Excesso, o Chumbo e o Ouro [Reflexão]




Todo excesso é prejudicial. Exceder, significa extrapolar os limites, ir além da conta. Mas todo exagero têm seu preço e ninguém sai da mesa sem pagar o que é devido. Quem nunca quebrou uma regra pré-estabelecida por si, porque a recompensa imediata era mais empolgante que a conquista árdua que se têm ao batalhar por algo? Necessidades imediatas ajudam a trocar o que é essencial pelo o supérfluo. Essência, contudo, é como o ouro; raro, valioso e quando lapidado, sua importância triplica, mas a maioria só está preocupada mesmo em ser como "ouros-dos-tolos". A luz que ambos emitem é facilmente confundida, mas os valores continuam distintos. 

O excesso tem um relacionamento especial com o Vício. Para existirem, ambos precisam se apoiar um no outro.  Mimado em sua ação, o viciado é tentado pelas obscuras intenções que o direcionam para o abismo da dependência de sua "droga" e para o entorpecimento da consciência, transformando-se em um ser apático com dificuldades para interagir com o meio ambiente e que este, quase sempre, está aquém da sua necessidade doentia.

Dizem que um excesso, às vezes, não faz mal. O problema não está na "droga", mas em quem usa determinada ferramenta para fugir da realidade. Fugir é negar aquilo que o seu interior necessita para amadurecer. Sentir o peso da sua responsabilidade pessoal  é ter consciência da sua importância e saber que o trabalho para se lapidar é árduo, contínuo e incessante. Só quando lapidamos nossa pedra interior bruta, é que conseguimos transformar o chumbo do ego no ouro da essência.


"Uma lição sem dor não tem significado. Isso porque as pessoas não conseguem obter nada sem sacrificar alguma coisa. Mas quando elas superam as dificuldades e conseguem o que querem, as pessoas conquistam um coração de aço que não tem troca." - Full Metal Alchemist.

    

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