Para meus pais



Por muito tempo vivia questionando meus pais, vivia numa briga interna onde havia juízes e sentenças irreversíveis. E quanto mais eu cobrava uma postura diferente deles, mais conflitos surgiam. Eu queria que eles fossem os pais de minha idealização. Eu não dava-lhes o direito de serem como eram. Eu não aceitava. Eu brigava. Eu gritava. Eu chorava. Vivia apontando seus erros, mostrando-lhe como eram incapazes e imperfeitos para mim. 

Foi numa fase de autodescoberta, numa busca para trabalhar esses conflitos que conheci a Constelação Familiar e a partir do primeiro movimento em querer modificar minha atitude com meus pais que a minha vida mudou completamente. 

Hoje, faço um exercício diário. 

Tento abrir minha mente, busco ser mais flexível e tento aceitar as coisas como elas foram e como elas são. Sem idealizações. Sem projeções. Tudo é como deveria ser. Esse é o exercício diário de aceitar a vida como ela é. Não tem por que eu me meter na relação deles. Isso não é assunto meu. As escolhas que fizeram também não me diz respeito.

A única coisa que tenho que reconhecer é:

Graças a união sagrada dos dois, eu nasci. Meu pai e minha mãe são perfeitos, pois Deus lhes capacitou com a bênção de dar a VIDA e esse é o maior presente que pude receber deles. Ter conhecimento disso basta. Sentir no peito é o suficiente. Eu faço parte dessa vida tão imensa, tão grandiosa. O sentimento de pertencimento brota quando se conhece uma árvore da raiz a folha, do tronco a flor, da terra a seiva, do respeito ao amor; e sente que faz parte desse círculo de transformação e crescimento.

Eu sou capaz, mãe. 
Eu sou capaz, pai.

Gratidão pela vida. 


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