Tenho andado com a mente muito crítica com relação as pessoas, com o mundo e comigo mesma. Críticas, muitas vezes, sem conhecimento de causa e pré-julgamentos embasados na mera opinião fútil de como deveria ser as coisas. São pensamentos ruins, confesso, mas não vou reprimi-los e nem negá-los. Eles simplesmente existem. Isso é sinal que ainda há muito trabalho interior a ser feito.
Só que minha visão a qual nem sempre posso confiar plenamente, me mostra que não sou a única pessoa a possuir pensamentos limitados e distorcidos. Não sou a única a lidar com restrições quanto a ter um olhar mais amplo com relação a vida, um olhar mais empático e humano. Tem muita cabeça fechada no seu quadrado. Tem muito indivíduo preocupado com o próprio umbigo. Tem muita consciência anestesiada com o drink da morte. Tem muita pessoa andando por aí enterrando sonhos alheios e infligindo sofrimento em si e no outro.
Quem despertou sua consciência tem um árduo trabalho para lapidar seu interior, domando o gênio negativo e trazendo do enfrentamento da própria sombra seus verdadeiros potenciais. Não é fácil. Estreito é o caminho que leva a salvação e são poucos os que passam por ele. Uma consciência desperta vai muito além das aparências, não disputa status, não reclama reconhecimento, não procura aplausos. Ultrapassa as críticas pessoais, rompe padrões de pensamento, quebra barreiras impostas pelo preconceito.
Ainda não cheguei neste estágio evolucional. Há muito trabalho a ser feito para expandir esse olhar mais humano, empático. Sempre volto a mesma premissa: não posso mudar o mundo, mas posso mudar o modo como me comporto nele. Não posso mudar as pessoas, mas posso mudar meu modo de lidar com elas. Não posso mudar as leis do universo, mas posso viver a vida respeitando elas. Posso honrar meus antepassados vivendo a vida que me deram com compromisso em buscar sempre o melhor. Honro minha história, honro meu passado, honro meu pai e minha mãe, honro meus princípios. Diante da vida, me curvo. Diante de Deus, me ajoelho. Com o coração aberto, aceito a abundância que existe e agradeço por mais um dia.
