7 de agosto de 2025

O Jardim entre o Ontem e o Agora


Nessa noite, algo antigo bateu na porta do meu inconsciente. Era um rosto que eu conhecia, fazia tantos anos que não sonhava com essa pessoa de modo tão claro, tão transparente.

No meu sonho, ele me visitava como bons velhos amigos. Eu o acolhia e o deixava confortável. Caminhávamos por um lugar bonito com árvores, como um jardim. Conversávamos com tanta naturalidade, como se nunca tivéssemos perdido o contato. E o mais curioso: no meu sonho, meu marido estava lá. Ele via tudo e não havia ciúmes ou tensão. Tudo acontecia de forma leve, tranquila. 

Acordei desse sonho com uma sensação boa. Não era saudade, nem desejo. Era uma sensação de paz. E foi aí que percebi que aquele sonho tenha sido um encerramento. Um ciclo emocional antigo que, silenciosamente, se fechou.

As vezes... não é sobre voltar ao passado, não é sobre reviver algo que já não existe. É sobre reconhecer que aquela parte da história existiu, teve valor e que agora, pode descansar em minhas memórias preciosas. 

Algumas memórias não precisam ser evitadas ou escondidas. Elas só querem ser vistas, compreendidas, integradas. E quando isso acontece, algo se organiza dentro da gente.

Sinto que esse sonho foi isso: um acerto interno. Um lembre de que é possível olhar para trás sem se perder. E que o presente não precisa competir com o que já passou, porque está firmemente plantado no agora. 



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