Teu pensamento é quadrado
É linear e redondo
Teu pensamento é geométrico, versátil e preciso
E a isso te dou minha moral
Mas mano o que eles entendem por vulgo
É uma visão superficial do nosso povo
São eles toda a mediocridade que acusam a outros
Multiplicadas por solidões e nenhuma individualidade
São os que acompanham o rebanho
Embora vão ao matadouro
Julgam-se esclarecidos
Apenas por saberem do fim
Cabe ao poeta e não aos profetas
Não só anunciar, mas cantar os sonhos desejados
Não só prometer, mas trazer agora paraíso
Não fazer perder a esperança no pranto, mas continuar a convidar a todos para cantar
E embora a verdade pareça distante
É o fogo que ilumina
Nossas rodas, noites ao luar e música
E nela não há natureza de se esconder
Como que maquinações de alguns eleitos
Mas se adornar e se mostrar bela
Quem há de ser majestade?
Quem há de abrir caminho?
Não já nos fez isso o coração?
O inquieto pedido do âmago da humanidade?
Grita bonito quem gritar agora
Saiam os poetas da reclusão do lar
Preguem e cantem para todos escutarem
Os infinitos tesouros e belezas a se contemplar
Nos jardins, no mundo, em nós...
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