Ponto de referência




Do ponto que me encontro, não consigo enxergar a situação como um todo. Uma visão unilateral me acompanha. 

Não compreendemos bem a infinitude e certos infinitos, possuem um fim. Se nossa visão está determinada pela tridimensionalidade, os universos paralelos inexistem? Só consigo ver o meu lado e mesmo que eu tente enxergar o outro, jamais seria uma percepção plenamente correta. Não consigo ver os 360° de uma situação. Esta visão, contudo, é temporária. Toda situação, avaliamos com os elementos que temos ao nosso dispor e certos detalhes são só percebíveis quando esse ponto de referência muda. Ninguém permanece com ideias obsoletas por tanto tempo, pois elas não geram frutos e logo o que for arcaico dará-se lugar ao que é NOVO.

Na bagagem, contudo, trago uma mala de nostalgias. Uma hora me desfaço dela. Carregar certas lembranças pode pesar a alma, pode pesar o coração. Neste ponto onde estou, venho demonstrando sinais de saudade. Sinto falta de uma época em que a responsabilidade não pesava-me os ombros e que havia leveza no olhar, espontaneidade nos gestos, sinceridade nas desculpas e sorrisos sem preços. Carrego um sentimento que já deveria ter sido despeço, mas não consigo deixá-lo em qualquer lugar, sem saber se ficará totalmente bem. Em um reminiscente lugar, guardei um espaço para levar você comigo.

Nas minhas mãos, trago uma mala de histórias, algumas tristes outras felizes, mas são histórias que compõe a minha identidade marcada por sorrisos, lágrimas, palavras, sons e cheiros. Estórias, Sonhos e Esperanças, fazem parte do meu infinito particular. Não sei em que ponto estarei daqui 10 anos, mas sei que se o carreguei durante 5, mais 20, não é um problema. O peso não importa e pra falar a verdade, isso torna-se cada vez mais leve dentro de mim.

Nesse ponto de referência que me encontro, descobri que as pessoas mudam o tempo todo, afinal, tudo é movimento! Só que há certos sentimentos, que permanecem inalteráveis. Sentimentos que não se perdem na transitoriedade das múltiplas existências, mas que se transformam a cada reencontro e se fortificam no estímulo da verdadeira afeição compartilhada entre as criaturas dispostas ao crescimento mútuo e sincero de suas faculdades afetivas.


Hei de voar 
entre as nuvens, 
levando comigo a 

Infinitude do sentir... 

    

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