Hoje aconteceu uma situação
inusitada comigo e ao mesmo tempo senti como se fosse puxão de orelha que
levava da Espiritualidade Maior. Um tapa doloroso, mas que me fez acordar para
uma coisa que não estava conseguindo perceber. Faz uma semana que peguei uma
gripe muito forte. Tá certo, eu sou sempre a primeira dizer que se temos alguma
doença nos atingindo no campo físico é porque de alguma forma estamos em
desarmonia com as Leis universais. Eu sei! Eu também não contribuo muito, pois
sábado passado já estava resfriada e fui a um ambiente onde aspirei muita
fumaça de cigarro, o suficiente para intoxicar meus pulmões e agravar minha
virose.
Ontem, devido ao estresse, acabei
reclamando com minha irmã que não havia necessidades de dormir com um
ventilador, já que o ambiente estava frio e chuvoso. Com isso, acabei colocando
a culpa nela, dizendo que se estava gripada era porque ela dormia todas as
noites com o ventilador na cara. Pronto, a consciência começava a pesar. Eu
sabia que o fato de estar gripada foi por descuido meu e não dela. Deveria ter
sido mais concisa e ter recusado o convite para sair naquela noite, já que não
estava tão bem fisicamente. Mas, a
Espiritualidade guardava algo.
Hoje, chegando ao trabalho, fui direto
ao banheiro. Assuei o nariz (nojento, eu sei) pensando comigo, quando aquela gripe
iria embora. De repente uma senhora entrou no banheiro empurrando uma cadeira
de rodas com um rapaz que tinha deficiência mental e física, acompanhada de
braços dados a um senhor que segurava uma bengala. Eu, na minha inocência, vi que ela estava indecisa para qual lado dos banheiros ela iria.
Ela veio pro lado direito, cujo mesmo não possui banheiro para deficientes.
Acabei dizendo sem perceber minha indelicadeza:
- Moça, esse lado não possui banheiro para ele. No caso, é deste lado (apontando a direção).
A senhora disse na maior tranquilidade
e educação:
- Na verdade meu marido é cego e
estou levando ele no banheiro.
Pensei: “Eita!” Continuei fazendo o que tinha que fazer, sem saber onde colocaria minha cara. Enquanto isso, ela dizia para o filho olhando no espelho palavras de carinho e amor que toda mãe bajuladora costuma fazer!
Pensei: “Eita!” Continuei fazendo o que tinha que fazer, sem saber onde colocaria minha cara. Enquanto isso, ela dizia para o filho olhando no espelho palavras de carinho e amor que toda mãe bajuladora costuma fazer!
Sai daquele banheiro como se
tivesse levado um tapa na cara e com muitas lições valiosas. Pensava “como
aquela mulher é guerreira, forte e tem um amor muito grande!”. Eu não a
conhecia, mas tinha certeza que sua vida passara por muitas provações, assim
como a vida de qualquer outra pessoa.
Todas as pessoas do mundo têm
suas dificuldades, mas o habitual é passarmos por elas reclamando, queixando-se
e achando que nada está realmente bom. Sequer conseguimos agradecer por tudo
que nos acontece na vida, sejam as situações boas ou ruins! Essa é a verdade. Nossas
vidas podem ter suas dificuldades, mas temos que aprender a agradecer de
coração, por estarmos vivos, por termos tudo aquilo que é necessário para nosso
aprendizado, pois acredite, sempre haverá alguém passando por uma provação mais
difícil que a sua.
E eu, na minha pequenez de
espírito, reclamando de uma simples, simples Gripe! Ah, pelamordedeus, é hora
de crescer. Sair desse casulo e amadurecer mais. Posso não viver no mar de
rosas, minha família pode não ter a melhor condição financeira do mundo, posso
não ter crescido com um pai por perto, mas tenho tudo àquilo que é necessário
para meu aprendizado e não me sinto melhor ou pior que ninguém! Tenho uma mãe maravilhosa, que batalha, luta e não cede
facilmente ao azar do destino. Tenho irmãos maravilhosos, com suas
particularidades e que às vezes brigamos, mas os amos e sei que sou amada por
eles também. Tenho um pai, que mesmo
ausente, sempre tentou não nos faltar financeiramente, fazendo o que pode para
que eu continue estudando e à ele e a mamãe sou muito grata. Mãe Helena e Pai
Mario, muito obrigado por ter me dado a oportunidade de reencarnar como sua
filha! Fora também os amigos que consegui conquistar e que a Espiritualidade permitiu conhecer. E também agradeço por ter me permitido estar ao lado de pessoas que não fazem mais parte do meu dia a dia, mas que tenho um enorme carinho, muito forte mesmo, por cada uma delas (Cuca, Fuspa e Lelê) e espero que eles possam receber todas as bençãos dos céus e que seus caminhos possam ser iluminados na graças do Amor. Eu agradeço muito, muito mesmo por tudo isso. Obrigada Espiritualidade Maior. Hoje tive a certeza que Deus não dar aos seus filhos fardos maiores que seus ombros não possam carregar! Estou aprendendo. Sempre!
"Não posso te abraçar fisicamente agora, mas em meus pensamentos imagino um abraço daqueles que nos ilumina, cheio de energia positiva, capazes de nos fazer persistir e continuar trabalhando na nossa reforma íntima."
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