14 de abril de 2016

Subjetividade sentimental




Nada poderá ser como antes. 

Todas as vezes que eu pegava em sua mão, rezava para que este sentimento jamais se esvanecesse. Acreditava que poderia respirar a euforia de todo começo sem imaginar que as escolhas do meio nos direcionariam a contemplar a sua, não esperada, finitude.

O que será que mudou? Agora, seguro estas mãos e olho para olhos que, um dia, me encantaram, mas não vejo o mesmo rapaz por quem me apaixonei e é certo que não sou mais a mesma garota a quem, ele, jurou amor eterno.

O tempo passa e muda todas as coisas, inclusive, a nossa visão sobre o Amor. 

Despida do véu da inocência, me deparo com uma realidade crua, vazia e inóspita, totalmente em contraste aos sonhos que me constrói por dentro. Enfrento o esvaimento de si na entrega absoluta do que não tenho, mas que acredito possuir. Sou obrigada a encarar a dor do crescimento e todas as mudanças que surgem quando não desejo mudar, absolutamente, nada. Transformações inevitáveis ocorrem a todo momento. Momento, este, que me foge entre os dedos e diante ao relógio que marca o presente, corro fatigada, para alcançar o futuro, sem largar as correntes que me fazem olhar para o passado. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário