Kizu


 Às vezes temos que lidar com os demônios do passado. Longe de serem nossos ou de serem como aquele capeta do inferno, os demônios são as lembranças que trazem feridas que podem nos atrapalhar na caminhada, obstáculos que se impõe sobre nós. Na constante mutação das coisas, pessoas e situações passam nas nossas vidas e o jeito é adaptar-se, renovar a pele, descascar e pintar de outras cores o presente. Não tenha medo dos demônios, eles estão disfarçados de algo sombrio mas na verdade te apontam a saída, quando mudamos nossa percepção eles não estão mais lá, transformam-se ao nosso redor e assumem uma aparência branca, como um papel em que começamos a escrever novas histórias.
É como quando começamos a assistir a um filme de novo, já sabemos a história mas queremos ver os detalhes que deixamos escapar. Na cura emocional profunda, isso também acontece. Revemos situações dolorosas, mas mandamos a energia curativa com o pensamento de que agora está tudo bem e o caos não passa de uma contagiante energia transformadora. A entrega se faz ininterrupta no abrir e fechar das portas, tudo se transforma. Sentir, sem ti me dissolvo no todo e orientada pelo caos do mundo me transformo em algo maior, algo que não está em mim e ao mesmo tempo preenche o universo. 



O Tao do qual se pode falar não é o Tao eterno
O Nome que pode ser nomeado não é o nome eterno
O sem nome é a origem do Céu e da Terra
O que tem nome é mãe de todas as coisas
Assim, constantemente livre do desejo
Observa-se suas maravilhas
Constantemente ocupado com desejos
Observa-se suas manifestações
Estes dois surgem da mesma maneira, mas diferem no nome
A unidade é o mistério
Mistério dos mistérios, a porta para todas a
s maravilhas


 (Dao De Jing- Lao Zi cap. 1)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estrela + 9 de Espadas

Gita e os 22 arcanos do Tarô

Brincar na chuva...