Subjetividade sentimental




Nada poderá ser como antes. 

Todas as vezes que eu pegava em sua mão, rezava para que este sentimento jamais se esvanecesse. Acreditava que poderia respirar a euforia de todo começo sem imaginar que as escolhas do meio nos direcionariam a contemplar a sua, não esperada, finitude.

O que será que mudou? Agora, seguro estas mãos e olho para olhos que, um dia, me encantaram, mas não vejo o mesmo rapaz por quem me apaixonei e é certo que não sou mais a mesma garota a quem, ele, jurou amor eterno.

O tempo passa e muda todas as coisas, inclusive, a nossa visão sobre o Amor. 

Despida do véu da inocência, me deparo com uma realidade crua, vazia e inóspita, totalmente em contraste aos sonhos que me constrói por dentro. Enfrento o esvaimento de si na entrega absoluta do que não tenho, mas que acredito possuir. Sou obrigada a encarar a dor do crescimento e todas as mudanças que surgem quando não desejo mudar, absolutamente, nada. Transformações inevitáveis ocorrem a todo momento. Momento, este, que me foge entre os dedos e diante ao relógio que marca o presente, corro fatigada, para alcançar o futuro, sem largar as correntes que me fazem olhar para o passado. 

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