31 de março de 2013

O Teatro dos Vampiros



“- Você é um iludido”! Já te disse isso. Somos todos escravos, mano. O vício nos escraviza.

- Se o vício nos torna escravos, deveríamos ser escravos do vício e não de Sodom, não acha?

- Sim, sim, mas o vício tem seus “comandos”. Gente que se aproveita para manietar e sugar aqueles que se lhes assemelham. De onde você acha que vem a Lenda dos Vampiros? De onde você acha que provêm a violência e a baderna que está solta no meio do mundo, senão desses “comandos”?

- Conto de carochinha. Tolices!

- É? Pois, venha aqui que eu vou lhe mostrar uma coisa.

Segurando-me pelo braço, Rodes conduziu-me ao teatro onde se desenrolava o show terrífico. Multidões se aglomeravam, uns por cima dos outros em intensa algaravia.  Gente de toda espécie, se é que poderia chamar aquela chusma de gente!”. Zumbis, desses que vemos em filmes seria o qualificativo mais adequado. Hipnotizados. Logo, trouxeram mais pessoas em pior estado. Seres de olhar esgazeado, veias à mostra, rostos deformados, corpos esqueléticos; semelhavam-se às imagens do holocausto judeu.”

- Quem são, Rodes – Inquiri.

- São encarnados. Gente que é trazida da crosta. – Trecho retirado do Livro Há Sempre Uma Luz. ””

Vi-me em um lugar parecido. As vozes vinham de todos os lados. A música me era conhecida. Estavam todos ao berro: “Estou na estrada para o Inferno”. Em cada mesa você percebia por qual vício determinada pessoa era dominado. A fumaça tóxica se espalhava pelos cantos do ambiente, pouco visível, mas totalmente sombrio. A cada tragada e um gole de bebida, uma leva de espíritos os acompanhava. Eu não os via, mas podia sentir. Estavam ao redor deles justamente para sentir o sabor desses vícios que seus corpos carnais já haviam usufruído, mas que a nova realidade não lhes permitia tais atos. Em meus pensamentos me perguntava: por que, meu Deus? Todas essas pessoas são tão bonitas por fora, mas por dentro, tão escravos daquilo que não os faz bem. Essa fumaça cinza enfatiza nossa vaidade e nosso orgulho? O status? Quem somos e quem queremos ser com um copo de bebida e um cigarro na mão?... Somos isso? Escravos de nosso vício? Escravos de tudo aquilo que não nos faz bem? E isso não é uma crítica à lesão no corpo físico que causamos e sim, numa leva de sentimentos menores, que insistimos em manter dentro de nós. Todo esse pus precisa ser expurgado. Todas essas feridas precisam ser curadas. Na vida tudo tem um limite e é necessário dar um “basta”. Como dizia Paulo: todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Liberdade, ah sim! Liberdade não é fazer o que bem mandar e doa a quem doer. A juventude confunde muito liberdade com rebeldia. A liberdade está no âmago, no desejo, no sentimento e no coração que se torna puro pela CARIDADE PRÁTICA e COMPREENSÃO das LEIS ETERNAS.

"Se te desordenas sentimentalmente e pensas que és um derrotado, certamente, hás de sê-lo. Se velas pela felicidade interior e retidão de sentimentos, hás de libertar-te das algemas que te prendem à dor."



27 de março de 2013

Conto: Borboletas



O sol já estava se pondo e céu era tingindo pelas nuances rosas alaranjadas. Pedro brincava no parque municipal com seu avô, Jonas. Ambos se divertiam bastante e aquela era uma tarde muito agradável. Jonas observava aquele céu de baunilha que se estendia no horizonte e nem percebeu quando seu neto aproximou segurando algo nas mãos.

- Vô, adivinha o que tenho aqui! – disse Pedro fazendo uma cara sapeca.

- Não faço a mínima ideia, meu filho. – Respondeu Jonas.

Assim que ele abriu as mãos, ambos se assustaram, pois a Borboleta que Pedro havia pegado morreu abafada. Percebendo a súbita surpresa de seu neto acompanhada por uma face tristonha, Jonas perguntou-lhe:

- Por que você a prendeu em suas mãos, Pedrinho?

- Porque quis mostrar-lhe sua beleza. Quando a encontrei fiquei encantado com suas cores. Aquele azul de suas asas me lembrava o céu da manhã. Quando consegui agarrá-la fiquei tão feliz por pensar que a teria sempre perto de mim. Mas... - disse hesitante - ela morreu... E eu não esperava por isso...

Jonas aproximou-se de seu neto, pegou cuidadosamente a borboleta de suas mãos e a colocou sob as folhagens, respondendo-lhe:

- Pedrinho, Nada na natureza foi criado para estar preso ou ser aprisionado por nós. A condição da criatura é a liberdade. Quando tentamos possuir aquilo, cujo qual podemos nos contentar em admirar apenas sua beleza, ela simplesmente enfraquece, murcha e perde seu brilho. Você não deve pensar em possuir-la, mas sim, aprender a admirar sua beleza. Cuidar para que ela possa sempre estar perto de você. Devo lhe perguntar, pois, o que atrairia as borboletas para perto de ti?

Pedro ficou alguns minutos pensativo. Olhou para o jardim, com as mais belas e variadas flores e ao seu redor via algumas borboletas que sobrevoavam ao encontro dessas flores.

- Devo cuidar de um jardim, Vovô? – Perguntou Pedro receoso com a resposta. 

O avô sorriu e respondeu:

- Certamente. Somente um belo jardim atrai as mais belas borboletas. 




25 de março de 2013

Cena Um



Ele chega, acompanhado. Ela senta ao seu lado. Logo atrás, havia uma paisagem simbolizando o ápice do capitalismo natalino. Intimidade não era visível, mas eram supostamente casados. O garçom se aproxima, trazendo o cardápio, ele escolhe e ela apenas concorda. Sem rituais ou cerimônias, um dos parceiros pega um celular, aqueles da última geração e começa a mexer no aparelho, entusiasmado. O outro, procura com o olhar algo que lhe tire da atmosfera entediante instalada. Por um breve momento, não há conversações, apenas silêncio entre o acompanhante e o acompanhado. Em frente, observando, perguntava-me, cadê o brilho nos olhos daquele casal? O distanciamento interno entre eles eram tão visível, que até mesmo um aparelho eletrônico era mais interessante que o parceiro ao lado. 

         A relação havia esfriado, já não existia o brilho nos olhos e a relação poderia ter sido mantida apenas por conveniência ou acomodação. A magia do relacionamento se perdeu, já não existia o friozinho na barriga da primeira vez. Nada parecia novo. Os sonhos haviam sido enterrados pela presunção de achar que já se conhecia tudo sobre a pessoa ao lado. Lá estavam os dois, diante aos velhos hábitos e velhas opiniões. Nos olhos dele, a mulher por quem se apaixonou não existia, apenas uma fotografia relembrava nostalgicamente seu tempo de juventude. A paixão esfriou... O carinho foi esquecido e o Amor se apagou antes mesmo de se acender. Nos olhos dela, a incerteza. Aprendeu que a vida não abre espaço para suas idealizações e que você paga um preço muito alto para seguir seus sonhos. Quem escolhe o caminho da liberdade, tem que lidar com a sombra da solidão e auto aprisionamento. Mas ela tinha medo, medo de arriscar, medo de escrever novas linhas, pois precisava da segurança. Seus sonhos foram aprisionados no pretérito mais que perfeito...


24 de março de 2013

Juntos Para Sempre

Vivemos em uma época em que buscamos explicações racionais para os acontecimentos. Mas nem tudo pode ser transformado em equações matemáticas. Existem outras formas de entender o mundo. Não se pode desprezar a intuição, a fé e os sentimentos. É preciso olhar para fora além daquilo que vemos. Para o que enriquece a alma. Para o que eleva o espirito. Olhar com os olhos da alma. Do coração. Do amor. Só assim saberemos que a caminhada ao longo da vida valeu a pena. Que deixamos nossa marca. Nosso rastro. Nossa luz. Que não deixamos sentimentos pendentes. Que realmente fomos felizes. – Juntos para sempre, Walcyr Carrasco.

Desabafando...

Baby, onde foi que você escondeu a sinceridade? Pois é querido, você omitiu novamente coisas as quais acreditava que não eram importantes. O problema não foi o que você fez e sim, fingir que nada havia acontecido. E já era evidente. Fui honesta demais com você durante esse tempo. Contei sobre tudo, tudo o que acontecia comigo, com meus sentimentos, mas com você não era o mesmo... E Ainda disse que isso foi devido a um fato de eu ter te reprimido. Reprimir? Quem sou eu para reprimir você em algo?! Você é dono de si mesmo e das suas escolhas. Não venha me jogar a culpa. Não é culpa minha se você nunca me deu flores. E não espero também recebê-las a essa altura do campeonato, quando o jogo acabou. E espero que você não minta mais para mim. Epa! Mentir ou Omitir? Ah, mesmo que seja em outra vida, espero que você não minta nunca, nem para mim e nem para próxima garota. Você foi omisso, deixou coisas escondidas achando que eu não as perceberia... Mas você esqueceu que tenho um sexto sentido aguçadíssimo. Minha intuição, ahá, nunca falha!
Coisas óbvias, óbvias que até uma criança as enxergaria. Seu erro foi esse. Você apenas, lá no fundo, deixou de se importar com aquilo que era importante. Não era eu, nem o nosso relacionamento, mas com você mesmo. Ainda me lembro de você dizendo que eu era à “dominadora”. Não. Isso não é totalmente verdadeiro, pois você é que simplesmente não sabia se impor. Não sabia defender suas vontades, suas crenças.Crise grave de identidade, heim, e eu achando que era complexa demais para me entender...

Você fazia coisas para me agradar, agradar a todos, mas lá no fundo ficava insatisfeito, chupando dedo, pois via que esse era um esforço “inútil” e quase sempre as pessoas te traziam desagrados e regrados... Mas, eu nunca te pedi para me agradar, nunca te pedi isso! O que eu queria era apenas ter você ao meu lado, sendo sincero com seus sentimentos, sendo sincero comigo e com suas emoções. Se você não se sentia a vontade com meu “mundo”, falasse isso. Falasse comigo e eu pararia de insistir. Mas não! Você dizia sempre algo para me “agradar”, mantendo essas insatisfações... E eu me pergunto: Por que você as escondeu de mim? Por que não as revelou enquanto as podia? Por quê? Por que essas insatisfações surgiram no clímax? Você não me falou. Você não foi sincero comigo e isso me faz pensar até que ponto suas palavras foram verdadeiras... Acho que sou ingênua demais. Fico triste por você ter cometido uma traição. Não comigo, mas consigo mesmo.Pare de se trair. Pare. Isso é algo que deve ser parado urgentemente. Pare de ser aquilo que os outros querem que você seja. Você não é você. Não confunda rebeldia com liberdade. Rebeldia é Rebeldia. Liberdade é uma conquista, e interior! Pare, Pare, Pare!
Eu também tenho que parar de tocar esse disco. Ele está arranhado. Tenho que fechar esse ciclo, mas estou apegado. Estou apegado a esse sentimento estranho, pois querendo ou não, tinha muitos planos. Um futuro escrito, desenhado ou imaginado e em todos eles, você estava presente. Eu tinha esses planos em mente, mas o vento levou tudo, tudo, tudo. E hoje, estou tendo que recriar todos os dias algo diferente, pois os nossos planos, o vento levou, levou tudo...
“Por onde andei, enquanto você me procurava. E o que eu te dei, foi muito pouco ou quase nada. E que eu deixei algumas roupas penduradas. Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava...”

21 de março de 2013

...





O silêncio tomou conta do ambiente, tornando-se mais importante que as palavras.  Ele estava tão confuso quanto eu. Pude ver nele meus defeitos, minhas qualidades, meus erros e acertos. Mas, tentava-me manter imparcial. Afinal, aquele momento tínhamos atraído de alguma forma, seja em atos ou pensamentos pretéritos, pois semelhante não atrai semelhante? 

O conflito estava estabelecido. Posicionamo-nos primeiramente como rivais. A divergência era semelhante a dois pólos totalmente opostos, mas que se atraiam. O primeiro ato começava. Éramos os atores e também telespectadores. Algo havia sido montado e estávamos apenas encenando essa peça. Nossas idealizações se chocavam com a realidade de cada ser. Existia você em mim, idealizado. Existia eu em ti, idealizada. Fomos desleais, como soldados que fogem da guerra. A cortina se fechou totalmente. Não houve aplausos, não se ouvia vaias. Houve o silêncio prostrado, a mágoa revelada e o afeto indiferente... 

O primeiro ato havia acabado. 



Desenhei seu rosto em meu coração, mas as lágrimas que jorravam dele transformaram meu desenho em um rabisco irreconhecível. Tudo foi se modificando, tudo foi tão rápido quanto ao começo. Ansiava que ele fosse outro alguém. Um alguém que existia apenas em minha mente. Queria que as estrelas não estivessem em quadraturas. Enganei a mim mesma quando achei que minha existência pudesse transformar a sua. 

O que desejava não passava de um mero egoísmo. Fui vaidosa em achar que poderia ter alguém que pudesse caminhar ao meu lado com os mesmos aprendizados. Tropecei nessa pedra, mas não quero parar minha caminhada...
 


Eu sei você foi um anjo que a espiritualidade maior me permitiu ter ao lado, me amparando, me ajudando a me descobrir, sendo um verdadeiro irmão para mim. Em seu caminho, vejo luzes violetas, rosas azuladas com branco celestial, iluminando seus passos. Vejo ainda muita riqueza e sociabilidade. Vejo você se dedicando as coisas que você gosta, fazendo cursos de desenho e descobrindo dentro de si um universo infinito de criatividade. Mas vejo também um coração bondoso, que guarda todo sofrimento, para tentar agradar todos que estão presentes. Vejo uma pessoa que se omite, esconde seus verdadeiros sentimentos com medo de ser reprimido, recusado ou criticado. Vejo também que você se isola internamente e pouco se conhece. 


Não seja demasiadamente passivo. Não desperdice seu tempo com coisas que não te acrescentaram em nada... O tempo não para, a vida lá fora está em constante movimento. Faça tudo o que deve ser feito. As tempestades podem está acontecendo, mas você tem que está sereno. Equilibre-se, volte-se ao seu centro. Mergulhe mais nos seus processos inconscientes. Mergulhe para trazer a tona toda essa Luz que dorme dentro de você. Seja persistente, diligente, tenha força de vontade para quebrar o pau da barraca quando achar necessário. Tudo isso que estou lhe dizendo, você as absorve se achar que as deve, afinal, somente você para dizer o que vai ser bom para si próprio. 


Não tenha medo. O medo só existe no primeiro instante, ele é sempre imaginário. É como atravessar uma ponte, toda quebradiça e velha. Você tem medo de cair, pois existe o risco. Você achar que na hora que irá atravessar-la suas pernas estarão bambas e não haverá ninguém para socorrer-lo. Enfim, Quando você a atravessa descobre a pequenez de seu medo. 


Estarei torcendo pelo seu sucesso e para que você comece a irradiar mais sua luz para todos os lugares onde passar.  Muito Obrigada, muito obrigada! 

 Olha o que te espera lá fora!!!






2 de março de 2013

Hoje é dia de Festa!



Há 22 anos, por volta das duas da madrugada, depois de uma exaustiva procura de um médico em pleno feriado na cidadezinha do interior do Maranhão, nascia uma criança, com um propósito traçado para mais uma jornada terrena... 

Nasci em um lar onde tudo estava incerto, meu pai viajou para o Japão a fim de procurar melhorias financeiras logo após meu nascimento. Restou para minha mãe adquirir forças e cuidar de duas crianças sozinhas. Durante muitos anos de minha vida, vi minha mãe, meus irmãos, passando por inúmeras provações, por fases de sofrimento, entre altos e baixos. Mas algo sempre nos sustentou. Algo muito maior que nossa mera existência sustentou e de forças para minha mãe não sucumbir na sombra do desespero. Hoje, as lutas continuam, mas penso que tudo o que o nos passamos foram justamente para não desacreditar que a todo instante somos amparados pela Espiritualidade Maior, Benfeitora, auxiliando-nos no caminho da fé e resignação e que para tudo existe um propósito inquestionável de aprendizados únicos, coletivos para nossa jornada espiritual.

Por outro lado...
É estranho, quando somos crianças e adolescentes não vemos o peso da responsabilidade e sequer sabemos o que é maturidade. Até uns anos atrás e pensava seriamente que ser maduro era ter dezoito anos... Ledo engano cometido pela maioria. Maturidade não chega de acordo com a passagem dos anos... Maturidade é ter consciência de si mesmo, perante aos seus atos, perante o outro. 

Eu, sempre aparentei ser uma pessoa com uma visão muito séria sobre a vida, tendenciosa ao pessimismo... Mas isso não era sinônimo de maturidade, por fora, uma imagem de solidez, por dentro muitos sentimentos confusos, um mar profundo e agitado. Lá no fundo tinha um sentimento rebelde, de querer viver livremente, de fazer o que desse e viesse na telha. Mas isso não era o certo, depois de ter machucado o coração de uma pessoa, meus conceitos de liberdade foram facilmente descartados... 


Ser livre é ser consciente da liberdade que você pode adquirir interiormente. É no que eu acredito fielmente e no que a Espiritualidade vem me mostrando. Meu propósito continua dentro de mim, pulsando a cada dia... Estou novamente tendo a oportunidade de rever o que já foi estudado, para enfim colocar na sua real prática e esse ideal se descortina cada vez que tenho a oportunidade de fazer acender a luz da consciência em cada coraçãozinho desesperado. Eu encontrei algo, depois de tanto buscar, que posso usar como ferramenta para transmitir tudo aquilo que estou aprendendo, ajudando cada pessoa nem que seja com uma fagulha de luz, consciente, auxiliando na medida do possível aqueles que se encontram perdidos e desesperançosos.

Em cada ser humano, existe uma luz maravilhosa. Somos parte do Criador, do Arquiteto do Universo, seres inteligentes carregando em nosso Ser a Chama Divina. Se todas as pessoas fossem consciente das suas potencialidades, haveria mais contato com a nossa natureza espiritual meio ao materialismo que faz suprimir toda a virtude e benevolência que cada alma carrega. Se entrassemos em contato com a nossa natureza espiritual, sem medos ou fanatismos, a materialidade ganharia um novo sentido. Somos seres, encarnados em corpos materiais, com um unico propósito, evoluir e transcender  todas vicissitudes ao que o homem está inclinado. Vícios humanos que deixam marcas no nosso corpo espiritual...

Todavia, essa Chama é Eterna e se ilumina cada vez mais no momento em que você começa a adquirir consciência dela.


Feliz Aniversário!