O 4° Chacra e a incapacidade para amar

Ah! Ignorante de alma e pobre de espírito! Como ousa a igualar uma energia sublime e transcendente como o Amor à desejos carnais de amantes promíscuos que não tem nenhuma intenção de firmar compromissos para a vida toda e além da existência corpórea?

Infelizmente, a maioria das relações estão bestializadas com o estímulo excessivo da eroticidade, banalizando as reais expressões do Amor e da Afeição verdadeira que podemos ter por outro indivíduo. Quem afirma que o Amor não possa existir entre um homem e uma mulher, está profundamente desiludido com a Vida. Afogado em sua dura realidade, dificilmente percebe que o Amor é a centelha divina que queima dentro de cada alma e que para sentirmos o calor desta centelha, precisamos cuidar dos valores espirituais, valores que são eternos e imutáveis. 

E se a boca fala aquilo que o coração está cheio, o coração deste indivíduo está vazio porque nunca pode experimentar o Amor de sua verdadeira Fonte. É no centro do indivíduo, onde o coração bombeia sangue que se encontra o 4° chacra, responsável pela energia do Amor e esta energia se expande quando estamos na presença daqueles que amamos e desejamos proteger e cuidar. Negar a existência do afeto verdadeiro é negar para si mesmo o recebimento deste afeto. 

O Amor existe bem no centro de nós e somos responsáveis por esta fonte que sempre alimenta nossa sede. Se ela secar, é sinal que não estamos cuidando de nós mesmos e nem do outro. Estamos esquecendo de nutrir nosso coração com valores da alma e deixando de lado a nossa ligação com Deus. A incapacidade para amar e ver o Amor em outras relações também está associado aos modelos de relacionamentos frustrantes que são guardados no inconsciente e que se projetam na nossa realidade amarga, repetindo continuamente situações que só contribuem para que essa "incapacidade" se perpetue.

O Amor, como dizia Leo Busclagia, trata-se de contínuo crescimento da alma e quem afirma que o Amor não exista entre um Homem e uma Mulher, é porque escolheu ter a alma pequena diante à tantos aprendizados que a verdadeira companhia produz.