Não foi dessa vez...

HASHTAG EUACREDITO, dessa vez não engatou. Mas isso me faz pensar: será que algum dia, realmente acreditamos? 

Na 5° goleada em menos de trinta minutos, todos abandonaram a causa. A cerveja, possivelmente, desceu até mais amarga que o de costume. A "Festa" terminou muito antes de o juiz decretar o fim do primeiro tempo. 

Esse jogo, nada mais foi, do que um reflexo muito nítido da desestruturação, desorganização e incredulidade da nação brasileira em si mesma. Quer um exemplo: de quem foi o primeiro gol que marcou o início da copa? Lembre-se, foi um gol contra...

Pátria amada e idolatrada, onde? País para todos? Só se for nos papeis! Lidamos todos os dias com a desigualdade em níveis disparates. Não é preciso ir muito longe para ver a precariedade dos sistemas educacionais e de saúde. E o lodo brasileiro, não está somente na beirada, se nos aprofundarmos na história sócio-política, veremos um país que construiu firmes bases na corrupção (sim, são somente 500 anos evoluindo o DNA corruptivo) e na malandragem do jeitinho brasileiro. 

Esse jogo mostrou que a nação "brasileira" parece se "unir" só nos campos de futebol, que até antes da humilhante derrota, vibrava e torcia loucamente, por um título... Somente um título de "copa". No 5° gol da Alemanha, onde estavam os torcedores fieis do Brasil? 

O canto: "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", calou-se. Quanta hipocrisia! 

Ouvia-se xingamentos, vaias e revoltas por parte dos torcedores.

E todo esse descaso evidenciado nos campos por parte da própria nação brasileira, é reflexo do que fazemos diariamente, quando nos deparamos com as irregularidades contidas na nossa sociedade.

Esquecemos que o nosso país é formado por inúmeras faces e o futebol, certamente, é só uma delas, não tão menos ou mais importante.

Isso é só uma opinião de alguém que acredita que a construção de uma nação, não se faz somente com poucos, mas com cada um fazendo a sua parte. Cada indivíduo acreditando na força de seu trabalho, na sustentação das bases familiares, no respeito, no valor da honestidade e solidariedade... Ainda assim, esse discurso torna-se inalcançável e um pouco distante da realidade atual.