta, ela se esconderá, avisará que não está
e que não irá atender essa visita inesperada.
Ela tenta a todo custo se
proteger. Não quer se apaixonar, não quer amar, mas no fundo, eu sei que ela
deseja tão ardentemente quanto eu, amar e ser amada por alguém.
Só que ela sabe, e eu também, que
no encontro do Amor, não tem hora ou lugar para acontecer. Somos pegos
desprevenidos e convidados a arriscar nossa segurança por algo vulnerável, mas
forte o suficiente para fazer-nos crescer. Amar é permitir-se crescer,
melhorar-se como Ser, pois no fruto do Amor, está a semente para nosso
crescimento e não ascenderemos nas sendas evolutivas, se não buscarmos evoluir
com ele.
Um dia ela descobrirá que é Amar
é imprescindível e que é melhor doar nosso Amor que somente abrir as mãos para
recebê-lo.
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