Vemos um indivíduo caminhar em um deserto íngreme, tendo apenas a
lamparina que carrega em uma das mãos para iluminar o caminho. Seus passos são dados com cuidado. Sabe que
não adianta lutar contra o tempo, por isso o torna um grande aliado em sua
jornada interior. As intempéries são contornadas com paciência e sabedoria,
compreendendo que alguns obstáculos só serão superáveis se houver persistência
no caminho certo.
O eremita escolhe uma estrada que poucos passam por ela: "conhecer
a si mesmo". Mergulhar no processo
de autoconhecimento nos ajuda a lidarmos com as fantasias, ilusões, desejos
impetuosos, que cultivamos e nos cegam temporariamente para existência da Luz.
Um indivíduo que não domina os processos da mente, está sujeito a ser dominado
por eles.
O eremita caminha, cuidadosamente, pois sabe que os perigos são muitos e
está ciente da força contrária que faz movimentos para impedi-lo de continuar
seu trajeto.
A única força que o protege é
aquela luz, trêmula, que acendeu dentro de si. Ninguém pisa no reino das
sombras sem haver acendido uma luz dentro de si, para iluminar o caminho.
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