O Perigo do Relativismo Moral



Nas minhas aulas de Antropologia, nos tempos que eu acreditava em tudo o que professores de Pedagogia diziam, aprendi sobre o relativismo moral e as implicações encontradas nas afirmações daquilo que consideramos certo ou errado sob o ponto de vista ético e moral de cada país.

Conforme desenvolvemos nossas percepções de mundo, temos a plena noção que vivemos em sociedade e que existem limites éticos a serem respeitados por cada indivíduo. Um indivíduo com capacidade plena do discernimento e da lógica, tem bom senso o suficiente para saber o que é melhor para si e como suas atitudes podem ajudar ou prejudicar o outro. Um indivíduo consciente do que é certo e errado, jamais atentaria contra a vida do seu próximo; respeitando cada vida humana mesmo não concordando com as ideias do outro. Um indivíduo consciente, se envergonha quando erra e sabe que pode usar o erro como aprendizado futuro. Mas, aquele que erra e não se envergonha do erro, é sinal que ele está em decadência moral gravíssima.

Ter valores morais não é algo ruim. Os princípios morais existem para dignificar a vida humana. A honestidade, a bondade, o respeito e etc; são valores universais que permitem que os seres humanos construam relações saudáveis.  


Entretanto, quando pegamos a ética e a moral de um povo e aplicamos em outro país totalmente diferente do nosso; será que temos que concordar com as práticas abusivas cometidas as vidas de outros seres humanos nestes países? O Relativismo moral, dava-me a entender que poderíamos afirmar que atrocidades cometidas em países islamitas estavam certas. O relativismo moral, diria que as mulheres na Africa tem seus clítoris removidos para não terem prazer em relações sexuais e que esta pratica está certa sob o ponto de vista cultural. O relativismo moral, mostra que casar com crianças de 9 anos é uma pratica admissível para o países que adotam a Lei Shariah. Será que podemos relativizar a moralidade e permitir que abusos a dignidade humana continuem sendo praticados em outros povos? Por que os debates existentes nas universidades constroem o diálogo de que é necessário haver uma "tolerância" às culturas que não tem o respeito ao ser humano como base? Por que as feministas defendem o islamismo, sendo que a Lei de Shariah sobrepõe as mulheres à submissão total ao homem? São tantos questionamentos e poucas respostas; mas se já temos noção do perigo de relativizar a moral universal, temos discernimento para separar o joio do trigo e ele deve ser utilizado para nos fazer seres humanos melhores e não o contrário.

Usemos a lógica e o discernimento para sabermos o que é correto e o que é incorreto. Se você não nutre princípios morais, seu caráter estará constantemente sujeito a falhas e tampouco usará suas falhas para crescer interiormente. No autoconhecimento está evolução do Ser Humano e essa jornada cabe a cada indivíduo fazer dentro de si. Só quando seu coração estiver alinhado com as Leis do Universo é que ele estará apto para ser a transformação que ele deseja ver no mundo.    

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