Karma - parte 1



O Karma tem várias definições. Desde o antigo testamento com o famoso: "olho por olho, dente por dente" até o nome emprestado das leis de Newton, "Causa e Efeito", o conceito de Karma traduz perfeitamente o dinamismo da vida em ações que resultam efeitos bons ou ruins. Cada pensamento, palavra, ato e desejo produzem efeitos e o somatório desses efeito determinam a natureza, as condições e as circunstâncias de felicidade ou infelicidade de uma pessoa em sua próxima vida, assim por diante, de encarnação em encarnação. 

A "Lei do Karma" pode soar um tanto rígida, opressiva e autoritária demais, não é mesmo? Mas o indivíduo enquanto encarnado, precisa ter consciência da sua responsabilidade com seu crescimento interior. Ele precisa domar os instintos baixos que o guiam em direção ao detrimento de sua moralidade. Seu objetivo é elevar o seu espírito numa profunda reconexão com a Centelha Divina, transmutando seu próprio karma através de suas ações. 

O conceito de Karma compreende três preceitos básicos:
  • Desejo - nós manifestamos ou criamos o que queremos ou precisamos.
  • Objetivo - o que nós viemos fazer aqui.
  • Graça - uma oferta do nosso Eu superior, que nós não podemos recusar.

O desejo é responsável por criar circunstâncias nas quais nos encontramos. É uma força poderosíssima. Se você deseja uma pessoa, um modo de vida, um hábito; você fará manifestar uma situação que lhe ponha em contato com aquilo que deseja. A manifestação do desejo começa antes da encarnação. É algo que fica gravado na alma através de vidas passadas. Os desejos básicos determinarão a forma física e as condições de vida a não ser que reconheça exatamente o por que de está se encarnando ou as exatas circunstâncias em que vai se encarnar. O desejo pode ser como o inferno também. "Querer algo, desejá-lo o mais intensamente possível, num lugar onde não se tem poder algum para obtê-lo - eis o que deve ser o inferno". Algumas almas são tão obcecadas no desejo de possuir algo que aparentemente está disponível, mas que não se pode obtê-lo; que podem voltar a um novo corpo só para manifestar mais uma vez na terra o relacionamento, o desejo ou sofrimento doentios. 

Nós de fato, obtemos o que desejamos no nível mais profundo, mais subconsciente. O objeto obtido pode ser contrário do que nós desejamos conscientemente. A reprogramação de velhos desejos pode fazer parte do objetivo de nossa vida. 

O objetivo pode ultrapassar o desejo. Representa a razão da nossa encarnação. É vinculado ao plano de vida: as lições que temos de aprender, as reparações que temos de fazer, o potencial que temos que abrochar. A alma tem o objetivo de progredir espiritualmente e o objetivo kármico é um dos veículos da sua evolução. Entretanto, o Eu Egóico também tem um objetivo. Quando esse Eu egoíco é constrangido pelo excesso de desejos, o objetivo espiritual encontra dificuldades para se manifestar. 

A Graça sobrepuja o objetivo quando este não está muito bem desenvolvido. Quando o objetivo principal da vida é dirigido pelo Eu Egóico, é possível que o Eu Superior faça à pessoa uma proposta que ela não pode recusar. A graça opera quando olhamos para trás e pensamos: "Se aquilo não tivesse acontecido... Eu jamais teria... E agora não estaria tão evoluído do ponto de vista espiritual...".
O karma da Graça determina que nas situações em que a pessoa fez tudo o que pode, ela tem a permissão para ir em frente. Não precisa ficar presa em relacionamentos estagnados ou doentios. A graça também lhe permitirá ter acesso às qualidades que você precisa, sendo ela, um talento, um conhecimento ou uma habilidade que você ainda não mereceu para ter, mas da qual precisa no seu atual estágio para o seu crescimento.


Para saber mais, leia: "Quem foi você - Judy Hall"

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