Dualidade (part.2)




O bem e o mal. A noite e o dia. A luz e as trevas. A mentira e a verdade. O certo e o errado. O sim e o não. A ignorância e o conhecimento. O feminino e o masculino. O quente e o frio. A vítima e o algoz. O silêncio e a palavra. O amigo e o inimigo. O religioso e o ateu. O rico e o pobre. A ganância e a simplicidade. O egoísmo e a doação. A perversidade e a inocência. A saúde e a doença. O caos e a ordem. A construção e a destruição. A vida e a morte. 

Qual lado escolher? Lançados, involuntariamente, em dualidades que parecem tão distintas e irreconhecíveis em nós, fingimos desconhecer a origem do "mal no mundo".

O pensamento ocidental ensina que o "mal no mundo" sempre será algo externo e alheio a nós. Elegemos vilões, damos face ao diabo, intitulamos os inimigos das nações. Arranjando alguém para se pôr a culpa, que responsabilidade teríamos pela nossa vida e quem dirá, a do outro?  Apontar os erros alheios é fácil quando se esquece que existem quatro dedos virados para você... Mas insistimos em ignorar que imperfeição percebida no distante e inalcançável, outro, faz parte de si. Defeitos que ignoramos por medo, porque assumir faltas é ficar vulnerável e exposto às próprias feridas...

Quando assumimos um erro, a máscara do orgulho cai. Quando assumimos que não somos perfeitos, não temos a necessidade de cobrar do outro aquilo que não temos para oferecer. Quando ficamos vulneráveis, assumimos com coragem quem realmente somos: o bem, o mal, polaridades necessárias e inseparáveis. Dualidades universais, que na verdade, são uma coisa só.



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